F1: Charles Leclerc quer terminar “missão” com a Ferrari com a conquista do título mundial

Por a 16 Novembro 2023 10:28

Charles Leclerc diz querer ficar na Ferrari e alcançar o título mundial com a Scuderia, numa altura em que se espera pelo anúncio oficial da extensão do seu contrato até 2025. A relação entre as duas partes não passa por um bom momento, até porque a última vitória do monegasco na Fórmula 1 foi em 2022 no Grande Prémio da Áustria e o monolugar deste ano não lhe deu condições de regressar aos triunfos, enquanto o seu companheiro de equipa aproveitou o pior fim de semana da temporada da Red Bull para assinar o único primeiro lugar da Ferrari em 2023. 

Leclerc passou por alguns golpes muito duros esta temporada, o que aconteceu em São Paulo foi o mais recente, mas nem por isso pretende deixar a Ferrari e rumar a outro projeto. Além dos lugares nas principais equipas estarem fechados, o monegasco quer vencer um título mundial com a equipa italiana.

“Sempre sonhei em ser um piloto de Fórmula 1, e ainda mais com a Ferrari”, disse Leclerc em declarações ao ESPN. “É um pouco como um sentimento de pertencer a uma família, já faz tantos anos que estou dentro da equipa, seja como piloto de corrida para a Ferrari ou na Ferrari Driver Academy nos anos anteriores. Foram muitos anos juntos e quero terminar a missão com um campeonato do mundo”. 

Muito se tem falado da instabilidade que se vive na Ferrari, apesar da troca de chefe de equipa e outros altos responsáveis da equipa entre o final da temporada passada e esta, não dando condições a nenhum dos seus pilotos para lutar por vitórias em corrida de uma forma frequente. No entanto, Leclerc insistiu que “a Ferrari é muito especial e não trocaria a minha posição com mais ninguém na grelha. Se quero ganhar campeonatos do mundo? Claro, é o mesmo para toda a gente, mas será que quero trocar o meu lugar com alguém? Não, não quero”. 

Uma das coisas que mais agrada a Leclerc na Ferrari é a paixão com que tudo é vivido, até porque é uma das equipas mais carismáticas da grelha, com a maior herança na Fórmula 1. “Há tanta paixão em torno da equipa que é claro que se sente a responsabilidade, mas isso não me pressiona”, disse o piloto. “Não sou uma pessoa que se sente pressionado, apenas gosto do que faço com muita paixão e muita dedicação para tentar fazer o melhor trabalho possível e, espero, tornar-me campeão do mundo o mais depressa possível”. 

O monegasco, analisando o que tem sido a temporada de 2023 e para onde caminha a Ferrari, salienta a evolução alcançada pela estrutura com o seu monolugar, principalmente na segunda metade da temporada, considerando que isso “é positivo, mas, por outro lado, é verdade que foi uma época dececionante. No ano passado acabamos por ficar em segundo lugar no campeonato em ambos os títulos e este ano tínhamos como objetivo ganhar o campeonato. Neste momento, não é isso que estamos a fazer e, obviamente, o Max acabou de ganhar, tal como a Red Bull. Penso que este ano vimos duas equipas, a Aston Martin no início do ano e a McLaren mais recentemente, darem grandes passos em frente. É isto que nos dá a confiança de que estes grandes passos podem ser dados, mas temos de perceber exatamente de onde vêm os problemas. Pensamos que compreendemos isso, mas até colocarmos o carro no chão e vermos grandes melhorias, é difícil de prever. Também é tudo relativo neste desporto e estamos a lutar contra outros carros e depende do que os outros encontrarem. Se a Red Bull tiver encontrado algo de novo, isso irá colocá-la novamente numa posição melhor no próximo ano”.

Afirma o piloto estar “muito confiante” do rumo que tomou a equipa, acreditando que isso dará frutos nas próximas temporadas.

Foto: Philippe NANCHINO/MPSA

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