Quem é Nobuharu Matsushita?

Por a 20 Fevereiro 2016 12:12

Tal como o AutoSport noticiou esta manhã, a McLaren ‘reforçou’ a sua equipa de pilotos com o japonês Nobuharu Matsushita, um protegido da Honda que, numa ascensão meteórica, chega à Fórmula 1 como “piloto de testes e de desenvolvimento” pela mão da equipa inglesa, mas com o cunho indisfarçável (cláusulas das parcerias) do fabricante nipónico.

Antigo campeão japonês de F3, Matsushita estreou-se em 2015 na GP2 e demonstrou grande potencial ao serviço da ART Grand Prix, tendo conquistado dois pódios e uma vitória (na corrida Sprint do Hungaroring) no ano passado. Em 2016, irá repetir a experiência no campeonato, acumulando-a ao mesmo tempo com as novas funções na McLaren, sobretudo no simulador, onde terá novamente a companhia do belga Stoffel Vandoorne, atual campeão da GP2 e seu colega de equipa na ART em 2015. Mas será assim tão bom como aparenta, pelo menos a julgar pelas declarações que Eric Boullier, diretor desportivo da estrutura sediada em Woking, teceu sobre o próprio?

“A primeira temporada do Nobu na Europa demonstrou grande potencial. Ele teve alguns desempenhos impressionantes, e com maior experiência e consistência irá continuar a evoluir em 2016. A sua nova função na McLaren será extremamente importante – ele irá comprovar as melhorias que fizermos em pista, e terá um papel fundamental na melhoria da nossa performance em 2016”, referiu sobre o novo pupilo.

As declarações de Boullier são perigosas, porque supõem que a McLaren deixa ao cuidado de um piloto muito inexperiente, com apenas um ano de condução na Europa e com dificuldades na comunicação em inglês, essencial para falar com os engenheiros britânicos que se encontram no simulador (logo, nas instalações da McLaren), a confirmação do que aí é testado.

Ainda poderíamos ir na ‘conversa’ do dirigente francês caso Stoffel Vandoorne (campeão da GP2, com experiência de Fórmula 1 em testes, e de rapidez indiscutível) se tivesse desligado da McLaren. Mas é óbvio que será ao belga que os técnicos de Woking irão pedir esse ‘trabalho’, deixando apenas que Matsushita repita os seus passos e que lentamente aprenda a transmitir essa informação da maneira mais correta possível, enquanto soma mais um ano de corridas na GP2, novamente numa equipa de topo como é a ART (agora com a companhia do russo Sergey Sirotkin).

Tal não significa que Matsushita não tenha potencial, até porque venceu corridas em todas as categorias por onde passou. Mas quem acompanha a modalidade sabe como na Fórmula 1 moderna o papel do piloto de simulador é cada vez mais importante dada a ausência de testes em pista. Não é preciso ir muito longe. Basta olhar para António Félix da Costa, que o cumpriu com distinção ao longo dos últimos quatro anos, mas com experiência em pista em dois testes para jovens pilotos, dias de filmagem e conhecimento profundo das provas do Campeonato do Mundo de Fórmula 1.

Sobre o japonês de 22 anos, importa referir que, após quatro anos a competir na China e no Japão, deu o ‘salto’ para a Europa em 2015. O piloto ultrapassou o seu desconhecimento dos circuitos europeus para produzir alguns bons desempenhos na GP2, incluindo uma vitória, apesar da “maior agressividade dos pilotos europeus”, como chegou a referir quando questionado sobre as diferenças face aos campeonatos asiáticos.

A estreia do nipónico na GP2 foi ‘coroada’ com um 9º lugar no campeonato, havendo margem para evolução. Antes foi campeão do Campeonato Japonês Júnior de Karting, vencedor do Open Masters Kart ARTA Challenge, terceiro na categoria KF1 do Campeonato Japonês de Karting, e vencedor dos campeonatos japoneses de Fórmula Challenge (entre a F3 e a F4 japonesas) e de Fórmula 3.

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