F1: AlphaTauri pretende introduzir mais atualizações em Abu Dhabi a pensar em 2024

Por a 15 Novembro 2023 16:29

Ainda antes da tripla jornada EUA-México-Brasil, o último lugar na classificação do mundial de Fórmula 1 não pressionava a AlphaTauri para colocar em consideração uma alteração profunda do monolugar para a próxima temporada. No entanto, a equipa italiana confirmava que o sucessor do AT04 terá “um pouco mais” de componentes da Red Bull. Isso aconteceu ainda com o carro atual, uma vez que a suspensão traseira após a prova de Singapura, tem origem na do RB19 da equipa-irmã. Este facto, juntando-se a outros, pode explicar o aumento de desempenho do AT04 nas recentes corridas, abrindo boas perspetivas para o próximo ano, quando mais componentes de Milton Keynes estiverem montados no carro de Faenza. 

No final da temporada passada, os responsáveis da equipa italiana afirmavam que a estrutura iria adquirir menos componentes para o seu monolugar de 2023 à Red Bull comparativamente ao que aconteceu para o concorrente de 2022, realçando, na mesma altura, que o conhecimento adquirido durante a época de estreia do regulamento técnico, levava a equipa a saber onde pode poupar peso e qual o rumo certo do desenvolvimento do monolugar.

No entanto, e com uma entrada com o pé esquerdo por parte da AlphaTauri, tendo-se inclusivamente, especulado sobre a possibilidade de ser vendida pelo grupo Red Bull, houve uma inversão de marcha, passando a usar uma nova suspensão que proveio da Red Bull e com bons resultados no RB19, campeão do Mundo. Assim continuará a AlphaTauri em 2024. 

A maior parte das peças de uma equipa de Fórmula 1 têm de ser produzidas pelos próprios construtores, mas o regulamento permite a compra de alguns componentes a outras partes. Duas equipas do paddock da Fórmula 1 costumam depender bastante de componentes adquiridos: a Haas compra peças à Ferrari e a AlphaTauri à equipa-irmã Red Bull. Ainda assim, o desejo de ser mais independente, levou a equipa de Faenza a tomar um rumo próprio, voltando a haver uma ligação mais próxima no final desta temporada, com vista a trabalhar no carro de 2024, e manter o estado de coisas assim no próximo ano. 

Em outubro, o diretor técnico da AlphaTauri, Jody Egginton explicou que chegarão mais componentes fornecidos pela Red Bull, depois da “sede” pedir para maximizar os recursos. “Estão a encorajar-nos a maximizar o que podemos fazer”, salientou Eddington, acrescentando ainda que são “encorajados a olhar para tudo e a explorar todas as áreas”, apesar de existirem componentes que não poderão ser fornecidos.

Uma vez que o grupo Red Bull quer fazer da AlphaTauri mais rentável, depois de não a ter vendido, Helmut Marko explicou, na mesma altura, que “há uma instrução muito clara: tudo o que é permitido pelos regulamentos deve ser assumido pela Red Bull Racing. Nada de projetos internos, nada de especificidades em Faenza. As sinergias serão aproveitadas da melhor forma possível”. Para cortar nos custos de operação da equipa italiana, até haverá “sinergias” entre os departamentos de marketing.Isso levou à utilização da suspensão traseira da Red Bull, fazendo com que o AT04 somasse pontos nas últimas três corridas realizadas, não acabando por aqui as atualizações deste ano, uma vez que chega um novo fundo na última corrida do ano para reunir o máximo de dados possíveis para 2024, na esperança da equipa poder lutar por outros objetivos.

Da imprensa italiana vem ainda outras informações, não confirmadas, que a AlphaTauri conseguiu resolver os problemas de correlação de dados que sentiu durante a temporada, fazendo com que os componentes fossem desenvolvidos mais eficazmente e a um ritmo mais elevado. Os italianos terão beneficiado do tempo extra de túnel de vento que lhes foi concedido, depois do último lugar no Campeonato de Construtores no final de junho, altura em que a escala desenvolvimento da F1 é repensada para refletir a classificação da época em curso. Uma melhor correlação entre os dados do túnel de vento e a pista desde agosto ajudou à recuperação, tendo a equipa acesso ao túnel da Red Bull em Milton Keynes há mais de um ano. 

De acordo com a publicação Formu1a.uno, o melhor desempenho deveu-se muito à nova mecânica da suspensão herdada do RB19, juntamente com alterações no fundo do AT04. Em termos de design da aerodinâmica, a suspensão não terá exigido uma grande alteração do eixo traseiro, porque a configuração ‘push-rod’ – montada no topo do chassis – permaneceu inalterada entre 2022 e 2023.

O desenvolvimento do AT04 ainda não está terminado, por isso será introduzido o novo fundo em Yas Marina, a pensar num monolugar de 2024 com mais ‘Red Bull’, quando se der a mudança de liderança, com Laurent Mekies a assumir o cargo de chefe de equipa.

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