F1: afinal quem fica com quem?

Por a 21 Julho 2018 13:52

Parece que antes da chegada do verão, a Fórmula 1 entrou em aceleração no que toca aos rumores de troca de pilotos, espoletada pelo anúncio da continuidade de Lewis Hamilton e Valteri Bottas na Mercedes. A manutenção da dupla de pilotos na casa alemã e a mais que provável chegada de Charles Leclerc à Ferrari, esvaziaram o grande assunto da “silly season”, “Quo vadis Daniel Ricciardo?” Com a RedBull e o australiano condenados a se entenderem, as três equipas de topo têm a sua formação e a definição de motores fechada. No resto do pelotão é que a porca torce a dita… cauda!

 

A Renault, liberta da amarra RedBull, quer incrementar a sua competitividade e deseja, chauvinismo obriga, ter um piloto francês na sua formação. Como Carlos Sainz não está garantido para 2019, a marca francesa deverá manter Nico Hulkenberg e recrutar Esteban Ocon. O francês da Force India deixou de ter possibilidades de entrar na formação principal da Mercedes – Bottas tem mais um ano de contrato com outro de opção – e por isso pode mudar de ares para onde o desejem. Por seu turno, a Force India poderá receber o reforço de Laurence Stroll. O pai de Lance Scroll estará cansado de investir na Williams, sem resultados, e pode juntar-se à BWT na estrutura acionista da equipa ainda pertença de Vijay Mallya e de Subrata Roy. Apesar de ambos dizerem que não vendem a equipa, a sua situação está cada vez mais insustentável e a pressão dos donos da BWT (patrocinador da equipa) pode surtir efeito. Assim, a Force India, em 2019, pode apresentar Lance Stroll e… outro piloto, já que Sergio Perez pode estar de saída da equipa para entrar na Haas.

Na equipa americana, a situação de Romain Grosjean não é muito favorável e apesar de Kevin Magnussen continuar a arregimentar anticorpos na Fórmula 1 com as suas tiradas meio idiotas (como a que atirou a Alonso ao comparar a sua continua insatisfação no rádio com as quedas de Neymar), poderá manter o seu lugar com o mexicano Perez a seu lado. Esta poderia ser uma formação com algum interesse para a equipa de Gene Haas que continuará colado á Ferrari em situação semelhante à da Sauber. Aliás, fala-se no paddock da Fórmula 1 que a Haas poderá passar a chamar-se Haas Maserati, fazendo o grupo FCA (Fiat Chrysler Automobiles) chegar outra marca de prestígio do seu portfólio com uma rica história na competição e também na Fórmula 1, à competição.

Desta forma, a Ferrari teria duas equipas satélites com a Sauber e a Haas. A Academia da Ferrari não tem, para ja, nenhum piloto pronto para o desafio da Fórmula 1 e cada vez mais parece que Antonio Giovinazzi não terá oportunidade de seguir as pisadas de Charles Leclerc. O que alguns observadores já tinham avançado, até porque o palmares do italiano não se compara com o do monegasco. Giovinazzi, já com 24 anos, venceu em 2015 o Master de Fórmula 3 e foi segundo na GP2 em 2016, já Leclerc venceu a GP3 em 2016 e a GP2 em 2017. Por isso mesmo mereceu a confiança para ocupar o lugar aja Sauber e está a caminho da Ferrari. È verdade que a Haas tem, além do agora caído em desgraça, Santino Ferrucci, o indiano Arjun Maini como piloto de desenvolvimento, mas a verdade é que o piloto da Trident não tem o talento suficiente para dar à equipa Haas o necessário para a progressão da equipa.

Assim, a Haas Maserati deverá ter uma dupla Kevin Magnussen/Sergio Perez e a Sauber Alfa Romeo Marcus Ericsson e, diz-se que poderá acontecer se ele prolongar a carreira, Kimi Raikkonen. Claro que tudo isto por ser profundamente alterado se for concretizada a mudança de “patrão” na Fiat e na Ferrari. Se entrar um homem das finanças, tudo isto pode não ser assim, se foi Louis Carey Camilli, ex -presidente da Philip Morris (Marlboro), manter-se-á tudo como até agora e aumentar, ate, o envolvimento da Ferrari e da FCA na Fórmula 1.

Carlos Sainz estará, nesta altura, com uma valente dor de cabeça. Ele quer a Renault, a Renault quer o espanhol, mas o marketing e a direção do grupo francês “exige” um piloto gaulês na formação oficial. A solução para o filho de Carlos Sainz pode passar pela renúncia à RedBull. Porém, com a confirmação de Daniel Ricciardo na formação principal, esse regresso será sempre feito através da Toro Rosso. Ou seja, o espanhol andaria de “cavalo para burro” e com a incógnita dos motores Honda, sendo certo que apesar de Franz Tost ter dito que a sua equipa não é cobaia, a verdade é que a Toro Rosso seria sacrificada para desenvolver os motores que vão equipar os carros da RedBull. Portanto, esta é uma situação que não agrada a Carlos Sainz. Assim sendo, resta ao piloto espanhol arriscar, ficar na órbita da Renault aceitando tomar o lugar de outro espanhol, Fernando Alonso, fazendo dupla com Stoffel Vandoorne ou… Lando Norris. Cortar a ligação à RedBull será a fatura a pagar por esta situação, algo que Carlos Sainz terá de ponderar muito seriamente. Caso aceite ficar na Toro Rosso, então na McLaren poderá subir á equipa principal Lando Norris, mantendo Stoffel Vandoorne o seu lugar. mas, claro, se Fernando Alonso aceitar que o quarto título de Fórmula 1 é impossível e que ganhará mais na Endurance e na busca da “Triple Crown” depois da vitória no Monaco e nas 24 Horas de Le Mans.

Finalmente, o caso da Williams que se afigura muito bicudo. Se Lance Stroll sair, como tudo o indica, a perda do patrocínio da Martini juntar-se-á a uma situação dramática para a formação de Grove. Se conseguirem manter o dinheiro de Sergey Sirotkin, a Williams poderá “namorar” a Mercedes e trocar o fornecimento de motores pela entrada de George Russell na equipa. O piloto protegido da Mercedes não tem lugar em outra equipa e seria a possibilidade do jovem piloto ambientar-se à competição e a Williams pouparia de forma sensível na fatura dos motores. Uma dupla Sergey Sirotkin/George Russell não seria pior que a feita este ano pelo russo e por Stroll, por isso esta pode ser uma boa ideia para a equipa dirigida por Paddy Lowe.

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