Adrian Newey: “Sempre me sentirei responsável pela morte de Ayrton (Senna), mas não culpado”
Adrian Newey publicou recentemente a sua autobiografia, livro onde se refere novamente ao que sentiu aquando da morte de Ayrton Senna, a 1 de maio de 1994, dizendo que continua ‘assombrado’ pelo acontecimento. Na altura, Newey era Designer Chefe da Williams, responsável pela conceção do Williams FW16, juntamente com Patrick Head, que era Diretor técnico.
Mais do que aceitar a tão falada questão da possível quebra da coluna de direção, que alegadamente teria cedido porque foi modificada a pedido do brasileiro, isso nunca ficou provado, mas para Newey o sentimento de culpa que sente vai muito para além disso, pois a verdade é que nunca acreditou nessa teoria:
“Eu era um dos responsáveis duma equipa que projetou um carro em que um grande homem morreu. Não importa se a coluna de direção causou o acidente ou não, é impossível fugir do facto de que era uma peça com um mau design, que nunca deveria ter sido permitida no carro. Mas do que eu sinto mais tem a ver com o facto de ter ‘perdido’ a aerodinâmica do carro pois na transição entre a suspensão ativa (de 1993) e o regresso à suspensão normal, projetei um carro que era aerodinamicamente instável, com que Ayrton estava a tentar fazer coisas que o carro não era capaz de fazer. Se sofreu um furo, e simplesmente passou mais rápido num carro aerodinamicamente instável, isso tornaria o carro difícil de controlar, mesmo para ele” escreveu Newey que foi inicialmente culpado da morte de Senna, juntamente com Frank Williams e Patrick Head, sendo todos absolvidos anos depois:
“Sempre me sentirei responsável pela morte de Ayrton, mas não culpado”, disse, que quanto ao Procurador italiano tem uma opinião que faz pensar: “O facto de que o caso de (Roland) Ratzenberger (morreu no mesmo fim de semana de Imola, um dia antes) ter sido tão facilmente varrido para debaixo do tapete fez-me suspeitar que a principal motivação de Passarini (Procurador) era fama e notoriedade pessoal”.
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Não percebo esta última frase do Newey. A centralina do Williams foi recebida por Bernard Duffort, engenheiro do “serviço de eletrónica” da Renault em menos de 24 horas do acidente. A qual foi “requisitada” pelos técnicos da Williams após permissão do “f—ing” Charlie ( ainda há quem se admire porque ele se mantém lá)assim como as disquetes ou floppies, obviamente manipuláveis. A centralina foi enviada para o banco de ensaios ficando com outros dados que substituiram os anteriores, de acordo com o Duffort havia que otimizar os custos… A 18 de maio, a centralina e as disquetes foram devolvidas. A… Ler mais »
Está a usar a auto-biografia para tentar reescrever a história e o julgamento que, quando terminou, acabou com efectiva condenação do Patrick Head por homicídio involuntário.
Não cumpriu pena porque quando terminou o julgamento, já havia prescrito o prazo de tal crime.
Sim foi condenado pela quebra da coluna de direcção após ter sido cortada, encurtada e soldada de modo defeituoso.
Ainda mais estranho é que os primeiros a terem acesso ao carro em parque fechado não foram nem os comissários, nem a autoridade, mas sim … os técnicos da Williams.
Concordo plenamente com Adrian Newey. Sempre me debati com amigos por estas evidências técnicas, só que Adrian Newey, por respeito ao grande Senna, e isso é evidente, não refere que Senna estava a sentir-se ultrapassado pelo talento de Shumacher, a estrela em ascensão na altura (da mesma forma que Vestapen agora) e dava (deu…) tudo para conseguir ultrapassar as dificuldades do carro. Carro esse que tinha sido o grande dominador últimos mundiais graças à fantástica (mesmo!) suspensão activa. Mas o carro era outro, instável, mas ainda assim o grande Senna queria ser o grande dominador, por mais tinha o melhor… Ler mais »
Ainda bem, que um técnico exemplar como tu, meteu tudo ao claro. Ainda por cima, cheio de argumentos espantosos. Tens cá uma paciência, com os teus amigos…
Nem sei se está a ser sarcástico, tamanhos os disparates do “extremosmotor”.
Um dia há-de de entender, ou talvez não 🙂
Vá lendo os comentários que foram surgindo…
Porque comenta referindo-se a si próprio na terceira pessoa?
ex. comenta dizendo “na linha dos pensamentos do extremosmotor” quando é o próprio extremosmotor.
Essa sapiência é assim tão grande que dá para múltipla personalidade?
Temos artista?
Sim, é isso, temos “artista”, nem imagina quanto…. 🙂
De facto escrevi mal essa mensagem, errei.
Não tinha reparado que por cima da mesma aparecia o autor, frequento pouco estes fóruns, só intervi ao ler tamanhas intrigas à volta do caso “Senna”, para mim, o melhor piloto de formula 1 de todos tempos. Como ele só outros “homens da chuva”, goste-se ou não deles: Schumacher e agora…Vestapen, ainda bem que de quando em quando surgem estes génios.
Passe bem!
Ou seja comentou o seu cometário para dar razão a si próprio sem saber que iria aparecer o seu nome de utilizador novamente.
Isso é que é honestidade intelectual!
Honestamente, acha que é sim?
Eu coloquei o meu nome no comentário para quem o lesse soubesse que o escreveu, só isso.
Sempre suspeitei, tenho agora a certeza, que é de “compreensão lenta” e mal educado.
Passe bem
https://www.autosport.pt/formula1/adrian-newey-magico-da-red-bull/
Parabéns! Há muito que não lia tanto disparate junto em tão poucas linhas.
Um há-de de entender, ou talvez não 🙂
Vá lendo os comentários que foram surgindo…
Subscrevo.
Talvez o extremosmotor siga o próprio conselho: “vá lendo os comentários que foram surgindo”. Talvez aprenda alguma coisa sobre a temporada de ’94, ou talvez não.
Dos seus comentários só li suposições “jornalísticas” e justificações de vão de escada.
Agora comentários, como todos os verdadeiros a amantes do desporto automóvel normalmente tem, em que a técnica está presente, sendo tendencialmente imparciais, isso = 0,
Entretanto já deve ter aprendido alguma coisa…ou talvez não.
Disparate de menino arrogante refractário à informação. Precisa de ler mais sobre o assunto.
Sim, precisa de ler mais sobre o assunto…é verdade.
https://www.autosport.pt/formula1/adrian-newey-magico-da-red-bull/
Senna a sentir-se ultrapassado? Pole-position nas qualificações que disputou em 1994. O Benneton do Schumacher só estava legal na qualificação. Depois regressava à box e de sábado para domingo ocorria um milagre e na corrida o fundo deixava de raspar nas lombas das pistas e os pit-stops demoravam menos um segundo que a concorrência: suspensão ativa que havia sido banida e remoção dos filtros das mangueiras de re-abastecimento. Essa batotice durou até meio da temporada. Depois foram chamados à atenção e desapareceu a batota. Na segunda metade desse campeonato, a estrela em ascensão conseguiu duas míseras vitórias: na Hungria e… Ler mais »
100% de acordo.
Já não comentava aqui há algum tempo mas depois desta não podia ficar de braços cruzados.
Vocês deviam estar todos atrás da jaula, assassinos! Infelizmente isto envolveu muita gente poderosa e quando é assim a justiça simplesmente tapa os olhos. Quem não suspendeu o fim de semana de corrida depois do acidente do Ratzenberger (desobedeceram à lei italiana) também devia ir para trás da jaula.
Sem dúvida essa foi um dos principais factos que culminou na morte dele
Está enganado, como já provou aqui num comentário, o técnico extremosmotor. É um exper, em casos como este! Basta ler, todos os seus argumentos técnicos!
lol
Senhor pascio, vamos lá então isso… As suspensões ativas entraram na Formula 1 pelo o cunho de Adrian Newy “O Mago”, um grande engenheiro que ao longo da sua brilhante carreira trouxe para o palco do circo muitíssimas inovações. Acontece que a dinâmica de um chassi e suspensões de um carro com suspensões ativas implica uma areodinâmica muito diferente de um carro “normal”. E isto acontece porque a sofisticada tecnologia que envolve as suspensões ativas mantém um altura constante ao solo, e tanto o fluxo de ar por debaixo de carro (no chamado fundo plano) como na parte superior do… Ler mais »
Obviamente, Os projetistas apenas foram uma das peças que resultaram na morte dele. O que aconteceu foi uma cascata de eventos catastróficos que na verdade iniciou desde sua contratação na Williams 🙂
O maior “defeito” do Williams FW16 é que era um carro legal, que cumpria os novos regulamentos, ao contrário do Benetton de Schumacher.
Para poder competir contra um carro com as ilegalidades do Benetton, Senna teve que levar o seu Williams para lá dos limites…
O resto sabemos como terminou, no entanto e passados estes anos, Senna vence as votações de adeptos, imprensa especializada e de pessoas ligadas à F1 acerca de quem terá sido o melhor piloto da história da F1.
Schumacher e Briatore são recordados como alguns dos maiores vigaristas da história da F1.
Cumprimentos
Eu não diria tanto com tão poucas palavras. No meio de tanto disparate que li nos outros comentários, é bom encontrar alguém que sabe o que diz. Cumprimentos.
https://www.autosport.pt/formula1/adrian-newey-magico-da-red-bull/
Já passou algum tempo (mais de um mês!!!), mas a propósito do artigo a que se refere o link com que me respondeu, foi isto que lá escrevi textualmente: – Os meus parabéns ao Sr Fábio Mendes pelo excelente artigo. Contudo talvez se pudesse dizer algo acerca deste parágrafo: …No entanto nem só de momentos de glória é feita a carreira de Newey. O ano de 94 foi trágico para todos os fãs da F1 e especialmente para ele, pois viu um dos melhores de sempre a falecer num carro desenhado pela sua mão. Foi acusado em tribunal, mas absolvido… Ler mais »
Muito bem, na linha de pensamento do extremosmotor, falta só referir que, além disso, Williams, era uma mau carro nesse ano de transição entre as suspensões activas e as tradicionais, isto nas palavras do seu projetista.
Mas mesmo assim melhor que os outros que se regiam pelo mesmo regulamento, o Benetton era o único que tinha um regulamento próprio, criado por Mr Brawn com o apoio de Mr Briattore e também de Max Mosley.
Apesar das muitas teorias e factores A, B,C ou D, a causa do factual acidente do Senna foi simplesmente overdriving. Estava a conduzir acima das suas possibilidades e das do carro, e simplesmente perdeu o controle. Teve muito azar em bater como bateu,a barra da suspensão ter entrado no visor etc. Sem dúvida. O Senna estava a ver os seus dias de dominador da F1 a serem postos em causa.O Schumacher estava destacado no mundial e a colocar-lhe um desafio tremendo. Situação clássica. Agora os carros de desse ano não tinham suspensão electrónica, mas isso até favorecia o Senna que… Ler mais »
Muito bem, na linha de pensamento do extremosmotor, falta só referir que, além disso, Williams, era uma mau carro nesse ano de transição entre as suspensões activas e as tradicionais, isto nas palavras do seu projetista.
Ele é com cada comentário. Um piloto que em 7 anos de competição na fórmula 1 tem 60 pole positions no curriculo, o único piloto que conduzia um carro da era turbo da forma como se vê por exemplo na qualificação para o GP da Austrália de 1985, acusado de overdriving… um piloto cuja habilidade ao volante na sua era só foi comparável a espaços (muito escassos) por pilotos como o Prost (quando tinha um carro “perfeito”) ou um Mansel (na loucura do braço mesmo – um doido ao volante, que limpou tudo num ano na fórmula 1 e no… Ler mais »
Muitíssimo, mas muitíssimo mesmo bem escrito! Cumprimentos e Parabéns pelo excelente comentário.
Tem de guardar este comentário. Excelente.
Muito bem escrito, sem dúvida, mas sem discernimento técnico…muito centrado nas politiquices e na intriga. Se tivesse lido atentamente (e se tivesse entendido) o que escreveu Adrian Newey facilmente percebia que o grande Senna, para mim o melhor piloto de todos tempos, tudo fez para ultrapassar os adversários apesar de ter um mau carro, legal é verdade, mas mal projectado naquele ano de transição entre suspensões activas e tradicionais. Isto nas palavras de um maiores projetistas de todos tempos da formula 1. Mesmo os bons como ele erram, além de excelente técnico, revelou-se um homem enorme ao revelar que aquele… Ler mais »