Carlos Tavares acredita que Fórmula 1 deixará de competir com motores de combustão interna

Por a 18 Abril 2022 14:00

Em 2014, com a criação do campeonato de Fórmula E, as dúvidas sobre a continuidade da Fórmula 1 começaram a surgir. A verdade é que com a entrada em campo do regulamento das unidades motrizes híbridas na Fórmula 1, a disciplina conseguiu manter-se no topo do automobilismo, mesmo depois da Fórmula E ter passado a ser um campeonato do mundo da FIA. 

De tempos a tempos ainda há quem coloque em causa a existência da Fórmula 1 e aponte para a morte dos motores a combustão interna no mercado. Se a F1 tiver, sob pressão do mercado, de alterar os seus motores híbridos por motores totalmente elétricos, não fará muito sentido existirem os dois campeonatos, isso parece lógico. 

Com um esforço duplo na Fórmula E – a Maserati junta-se à DS como construtor – o CEO da Stellantis, o português Carlos Tavares, é da opinião que o campeonato do mundo de monolugares elétricos tem um grande potencial de crescimento e que a coexistência das duas competições não fará sentido no futuro. 

“Acredito que existe um grande potencial de melhoria e de crescimento na Fórmula E, o que significa que, a dada altura, se terá de optar entre a  Fórmula 1 ou a Fórmula E, certo? Essa pergunta chegará a seu tempo”, admitiu Tavares em entrevista ao The Race. “O que acredito também é que haverá um momento em que a Fórmula 1 não poderá continuar a competir com motores de combustão interna, simplesmente porque o público não aceitará isso”.

O líder da Stellantis acredita que “a pressão da sociedade será tão grande que a F1 terá de deixar a tecnologia de motor a combustão interna, o que significa que, nesse momento, a Fórmula E e a Fórmula 1 terão de discutir e encontrar o caminho certo com a FIA sobre a direção a tomar”. 

A Fórmula 1 está a discutir a nova regulamentação para as unidades motrizes a partir de 2026 e duas das marcas do grupo Volkswagen estão interessadas em entrarem na competição, sem que se fale do fim do motor de combustão interna. Até porque, pelos passos que estão a ser dados nesse sentido, a Fórmula 1 parece mais inclinada em tentar descobrir uma forma de manter a combustão interna com combustíveis sustentáveis

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RedDevil
RedDevil
2 anos atrás

Sim… se a F1 se continuar a “electrizar”, não faz sentido manter a FE e a F1 em simultâneo… a não ser que a FE passe a ser a F2… Mas… não há nenhuma razão “racional” que impeça a F1 de continuar a ser uma competição de motores de combustão interna… Nos últimos anos veio-se a “diabolizar” o motor de combustão interna sem critérios… e o lobby dos “idiotas” fez o resto… PS – apenas um(1) voo de um Boeing 747 de Londres a Nova-Iorque gasta mais combustível que uma época completa de F1… mas os “idiotas” não querem deixar… Ler mais »

Scb2
Scb2
Reply to  RedDevil
2 anos atrás

E os idiotas que comparam alhos com bugalhos.

RedDevil
RedDevil
Reply to  Scb2
2 anos atrás

Quais são os “alhos”? e os “bugalhos”? Você sabe que a justificação para eliminar os ICE é por causa do CO2 (alhos)… e os “bugalhos” do 747 são superiores aos “alhos” da F1… O sr. por acaso sabe que o combustível usado na aviação não paga impostos?… 0% de imposto, nem ISP, nem IVA… acha isso correcto? Não sei se se lembra… mas nos anos 80 começaram a falar numa coisa chamada “camada do ozono” e que estava a desaparecer por causa da poluição… foi um “chinfrin” com o ozono… e depois percebeu-se que afinal eram apenas variações normais… e… Ler mais »

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