F1: Alonso disse a Rosberg “tudo pode acontecer”, como ele bem sabe desde 2010…

Por a 11 Novembro 2016 17:43

Fernando Alonso alertou Nico Rosberg para o facto de tudo poder acontecer na decisão do Campeonato do Mundo de F1 deste ano. O espanhol é a pessoa certa para dizer isso mesmo a Rosberg, e para o provar basta recordar o que lhe aconteceu na decisão de Abu Dhabi 2010, que recordamos mais abaixo: “Aparte do ano passado, em que o Lewis foi superior, os dois têm sido sempre muito competitivos e equilibrados” disse Alonso em Interlagos. “No primeiro ano (2014) o título foi decidido na última corrida e a diferença entre eles, hoje em dia, varia com o tipo de circuitos” Nico mostrou muita consistência e em termos globais são dois pilotos muito equilibrados nas suas prestações. Sendo verdade que falta pouco a Rosberg, eu já estive nessa posição e perdi e por isso sei que tudo pode acontecer, para além de que a fiabilidade pode ser um fator importante” disse Alonso, que, claramente, recordou 2010. Por isso vamos também nós recordar o que escrevemos na altura…

O CAMPEÃO IMPROVÁVEL

Sebastian Vettel trocou as voltas aos seus rivais, dominou em Abu Dhabi num dia em que Alonso e Webber terminaram longe dos lugares a que nos habituaram, para se sagrar o mais jovem Campeão do Mundo da história da F1. De reviravolta em reviravolta, o Campeonato do Mundo de F1 vai ficar na história deste desporto. Alonso, Button, Webber e Hamilton passaram pela liderança do campeonato nas primeiras 18 corridas do ano, com Vettel sempre na perseguição, mas sem nunca chegar à primeira posição da tabela pontual.

Mas o jovem alemão guardou o melhor para o final e não poderia ter escolhido com mais acerto o dia em que passou pela primeira vez na sua carreira, para a frente do Campeonato do Mundo de Pilotos: o dia em que acabou o Mundial de 2010, como admitiu no final do GP de Abu Dhabi: “Acho que este foi o melhor dia para uma estreia do género. Já tinha estado empatado em pontos com o primeiro do Mundial, mas com menos vitórias, por isso não sabia o que era ser o primeiro. Agora já sei, estou feliz mas sinto-me vazio e não sei o que dizer.”

Com o seu humor habitual o novo Campeão do Mundo tentou recompor-se mas sem grande sucesso: “Normalmente consigo arranjar maneira de falar sem parar até todos se cansarem… mas hoje não sei mesmo o que dizer. Quero agradecer a todos os que ajudaram desde o karting, quando corria em Eppenheim e em Kerpen, até toda a gente que está ligada à equipa, na Áustria, em Milton Keynes e nas pistas, pois sem eles eu não estaria aqui.”

ESTRATÉGIA DE RISCO GANHOU

Muito criticada por não ter colocado todos os seus esforços por trás da candidatura de Mark Webber na fase final do Mundial, sobretudo depois de Vettel ter abandonado em Spa-Francorchamps por erro próprio, a Red Bull acabou por ser recompensada por ter decidido manter tudo em aberto. Foi por ter dois pilotos na luta pelo título, na última corrida, que a equipa de Mateschitz juntou o Mundial de Pilotos ao de Construtores, pois a Ferrari teve de escolher entre marcar Vettel ou Webber e acabou por seguir o caminho errado.

Por isso mesmo, se percebe a enorme satisfação de Christian Horner no final da corrida de Abu Dhabi: “Ganhar na pista, da forma mais correta e desportiva, dá-nos uma satisfação ainda maior. Enquanto os dois pilotos tivessem possibilidades matemáticas de chegar ao título eu nunca daria ordens para um deixar passar o outro. Mas também sei que se aqui o Mark necessitasse da ajuda do Sebastian para ser campeão, isso aconteceria sem que eu tivesse de intervir, pois os dois são tremendos profissionais, que sabem que a equipa está acima dos seus orgulhos pessoais.”

Se Vettel venceu e convenceu, Mark Webber foi durante todo o fim de semana de Abu Dhabi uma sombra do piloto que dominou em Espanha e no Mónaco, admitindo que, “vão ser necessárias algumas semanas para digerir este resultado. Hoje simplesmente não tivemos andamento, nunca estivemos na luta e o resultado final foi este. Parabéns ao Sebastian e à equipa, que ganhou os dois títulos e para o ano cá estarei para tentar de novo.”

Mas com Vettel na mó de cima, mais forte do que nunca por já ter um título no seu currículo, e sempre com parte importante da Red Bull Racing a seu lado, Webber deve ter uma tarefa ainda mais complicada em 2011, bem se podendo dizer que desperdiçou no último fim de semana a melhor hipótese da sua carreira de se sagrar Campeão do Mundo de F1.

A FRUSTRAÇÃO DE ALONSO

Fernando Alonso estava furioso com Vitaly Petrov no final da corrida, mostrando-lhe o punho quando ambos regressavam às boxes. O russo manteve o piloto da Ferrari atrás de si nas últimas 37 voltas sem cometer erros, defendendo-se sem manobras questionáveis, até porque os dois estavam a lutar por uma posição nos pontos e necessitava de mostrar serviço à Renault.

Uma coisa que Alonso não aceitou, dizendo que, “ele defendeu-se de forma muito agressiva, como se estivéssemos na última volta dum campeonato e fossemos os pilotos que disputavam o título. Cheguei a estar ao seu lado mas ele defendeu-se de forma muito robusta e não o pude ultrapassar.”

Já em relação à estratégia da equipa, que o colocou a marcar Webber e lhe custou perder o título para Vettel, o espanhol defendeu a Scuderia: “Depois da corrida é fácil falar. Tivemos de reagir na altura, o Mark era o meu adversário mais perigoso e se tivéssemos ficado na pista o mais provável era ter perdido a posição para ele.”

COMO FARINA E RAIKKONEN

Sebastian Vettel é apenas o terceiro piloto, em 61 edições do Mundial de F1 a chegar ao título depois de arrancar para a etapa decisiva do campeonato apenas no terceiro lugar. Antes dele, apenas Giuseppe Farina, logo no ano de estreia do Mundial em 1950, e Kimi Raikkonen, em 2007, tinham conseguido esse feito. Amigo do finlandês, Vettel admitiu que, “pensei no Kimi antes da corrida, do que ele fez em 2007, porque eu estava em situação semelhante – tínhamos de ganhar e esperar que um dos outros falhasse. Sabia que tinha de me preocupar apenas com a minha corrida, como ele fez no Brasil quando foi campeão e, felizmente, deu tudo certo, como também aconteceu com ele.”

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