Escapatórias são motivo de discórdia na Fórmula 1

Por a 3 Novembro 2016 09:41

As escapatórias de asfalto nos circuitos do Mundial de Fórmula 1 estão a dar que falar e há quem pense que fazem mais mal à disciplina do que bem. Sendo compreensível que as escapatórias possam permitir que existam muito menos abandonos, pois quando um piloto sai de pista nestas zonas a única coisa que perde é tempo, a verdade é que isso também não permite separar tão bem os bons pilotos dos menos bons. Por isso, há quem pretenda que as sanções para quem sair de pista sejam mais efetivas, especialmente quando se ganha vantagem. Por exemplo, Daniel Ricciardo é de opinião que seria bom todas as escapatórias terem gravilha: “Seriam uma boa forma de dissuasão. Porque quando saímos de pista em escapatórias de gravilha os pneus e os radiadores ficam cheios de pedras e isso é uma boa penalização” disse Ricciardo, que insiste “se cometes um erro, deves pagar um preço”. Já Nico Hulkenberg tem uma opinião um pouco distinta, mas também interessante: “Talvez possam fazer como em Sochi ou Monza e colocar pinos que têm que ser obrigatoriamente rodeados, o que faz logo que o custo da saída seja maior”. Parece claro que a maioria dos pilotos pedem alterações, pois mesmo que os próprios que o pedem também por vezes beneficiem disso, sabem que isso vai criar maior diferença entre os que são melhores…e os outros.

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15 comentários

  1. NOTEAM

    3 Novembro, 2016 at 9:47

    Para quem vê a corrida é frustrante por vezes, os erros não são penalizados como deviam e isso tira algum sentimento de imprevisibilidade ás corridas, há uns anos atrás nada era adquirido porque uma saída um pouco mais larga podia significar uma perda de muitas posições ou até mesmo uma desistência. A ideia do Hulk parece-me a mais interessante, pois preserva a ideia da segurança máxima para os pilotos, mas ao mesmo tempo penaliza o erro e é isso que se pede.

  2. acpinto

    3 Novembro, 2016 at 10:57

    É um assunto muito complicado. Desde, direi 2005 ou 2006, comecei a pensar que isto das escapatórias era muito mau e tinha de ser resolvido).

    Elas foram criadas para dar segurança as corridas ( de acordo ) agora que elas permitem que os pilotos tenham uma margem de segurança grande em relação a um erro, é um facto.

    Outra questão, que eu acho premente é a das penalizações. As penalizações sobretudo e causa de incursões por fora da pista, nunca reparam a situação anterior. E, tomando o exemplo do Rosberg no México ( para não ferir susceptibilidades ) ,se tivesse de regressar a pista no sitito ( ou o mais proximo possivel ) de onde saiu e para não por em causa a segurança dos outros pilotos, provavelmente ficaria em último. se levar com com a penalização de 5 segundo a mais na proxima paragem na box, provavelmente apenas baixaria para 4º ou 5ºlugar no máximo, certo?
    Ou seja esta questão das penalizações cumpridas mais a frente na corrida não é o ideal. O ideal é repor ou penalizar o mais rápido possivel. Um aparte, nos anos 80 e principio dos anos 90 não gostava das corridas com tempos acumulados. Ou seja a partir da 2 volta e até salvo erro 70% da distância da corrida se houvesse interrupção da corrida o tempo seria acumulado. Até podia ser mais justo, mas a nível do espectáculo em si a coisa tornavasse pior ( minha opinião é claro )

    A primeira questão é: Com a segurança dos carros actuais, o regresso dos caixas de areia era perigosa? Senão fosse era fazê-las regressar. Senão tem de ser uma penalização ( justa ) o mais rápido possível. Para mim era na próxima passagem na linha de meta encostar o carro fora da trajectória e andar a uma velocidade limitada ( genero VSC), durante um periodo de tempo. ( 5 segundos ?)

    A segunda questão: Para o resto das infracções e para a saída de pista (senão se repusessem as caixas de areia) em quanto tempo se consegue tomar uma decisão de penalização?

    A terceira questão que surge como corolário destas duas. Imaginem que o Rosberg era obrigado por ter cortado a pista a ter uma penalização, ou se ali estivesse uma caixa de areia, e caia para 10º. Visto ter sido o Max a empurra-lo isto seria um pouco injusto, por isso acho que deveria voltar a regra dos melhores resultados, este ano por exemplo seriam 17 ou 18 resultados a contar para a classificação do Mundial de pilotos!

    Deixo uma ultima mensagem!

    Força Vettel!!!!!

  3. [email protected]

    3 Novembro, 2016 at 11:01

    Penso que nem era preciso mudar nada fisicamente. Passagem obrigatória pelas boxes com paragem (5s, 10s, dependendo da gravidade e sem hipótese de mudar de pneus ou fazer qualquer intervenção) na mesma volta em que se cometeu a infracção, ou eventualmente na volta seguinte se não for possível ser na mesma volta. Assim evitava-se o que aconteceu no México. Uns pilotos que não foram sequer penalizados e outros que assobiaram para o lado a questão da penalização e criaram a confusão que vimos. Tudo porque os comissários não sabem decidir em tempo útil.

    • acpinto

      3 Novembro, 2016 at 11:14

      o problema da passagem nas boxes é que acrescenta há penalização mais uns 20 ( ou mais ) segundos. E isso parece-me exagerado!

      • [email protected]

        3 Novembro, 2016 at 11:22

        É um bocado elevado, mas assim não havia abusos como neste fim de semana. O Hamilton ter-se mantido na frente sem concorrência, significou ganhar (injustamente) a corrida. O Rosberg manteve a segunda posição. O Verstappen não ter sido penalizado na hora, prejudicou o Vettel e o Ricciardo (ainda que beneficiado depois por algo criado pelo colega). As penalizações na F1 têm de ser tomadas na hora, porque acrescentar 5s a quem depois ganha uma corrida à vontade não significa nada. Já agora, com gravilha poderia ser bem pior. Assim como está, o crime compensa.

        • Frenando_Afondo™

          3 Novembro, 2016 at 17:59

          O Hamilton não ganhou vantagem nenhuma, até estragou os pneus que podia ter estragado a corrida. Ele ficou na frente e mesmo com o erro, voltando logo à pista, ficaria na frente na mesma, porque estava por dentro na curva seguinte.

          Mas vamos supor que caíria para segundo (porque para terceiro não ficava). Com o ritmo que ele tinha acabaria ganhando na mesma. E mesmo com os 5 segundos de penalização (por ter mantido a 1ª posição, ganharia na mesma, porque acabou a 7 segundos do segundo lugar. Por isso pedir uma penalização para Hamilton é chover no molhado.

          Sem falar que a vantagem que ele ganhou foi imediatamente anulada com o safety car.

          Já a ideia de dar uma penalização de 25 segundos (20 segundos de via de boxes mais 5 de paragem) é muito exagerada, especialmente por erros sem intenção. Porque uma coisa é falhar uma travagem, outra é empurrar alguém para fora ou impedir que seja ultrapassado, etc etc.

          Afinal veja-se o que vez Rosberg em barcelona e nem uma penalização levou, no entanto muitos pedem uma penalização de 5 ou mais segundos para Hamilton, quando foi um erro de travagem e não ganhou vantagem nenhuma com isso.

  4. José

    3 Novembro, 2016 at 11:34

    Uma solução poderia passar por obrigar a uma redução drástica de andamento como por exemplo obrigar a abrandar e circular na escapatória a mesma velocidade das boxes. Ou até não poder acelerar até voltar para a pista, pelo menos o suficiente para conseguir deslizar o carro claro. Tambem pode ser posta uma obrigatoriedade de tempo minimo nessa volta que podea ser qualquer coisa como tempo minimo de 5s acima da melhor volta ate entao realizada. Para os pilotos que não cumprissem uma passagem pelas boxes

    • acpinto

      3 Novembro, 2016 at 11:51

      Outra problema é que para a decisão ser rápida, não pode haver julgamento de intencionalidade, ou seja que os comissários vão ver a telemetria, etc. Tem que ser uma regra objectiva ( vide bola na mão e mão na bola no futebol – só dá confusão e barulho) como por exemplo se sai de pista é penalizado, não interessa se foi empurrado, ou se ganhou, ou se teve a intenção. Poderá haver injustiças mas penso que no computo geral vai gerar menos confusão.
      Um aparte, dentro das regras ou não, acho que não se pode achar normal o que o Hamilton e o Max fizeram.Nem sequer tentaram fazer 2 curvas do circuito! O mesmo para o Rosberg, embora um pouco mais “aceitável”..

  5. Pity

    3 Novembro, 2016 at 14:40

    Ponto prévio: como adepta de sofá, tudo o que sei sobre F1, aprendi vendo as corridas, ouvindo os comentadores com atenção e lendo os jornais da especialidade. Posto isto:
    1-as escapatórias em gravilha nem sempre fazem o carro abrandar, se estiver molhada pode até aumentar a velocidade, pelo que constituem um perigo para a integridade física do piloto. Se o problema fosse só sujar / entupir os radiadores, do mal o menos, mas na maioria dos casos é abandono certo.
    2- As escapatórias em asfalto, foram introduzidas, precisamente, como medida de segurança. É muito mais fácil o piloto retomar o controlo do carro em asfalto, do que na gravilha, diminuindo assim o risco de acidente grave.
    3- Todos os pilotos erram, uns mais do que outros, mas todos erram, estou mesmo em crer que mais de 90% são erros involuntários, pelo que penalizar só porque errou, acho disparate, mas… e é um grande mas
    4- o problema é distinguir um “erro” voluntário de um erro acidental, pelo que concordo inteiramente com o Hulkenberg
    5- escapatórias em asfalto, mas com pinos, barreiras, lombas, o que se adequar melhor a cada caso, que obriguem o piloto a abrandar e contornar os obstáculos. Assim não teria vantagem e a perda seria compatível com o erro. Caso o piloto se armasse em chico esperto e não contornasse os obstáculos, então sim, levar com uma penalização valente, que deveria estar explícita na regra, não ao arbítrio dos comissários.
    6-Acima de tudo tem de haver regras claras, pois o Colégio de Comissários não pode ver tudo o que se passa na pista em tempo útil. Vejamos a largada, por exemplo: podem existir três ou quatro casos simultâneos, é difícil que eles consigam vê-los a todos no momento exacto, daí, por vezes levarem algumas voltas até surgir uma penalização. Ora se for implementado o ponto 5, até a tarefa dos comissários fica mais fácil, pois só um piloto que for burro é que não cumpre.

  6. Iceman07

    3 Novembro, 2016 at 16:50

    Metam relva ou areia, que eles param logo de cortar as escapatórias.
    Ou uma solução um bocadinho mais “drástica”: Colocar piscinas nas escapatórias com crocodilos la dentro.

  7. Iceman07

    3 Novembro, 2016 at 17:02

    Luis Salom. Lembram-se?
    Se na curva 13 do circuito da Catalunha existisse escapatória em gravilha, ou relva, a queda do Luis Salom poderia ter sido atenuada, e eventualmente hoje estaria vivo.
    Escapatórias em gravilha e relva… mataram algum piloto? Que me lembre não, por isso não percebo a “medida de segurança” será para os Max’s cortarem chicanes sempre que quiserem e não serem penalizados? Se o Charlie gosta de dormir uma soneca no meio da corrida então que voltem a colocar escapatórias decentes. E os pilotos se têm medo de ficar presos na areia e desistir então vão jogar na PlayStation, isto é para Homens com H grande.

    • acpinto

      3 Novembro, 2016 at 17:29

      Nunca morreu ninguém, mas lembro-me de haver muita preocupação porque se um carro entrasse muito rápido na areia podia capotar.

      Ora hoje em dia acho que o capotar não apresenta um risco assim tão grande de ferimento grave ou morte. Mas isto é uma opinião

    • Frenando_Afondo™

      3 Novembro, 2016 at 18:09

      Estamos a falar de F1, não de moto gp… O problema não foi ser gravilha ou asfalto, aí foi um acaso aberrante, que foi ele levar com a mota em cima, coisa que raramente aconteceu. E sim, já quase aconteceu com escapatórias de gravilha, veja acidentes de Moto GP e vai ver algumas vezes a moto chegar à parte de gravilha e começar a dar piruetas, por vezes quase acertando no piloto. Por isso dizer que gravilha é mais seguro que asfalto apenas dando o exemplo de um acidente parece-me exagerado.

      E quantos F1´s em vez de desacelerar na gravilha mantiveram a mesma velocidade? Porque é como atirar uma pedra num charco, batem na gravilha e vão a dar saltinhos até se estamparem nas barreiras de protecção. E quantos F1´s não deram piruetas e mais piruetas estampando-se mais uma vez contra as barreiras de protecção? Inclusivé até ganhando mais velocidade (veja o acidente do alonso com o gutierrez, quando está no asfalto, vai a deslizar, assim que bateu na gravilha, começou a dar voltas e o acidente tornou-se bem mais grave.

      Gravilha é bom para acidentes de baixa velocidade, porque qualquer objecto pára logo. Já com monolugares de alta velocidade é completamente diferente, porque não há suficiente transferência de energia do monolugar para a gravilha para que este pare, muitas vezes (como descrevi acima) o objecto mantêm a energia acumulada e vai a dar saltinhos ou a rodopiar, que é bem pior.

  8. Frenando_Afondo™

    3 Novembro, 2016 at 17:54

    Concordo com Hulkenberg, usar pinos que têm de ser passados por um dos lados de maneira a penalizar em tempo o erro (ou um ziguezague como em Monza) assim o piloto continua em pista (em vez de sair para a gravilha e perdermos um piloto, quando o que se quer é o máximo de monolugares em pista para aumentar possíveis ultrapassagens e espectáculo). Sem falar que escapatórias em gravilha, com monolugares de alta velocidade são umas autênticas armadilhas (veja-se o acidente de Alonso que acabou a dar piruetas e mais piruetas assim que chegou à parte gravilha. Aumentando a velocidade com que foi contra as barreiras de protecção).

    Por isso é que defendo nem tanto ao mar (gravilha) nem tanto à terra (asfalto só), a ideia de obrigar o piloto a fazer algum tipo de manobra parece-me a melhor, perde tempo e não penaliza em demasia os espectadores (que querem é vê-los a correr).

    E esta ideia também permite que pilotos que são empurrados para fora não vejam a sua corrida completamente destruída, porque penalizar depois o piloto que os empurrou não resolve nada a nível de pontos. Por exemplo, Rosberg foi empurrado para fora da trajectória da pista, se ali ouvesse gravilha, acabaria o sua corrida ou pior, ao chegar à gravilha podia dar piruetas, voltar à pista e chocar contra outros pilotos. Por isso as escapatórias de asfalto são tão boas, evitam males bem piores.

  9. Pneu quadrado

    3 Novembro, 2016 at 22:37

    por isso e que o chuchas fica benefeciado nao está habituado ao antigamente´
    ao contrario de muitos outros pilotos

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