Alpine F1: Faz sentido vender agora ou ‘apostar’ em 2026 e mudar o foco?

Por a 10 Abril 2024 14:05

Estamos em 2024, a última vez que um motor Renault venceu uma corrida de Fórmula 1, foi em 2021, na Hungria, já como Alpine. Antes disso, só em 2014, ainda na fase pré-híbrida, o motor Renault venceu na F1. Em três anos e alguns meses de Alpine na F1, o saldo está nos quatro pódios, incluindo a ‘tal’ vitória, dois em 2021, os outros dois foram em 2023.

Depois do quinto lugar em 2021, o arranque a era de efeito de solo em 2022 correu bem, mas depois apontaram ainda mais para cima, mas foi o inverso que sucedeu. Sexto lugar em 2023.

Atualmente estão em 10º, fruto de um monolugar do qual não está a ser fácil tirar desempenho.

A dupla de pilotos, Esteban Ocon e Pierre Gasly é à ‘prova de bala’, mas tudo o resto, mesmo com grandes mudanças que têm vindo a ser feitas nas chefias, fica a sensação que faz pouco sentido estar constantemente a mudar de ‘treinador’, se o problema existe em várias áreas e só teria hipóteses de

se resolver com mudanças muito profundas.

Não é novidade para ninguém o momento por que passa a equipa, e agora voltaram os rumores que a Renault, poderia considerar ofertas para vender a equipa.

Aqui, faço um preâmbulo para dizer que vender uma equipa quando ela está na mó de baixo pode ser uma má ideia por vários motivos.

Logo em primeiro lugar, a subvalorização. É lógico, e provável que a equipa seja subvalorizada no mercado quando está a passar por dificuldades.

Por outro lado, se a equipa tem potencial para melhorar, vender significa que a Renault iria abrir mão desse potencial e perder a oportunidade de lucrar com um futuro crescimento.

No caso da F1 não há grandes dificuldades em encontrar compradores, mas se calhar faz bem mais sentido à Renault pensar bem no que é preciso para reestruturar a equipa, identificar e implementar essas mudanças aproveitando os anos de 2024 e 2025, para olhar já para 2026, quando as regras mudam de novo e apostar as fichas todas para aí…

O Conselho Mundial da FIA decidiu que a pesquisa aerodinâmica e o trabalho no túnel de vento dos F1 de 2026 só poderá começar a partir de 1 de janeiro de 2025 (com a intenção de colocar todos em pé de igualdade e manter os custos baixos), mas nada impede que uma equipa técnica dedicada comece a pensar no layout dos carros…já!

Em segundo lugar, outra forte razão para se duvidar da venda: qualquer novo proprietário deveria ter que ficar com o motor Renault e esse é de longe pior atualmente. Talvez não fosse problema, porque só o ano de 2025 será com as mesmas regras atuais.

As quatro corridas de 2024 mostram que a Alpine está numa situação difícil, mas também acreditamos que as coisas podem começar a mudar brevemente, e se esses sinais se forem intensificando, duvidamos que a Renault pense em vencer. Contudo, se o status quo se mantiver e se estender a 2025, fica a certeza que como está, nada vai mudar e se assim for, então a venda passaria a ser muito provável, pois mesmo vendendo ‘subvalorizada’ a F1 cresceu tanto nos últimos anos que nunca seria um mau negócio para a Renault.

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Pity
Pity
22 dias atrás

Aqui vai uma ideia louca: A Porsche queria regressar à F1, numa parceria com a Red Bull, o que não se concretizou. Porque não comprar a Renault?

joaolima
joaolima
Reply to  Pity
21 dias atrás

Ideia louca ou uma boa ideia? 😀

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