F1: Deveria o DRS ser modificado para tornar as corridas mais fáceis?

Por a 14 Abril 2017 08:38

Um dos assuntos que a FIA quer ver debatido é uma forma de tornar as ultrapassagens mais frequentes nas próximas corridas de Fórmula 1. O número de ultrapassagens foi menor em comparação com a época passada, levantando a questão se o sistema DRS foi, ou chegou a ser, uma boa ideia.

Apesar de no Grande Prémio da China ter tido mais ultrapassagens que a prova de abertura, na Austrália, muitas delas resultaram de várias condicionantes, nomeadamente os períodos de ‘safety car’ no começo da corrida, que colocaram carros mais rápidos atrás de outros mais lentos. O DRS ajudou a criar várias ultrapassagens na curva 14 e noutros pontos do Circuito Internacional de Xangai, ao mesmo tempo que permitiram que os carros rodassem mais próximos.

Contudo, alguns pilotos passaram várias voltas atrás dos adversários incapazes de ultrapassar. O aumento da turbulência gerada pelos monolugares de 2017 tornou mais difícil poderem rodar juntos. De momento o DRS só pode ser utilizado que um carro seguir outro numa margem de um segundo, aumentando o tempo perdido e torna mais difícil fazer com que o sistema atue com a eficácia que era pretendida quando foi criado.

É difícil um compromisso entre ter um carro que seja mais difícil de guiar que o de 2016 e que também permita mais ultrapassagens. Por isso a FIA tem de estudar muito bem o que vai fazer antes de tomar uma decisão precipitada, ficando para o ver o que fará nas próximas provas em relação a este tema. Além disso é preciso ter em conta que o peso do DRS na prova chinesa talvez possa estar a ser exagerada se tivermos em conta as diferenças entre os compostos de pneus utilizados pelos pilotos e, particularmente, a forma como eles ganharam temperatura, já que houve situações de ‘safety car’ onde isso foi um fator.

Em Xangai o DRS teve pouco impacto nas ultrapassagens ocorridas na curva seis, incluindo aquela em que Sebastian Vettel logrou deixar para trás Daniel Ricciardo. Por isso será possível continuar a ver boas ultrapassagens sem ser necessário alterar mais o DRS, além de que este continuará a proporcionar ultrapassagens demasiado fáceis. Para equipas com a McLaren, devido à sua falta de potência, nas ultrapassagens com DRS em curva manter um carro atrás será uma tarefa quase impossível.

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ze-do-pipo
ze-do-pipo
7 anos atrás

A pergunta que se põe é: Quando é que o DRS deixa de existir? Pois é um meio artificial de “dopar” quem não tem “pulmão” e “pernas” (caso dos carros), ou para não tem “mãos” ou “tomates” (caso dos pilotos)! A necessidade aguça o engenho! Creio que a solução passará pelos projectistas, pois ao sentirem que os seus carros não conseguem andar na esteira dos outros carros, logo irão à procura de soluções aerodinâmicas para contornar o problema.

Não me chateies
Não me chateies
Reply to  ze-do-pipo
7 anos atrás

A solução é simples, voltar às asas simples dos anos 80. Efeito solo, tubos venturi etc para manter os carros rápidos em curva, como existe na indycar.

MVM
MVM
7 anos atrás

Não, o DRS não deve ser modificado: deve ser abolido. Não é necessário, como se viu na China. (A pista de Albert Park é atípica e foi sempre difícil ultrapassar lá, mesmo com DRS.) Já está mais que demonstrado que não são as ultrapassagens, por si só, que os adeptos querem ver: o que nos interessa é ver boas manobras dos pilotos, e não ultrapassagens fáceis. E também não interessam as estatísticas: vale mais uma grande ultrapassagem, como a do Vettel ao Ricciardo no GP da China, do que vinte ultrapassagens no fim da recta maior com o flap da… Ler mais »

Não me chateies
Não me chateies
7 anos atrás

Que tal mudar os moldes do drs, passar a ser utilizado em todo o lado por quem ataca e por quem defende. Sempre reduzia a turbulência provocada pelo carro da frente.

RogerM
RogerM
7 anos atrás

Sou mais a favor de reduzirem a carga aerodinâmica na asa traseira e frontal. Diminuíam-se os custos de desenvolvimento, e ainda teríamos mais ultrapassagens e disputas próximas.

Cágado1
7 anos atrás

o DRS deve é ser abolido!

Frenando_Afondo™
Frenando_Afondo™
7 anos atrás

Menos asas, mais efeito de solo em todo o monolugar… Mais estabilidade através de uma suspensão activa (como sugeriu Ross Brawn). Assim os monolugares não ficam aflitos quando chegam à esteira de ar “sujo” de quem perseguem e fica mais fácil a aproximação e consequente ultrapassagem.

sr-dr-hhister
sr-dr-hhister
7 anos atrás

Deviam retirar o DRS e tornar a aero activa, assim como a suspensão. Se a aero fosse smart, podia ajustar-se ao dirty air e não era cá preciso DRS, mas na F1 é tudo dumb like Isabel Moreira.

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