Rampa de Santa Marta, Q&A com Rui Ramalho: “Dois arranques menos bem conseguidos…”

Depois de dois triunfos em três rampas, Rui Ramalho e o Team PRMiniracing sabiam que a configuração do traçado da Rampa de Santa Marta não era a ideal para as características do seu carro, mas ainda assim, a luta foi ao décimo de segundo:

AS: Faz um balanço do que foi esta Rampa de Santa Marta…

RR: “Tinha como objectivo pessoal lutar pela vitória nesta Rampa, embora bem ciente das dificuldades que me esperavam devido às dimensões superiores do meu Osella PA2000 EVO2 relativamente aos outros protótipos da Categoria 1, uma vez que o traçado estreito e bastante encadeado assim me faziam adivinhar. Contudo nunca baixei braços, começando desde a 1ª subida de treinos a demonstrar ao que vinha, tendo sido o piloto mais rápido nas 3 subidas de treinos e na última subida de prova (4 em 6 possíveis), conseguindo bater ainda o recorde do traçado na derradeira subida, o que demonstra inequivocamente de que fui o piloto mais rápido nesta prova”.

AS: Acabaram por ser os arranques a determinar a diferença…

RR: “Na 1ª subida de treinos senti falta de aderência dos pneus, certamente devido às elevadas temperaturas sentidas no traçado, solicitando à minha equipa técnica alguns reajustes no chassis do meu Osella e retificação constante das pressões dos pneus, tendo com isso melhorado subida a subida as reações do protótipo italiano, mas sem nunca alcançar a aderência habitual sentida noutras Provas, pois as condições de calor aqui foram extremas. Devido à elevada competitividade da presente época em que a vitória tem sido discutida à milésima de segundo em algumas provas, esta foi uma delas, dois arranques menos bem conseguidos na 1ª e 2ª subida de prova, fizeram com que eu perdesse preciosas décimas de segundo, hipotecando uma vitória que estava perfeitamente ao meu alcance por apenas 256 milésimas de segundo (!)”

AS: De qualquer forma, continuas na frente do campeonato…

RR: “Este desporto tem destas vicissitudes e como tal, todos os pormenores são valiosos e a mínima falha tem um elevado preço a pagar. Este 2º lugar alcançado permitem-me manter a liderança do campeonato, ainda para mais tendo em conta que o ponto extra da 3ª subida de prova mais rápida ter sido minha o que matematicamente se traduz na cedência de apenas 4 pontos nas contas da Classificação do Campeonato.”