F1, Andreas Seidl sobre Ricciardo: “partilhamos a responsabilidade por não ter funcionado”

Por a 25 Agosto 2022 15:30

A decisão da McLaren de rescindir o contrato com o único piloto que venceu um GP de Fórmula 1 para a equipa nos últimos 10 anos, Daniel Ricciardo, foi recebida com opiniões divergentes pelos fãs da competição. A rescisão contratual deverá ser o primeiro passo tomado pela equipa, para substituir o piloto australiano por um compatriota, neste caso o jovem Oscar Piastri.

Na Fórmula 1 o sucesso e o fracasso são medidos em décimos de segundo e se algo não funcionar, é preciso uma solução rápida. Neste caso, a equipa de Woking optou por deixar sair o seu piloto e esperar que a troca seja eficaz. Quem vier para o lugar de Ricciardo sofrerá mais pressão do que este sentiu nas primeiras 13 corridas deste ano. Tem de provar (quase) imediatamente o que vale.

No caso particular de Ricciardo, Andreas Seidl salientou que saída do piloto se deveu a falhas das duas partes e que a equipa necessita de dois pilotos que consigam retirar o máximo do carro construído, algo que não acontece neste momento.

“Claro que a situação em que temos com o Daniel [Ricciardo] não é boa com as dificuldades que tem com o nosso carro, mas, ao mesmo tempo, tivemos alguns desafios comuns e partilhamos a responsabilidade de não ter funcionado. Estou longe de pôr a culpa no Daniel pela posição que estamos no campeonato de construtores”.

O chefe de equipa da McLaren acrescentou ainda que a equipa tentou minimizar as dificuldades sentidas por Ricciardo com o novo monolugar, mas que não conseguiu.

“Juntos, não conseguimos que se sentisse tão confortável no carro como Lando [Norris], especialmente quando para levar o carro ao limite absoluto. Dedicamos muito esforço, muito empenho do lado da equipa, para ver o que podíamos fazer no carro a fim de o ajudar. [Ricciardo] Também se esforçou muito com sessões com engenheiros, sessões simultâneas também, mas não conseguimos desbloquear o tempo nos faltava em comparação com Lando. E infelizmente não conseguimos resolver essa situação”.

Seidl não escondeu que foi com Ricciardo, vencedor da corrida do GP de Itália de 2021, nove anos depois da última vitória de um piloto da McLaren (Jenson Button, GP do Brasil de 2012) que a equipa melhorou.

“Também quero deixar claro que no tempo que passamos juntos até agora, apreciamos tudo o que ele trouxe para a equipa com sua experiência. Acho que isso também nos ajudou a dar o próximo passo para fazer uma equipa. Foi sempre ótimo, mesmo nos dias em que não conseguimos dar-lhe o carro que merecia. Sempre se manteve positivo e ajudou-me a levar a equipa ainda mais longe”, concluiu o responsável da McLaren.

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