BMW impediu KERS de ser adiado

Com muitas equipas com dificuldades técnicas para fazerem funcionar os KERS, e os custos de desenvolvimento a atingirem já valore superiores a 40 milhões de euros, a Ferrari lançou a proposta de adiamento da utilização do KERS, sendo rapidamente secundada pela maior parte das restantes equipas.

A Honda e a Williams opuseram alguma resistência a esta proposta, mas acabaram por a aceitar, só que a BMW vetou por completo esta possibilidade, por imposição da administração da marca alemã, segundo fontes próximas da equipa.

Mario Theyssen, questionado acerca deste assunto em Interlagos, explicou que, “o grosso do investimento já está feito, todos temos interesse no desenvolvimento deste tipo de tecnologia, pois será adaptável aos carros de estrada e, por isso, do nosso ponto de vista, não fazia sentido adiar tudo por um ano, pois isso não iria tornar os KERS mais baratos e só iríamos perder um ano de desenvolvimento na pista. Sinto-me muito confortável com a decisão que tomámos e não a iremos alterar, mesmo se isso não satisfizer as outras equipas.”

Segundo fontes próximas da Williams a promessa dum pacote compensatório a nível económico, foi a alavanca para a decisão de Sir Frank aceitar adiar a entrada em acção do KERS, no qual a sua equipa deposita muitas esperanças.

Mas sem o acordo da BMW a equipa de Grove não ficou só privada desse dinheiro que lhe chegaria dos construtores, mas vai continuar a ter de investir no desenvolvimento do seu próprio sistema, o que é uma enorme complicação face à situação económica em que a Williams se encontra.