Os ‘prémios alternativos’ da Fórmula 1 – 2025

Por a 28 Dezembro 2025 10:00

Como sempre, a Fórmula 1 ‘devolve’ temporadas em que acontece de tudo um pouco. Umas mais do que outras, é certo, mas este ano não faltaram comédias e momentos insólitos

A Fórmula 1 de 2025 ficará lembrada pela luta pelo título entre Lando Norris, Oscar Piastri e Max Verstappen, mas também por uma série de episódios insólitos e divertidos que marcaram o paddock ao longo do ano. Num balanço diferente do habitual, o F1.com atribuiu os seus “prémios alternativos”, destacando rádios icónicos, gaffes com troféus, estratégias polémicas e até corridas… de LEGO.

Fernando Alonso: o piloto mais azarado

Um início de época marcado por falhas técnicas e timings infelizes

O “prémio” de piloto mais azarado da época foi para Fernando Alonso, que chegou a desabafar no rádio, ao cortar a meta em 11º lugar em Imola, que “tudo está a correr mal este ano”. O espanhol só conseguiu os primeiros pontos na nona prova, em Barcelona, depois de um DNF na Austrália, problemas de travões na China e falhas de unidade de potência no Mónaco.

​Em Imola, o que motivou a famosa mensagem foi a entrada de um VSC em timing perfeito para os rivais, permitindo-lhes uma paragem “de borla” nas boxes; situação semelhante à vivida com o Safety Car em Zandvoort. Em Monza, Alonso viu ainda a suspensão ceder… devido a uma pedra de brita lançada pelo carro de Norris à sua frente. ​Apesar de tudo, o bicampeão não baixou os braços e ainda regressou ao top-10 do Mundial de Pilotos, ajudado pelos 16 pontos somados nas duas últimas rondas.

Momento mais divertido: a “corrida” de LEGO em Miami

Desfile de pilotos transformado em prova improvisada

O momento mais hilariante da temporada surgiu no GP de Miami, quando o habitual desfile de pilotos foi feito ao volante de carros LEGO totalmente funcionais. Cada equipa tinha um modelo à sua medida, construído numa operação que envolveu 26 designers, engenheiros e especialistas LEGO, mais de 22 mil horas de trabalho e cerca de 400 mil peças por carro, com velocidade máxima na ordem dos 20 km/h.

​A teoria era um passeio calmo em torno do circuito. Na prática, o espírito competitivo dos pilotos transformou rapidamente o desfile numa “corrida” improvisada, com toques, manobras arriscadas e um pelotão visivelmente divertido ao volante dos “monolugares” de blocos.

Melhor mensagem de rádio: “Must be the water”

O diálogo Leclerc–Bozzi que entrou para os clássicos da F1

A época foi fértil em comunicações de rádio marcantes, de Lewis Hamilton a ironizar “tomem um chá enquanto estão nisso” até Verstappen a comparar passagens de caixa ao “Mónaco 1972”. Mas o galardão foi para Charles Leclerc e o engenheiro Bryan Bozzi, no GP da Austrália.

​“O banco está cheio de água!”, reportou Leclerc, devido a uma fuga na garrafa de bebida. Bozzi respondeu: “Deve ser da água…”, ao que Leclerc replicou: “Vamos juntar isso às palavras de sabedoria”. O piloto esclareceria depois tratar-se de uma piada interna, mas o ‘clip’ garantiu lugar em todas as compilações de melhores rádios da temporada.

Melhor decoração especial: Red Bull homenageia a Honda no Japão

Decoração de despedida considerada a mais marcante de 2025

Entre várias decorações especiais ao longo do ano, o destaque foi para a Red Bull no GP do Japão, com um esquema dedicado ao derradeiro ano da parceria com a Honda. A decoração, profundamente inspirada na estética da marca japonesa, foi eleita a melhor ‘livery’ especial de 2025, superando, por exemplo, o visual retro da Ferrari em Monza que evocou o 50.º aniversário do primeiro título de Niki Lauda.

Melhor capacete especial: Hamilton brilhou em Las Vegas

Um design que literalmente “cintilava” sob as luzes

Com tantos capacetes especiais quanto liveries, a F1 reservou também um prémio para o melhor design de capacete. O escolhido foi o de Lewis Hamilton para o GP de Las Vegas, cuja característica mais marcante era simples: brilhava. O efeito cintilante sob as luzes da Strip garantiu “bónus automáticos” na votação simbólica dos fãs.

Melhor estatística: o primeiro pódio de Nico Hülkenberg

239 Grandes Prémios depois, o fim de uma “maldição”

Um dos momentos mais emotivos da época foi o primeiro pódio de Nico Hülkenberg, no GP da Grã‑Bretanha, após uma recuperação de 19º na grelha para 3º lugar em condições meteorológicas difíceis. No seu 239º Grande Prémio, o alemão deixou finalmente para trás o estatuto de piloto com mais corridas na F1 sem pódios.

​O resultado foi também o primeiro pódio da Sauber desde o Japão 2012, com Kamui Kobayashi, e fez de Hülkenberg o mais velho estreante em pódios desde George Follmer, em 1973, então com 39 anos.

Maior trapalhada com o troféu: Hadjar parte a taça em Zandvoort

Pódio histórico… e um troféu partido no chão…

O estreante Isack Hadjar também mereceu lugar nos prémios alternativos. O francês, ao serviço da Racing Bulls, conseguiu um pódio surpreendente em Zandvoort, mas o momento de glória teve um detalhe caricato: durante as fotos de celebração, pousou o troféu no chão e acabou por partir o “pescoço” da peça.

​A organização, com intervenção do Príncipe Bernhard de Orange, tratou de providenciar um troféu de substituição, entregue ao piloto antes do GP de Itália. Hadjar, porém, confessou preferir guardar a versão partida como recordação única do seu primeiro pódio.

Melhor exemplo de perseverança: Hadjar e o “inferno” do cinto em Suzuka

Desconforto extremo, Q2 alcançada

Hadjar voltou a ser distinguido pela sua resistência no GP do Japão. Em qualificação, o rookie descobriu que o cinto de segurança tinha sido apertado de forma exagerada, ao ponto de lhe causar dores e limitar a concentração ao volante. ​Apesar das mensagens de rádio claramente aflitas, o francês insistiu, conseguiu ainda assim passar a Q2 e só então o problema foi resolvido na pausa entre sessões, antes de seguir para uma qualificação que acabaria em sétimo lugar.

Multitasking do ano: o “corta-relva” de Lando Norris

Duelo com Verstappen dá origem a piada viral

Ainda no Japão, o duelo à saída das boxes entre Lando Norris e Max Verstappen rendeu o título de melhor exemplo de multitasking. A disputa por posição empurrou Norris para a relva, enquanto Verstappen segurava o interior da curva. No cooldown room, o neerlandês resumiu com humor: “Uma cortadora de relva bastante cara”. Em conferência de imprensa, reforçou a piada dizendo que a relva do lado direito “não estava bem cortada” e que Norris tratara do assunto; o britânico respondeu alinhado: “Nem estava a tentar lutar com o Max, só estava a cortar a relva, como ele diz”.

Melhor pedido de desculpas: o jantar Albon–Russell após Mónaco

Jogo táctico da Williams leva a penalização e… a lagosta!

O GP do Mónaco rendeu o prémio para melhor pedido de desculpas. George Russell, penalizado com uma drive‑through por cortar a chicane Nouvelle para ultrapassar Alex Albon, explodiu de frustração após ficar repetidamente preso atrás do Williams, usado num jogo táctico em conjunto com Carlos Sainz para gerir o trânsito e as janelas de paragem.

​Depois da corrida, ambos os pilotos da Williams pediram desculpa pela manobra estratégica e Russell comentou que Albon “lhe devia um jantar”. O encontro aconteceu de facto, e Albon revelou depois que o britânico “encomendou o prato mais caro da ementa – a massa com lagosta”.

Melhor “carpool”: Verstappen, Russell e Tsunoda no Brasil

Desfile em ‘soapboxes’ termina em cena icónica

No GP de São Paulo, o desfile de pilotos voltou a ter um formato alternativo, desta vez com carros tipo “soapbox”. Como seria de esperar, o caos instalou-se rapidamente. Depois de uma avaria, Russell ficou sem viatura de apoio e acabou “a boleia” dos pilotos da Red Bull, Max Verstappen e Yuki Tsunoda.

​O momento rendeu uma das imagens do ano, amplamente partilhada nas redes sociais e celebrado pela própria F1 na peça dos “alternative awards”.

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