As mudanças inesperadas na F1: trocas a meio da época

Por a 16 Agosto 2019 10:38

Após a notícia de que a Red Bull substituiu Pierre Gasly por Alexander Albon, torna-se interessante olhar para a história da modalidade, e perceber que já existiram mais casos como este. Inclusive, em anos recentes, alguns pilotos trocaram de equipa a meio da época. Seguem-se as trocas a meio da época mais inesperadas da Fórmula 1.

Giancarlo Fisichella: Force India à Ferrari (2009)

Em 2009, Felipe Massa sofreu uma grave lesão, no Grande Prémio da Hungria, que o afastou durante todo o resto da temporada. O piloto de testes da Ferrari, Luca Badoer, foi chamado para o seu lugar, mas as suas prestações foram dececionantes. Tão dececionantes que obrigaram a Ferrari a procurar outra solução. Giancarlo Fisichella foi o escolhido, naquela que foi apelidada como uma mudança de ‘sonho’ pelo próprio.

No entanto, esta mudança não surtiu o

melhor dos efeitos, e o melhor que o italiano conseguiu foi um nono lugar em

Monza.

Jarno Trulli: Minardi à Prost (1997); Renault à Toyota (2004)

Jarno Trulli protagonizou duas mudanças a meio da época. A primeira foi na sua primeira época na Fórmula 1. O então ‘rookie’ deslumbrava na Minardi, e quando o azar ‘bateu à porta’ de Olivier Panis, que partiu ambas as pernas num acidente no Canadá, o italiano foi o escolhido para lhe suceder na equipa Prost. Na Prost, Trulli não desiludiu, e conseguiu bons resultados, terminando o seu primeiro ano na Fórmula 1, com vários resultados nos dez primeiros e um quarto lugar na Alemanha. Quando Panis voltou, Trulli saiu, mas deixou boa impressão, o que levaria a Prost a contratá-lo em definitivo em 1998.

Em 2004, Jarno Trulli era já um veterano da grelha. Pilotava na Renault, ao lado de Fernando Alonso, e nessa mesma época alcançou aquela que viria a ser a sua única vitória na Fórmula 1, no Grande Prémio do Mónaco. Depois da vitória, a relação entre o italiano e a equipa foi de mal a pior, e o italiano anunciou a sua saída a três corridas do fim do ano. No entanto, Trulli não cedeu, e mudou-se para a Toyota onde iria ser colega de… Olivier Panis. Nas duas únicas corridas que fez naquele ano pela Toyota fez 11º e 12º, numa mudança que se provou ser numa má altura, pois no ano seguinte a Renault venceria o campeonato de Fórmula 1 com Fernando Alonso.

Heinz-Harald

Frentzen & Jean Alesi: Jordan <-> Prost (2001)

Heinz-Harald Frentzen e Jean Alesi foram pioneiros nas trocas diretas entre pilotos de diferentes equipas, embora não tenha sido tão direta assim. Frentzen foi despedido pela Jordan na véspera do Grande Prémio da Alemanha. A equipa contratou Ricardo Zonta, mas nada estava decidido e tudo era possível. Uma corrida depois, na Hungria, veio a notícia: Jean Alesi tinha cancelado o contrato com a Prost, e assinado pela Jordan. Prost viu-se com um piloto a menos e olhou para o recém-desempregado Heinz-Harald Frentzen com bons olhos, e contratou-o. A troca foi quase uma despedida para ambos os pilotos. Alesi retirou-se nessa época, enquanto Frentzen fez apenas mais dois anos.

Mika Salo: BAR à Ferrari (1999)

Mika Salo teve uma época de 1999 sensacional. Porém, o finlandês nem era para ter competido nesse ano. A BAR chamou-o para substituir Ricardo Zonta, após o brasileiro ter sofrido uma lesão num pé, num acidente. Pouco tempo depois, Zonta voltou e Salo voltou também para o ‘banco’. Mas não demorou muito para o finlandês ter outra oportunidade para competir, desta vez pela Ferrari. Michael Schumacher sofreu um acidente em Silverstone que o deixou fora das pistas e a Scuderia virou-se para Salo. O finlandês respondeu com dois pódios, sendo que num deles, deixou mesmo o seu colega Eddie Irvine vencer, pois o britânico estava a lutar pelo título.

JJ Lehto e Andrea de Cesaris: Sauber

(1994)

Tanto Lehto como de Cesaris tiveram que esperar até à terceira corrida da época para competir. JJ Lehto, na Bennetton, e Andrea de Cesaris, na Jordan. De Cesaris estava a substituir Eddie Irvine que cumpria um castigo por causar um acidente no Brasil, e quando ele voltou, o italiano ficou sem lugar…, mas por pouco tempo. A Sauber, atenta, contratou-o e durante nove corridas foi ele o piloto da equipa. Só que Karl Wendlinger, piloto que Cesaris estava a substituir, estava pronto para o regresso, e por isso o italiano, sabendo que não ia correr, tirou umas férias. No entanto, o regresso de Wendlinger teve de ser adiado, e com poucas opções a Sauber virou-se para JJ Lehto. O finlandês disputou as duas últimas corridas da época pela Sauber, e no final do ano, tanto ele como de Cesaris retiraram-se da competição.

Roberto Moreno: Benetton à Jordan à Minardi (1991)

A época de 1991 não foi pacífica em

mudanças de pilotos, mas Roberto Moreno foi protagonista de duas mudanças

durante a época. Moreno começou a época na Benetton, mas com um acordo para

contratar o promissor Michael Schumacher, o chefe da equipa, Flavio Briatore,

não hesitou e trocou os dois pilotos. Moreno virou-se então para a Jordan de

onde Michael Schumacher tinha saído. Ali cumpriu apenas duas corridas, antes de

ser substituído por Alessandro Zanardi. No entanto a época de Moreno não acabou

ali: Alain Prost saiu da Ferrari, com uma corrida para acabar o ano, e deixou o

lugar vago para Gianni Morbidelli, da Minardi. Roberto Moreno seria contratado

para o lugar de Morbidelli para cumprir apenas a última corrida.

Max

Verstappen & Daniil Kvyat: Toro Rosso <-> Red Bull (2016)

Esta foi talvez uma das melhores mudanças protagonizadas na Fórmula 1, em questão de resultados. Em 2016, Max Verstappen brilhava pela Toro Rosso com a sua velocidade, e isso não passou despercebido aos responsáveis da Red Bull, que não demoraram a fazer a troca entre o holandês e Daniil Kvyat, piloto da Red Bull na altura.

Enquanto a carreira de Max Verstappen tem sido ‘rosas’, faltando apenas o tão desejado título mundial, a de Kvyat nem tanto: após a saída da Red Bull, foi ‘despromovido’ à Toro Rosso, e substituído por Pierre Gasly. Em 2018 não encontrou lugar para competir, e voltou em 2019 para a Toro Rosso, só para voltar a encontrar o francês que lhe tirou o lugar… veremos quem sairá vivo desta luta de ‘aflitos’.

Carlos Sainz: Toro Rosso à Renault (2017)

Carlos Sainz tinha contrato com a Renault para 2018, mas Jolyon Palmer decidiu abandonar a equipa quatro corridas antes. Carlos Sainz viu-se obrigado a suprir a saída do britânico, e Kvyat voltou à Toro Rosso para as últimas quatro corridas do ano.

Carlos Sainz viria apenas a cumprir mais

um ano na Renault, antes de ser substituído por Daniel Ricciardo na equipa, e

assinar pela McLaren.

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