WEC: Ferrari acusa Aston Martin, Ford e Porsche de concorrência desleal

Por a 22 Novembro 2016 10:56

O diretor da Ferrari GT Racing veio a público afirmar que o Balance of Performance (BoP) da marca italiana não lhe permitiu lutar de forma justa com a Aston Martin pelo título de pilotos da categoria GTE-Pro, que no Bahrain foi bater às mãos de Nicki Thiim e Marco Sorensen, ao volante do carro nº 95.

Apesar de ter conquistado o título de construtores (de forma fortuita, já que beneficiou dos problemas sentidos pelo Vantage nº97 de Darren Turner e Jonathan Adam), Antonello Coletta disse que a impossibilidade de a Ferrari desafiar a Aston Martin neste fim de época deve-se ao BoP, classificando os carros britânicos como imbatíveis.

“Foi uma temporada muito difícil. Nas primeiras corridas a nossa velocidade não era clara, porque alguns dos nossos rivais estavam a esconder alguma coisa. Depois saímos de Le Mans sem marcar qualquer ponto”, referiu, numa farpa à Ford e à Aston Martin.

“Depois disso, a Ferrari nunca teve um BoP que nos permitiu lutar nos mesmos termos. Vencemos no Nurburgring, mas tal deveu-se mais à estratégia do que à velocidade. As outras provas foram uma tragédia. Apesar de termos chegado ao Bahrein com 10 pontos de vantagem, não esperávamos vencer o título. Não era possível bater os Aston. Falei com um piloto dos LMP2 que me disse que ele não conseguia ultrapassar o Vantage na reta da meta quando procurava dobrá-lo.”

Coletta alertou ainda para a tendência cada vez maior dentro dos GT para construtores que inscrevem modelos que foram desenhados em primeiro lugar com vista às corridas, em vez de convertem carros de produção em série em máquinas que possam desempenhar esse papel. O dirigente italiano adiantou que os organizadores do campeonato deveriam impor “regras muito restritas” que sejam “iguais para todos” — outra crítica com a Ford debaixo de olho, que inscreveu o GT em 2016 apesar de a produção do modelo ainda não ter arrancado, ao passo que a Porsche se prepara para entrar novamente de forma oficial na classe, em 2017, com um 911 RSR com motor central e não traseiro, e que por esse modo não deriva diretamente da versão de estrada.

“Tivemos o cuidado de ler as regras e de as interpretar. Tendo como base o nosso 488 iniciámos o nosso trabalho, tornando-o competitivo para participar em corridas. Outros fizeram protótipos, e ainda hoje estamos à espera de ver o número mínimo de versões de estrada que serão produzidas. E depois ainda há os que fizeram um carro que nunca veremos na estrada. Existe algo que não está a funcionar. É tempo de nos sentarmos e estabelecermos um conjunto de regras muito específicas e restritas. É bom que haja novos construtores, mas as regras têm de ser iguais para todos. Não podemos mantermo-nos passivos quando existem marcas que surgem com carros que são distorcidos ou muito diferentes do que deviam ser”, concluiu.

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ernie
ernie
7 anos atrás

Sou fan da Aston e da Porsche, e nem simpatizo muito com a Ferrari, mas este senhor tem razão pelo menos no que diz respeito à Ford e à Porsche, e também já houve o Z4 com o V8 que nunca foi produzido. Em relação à superioridade do Aston, tem mesmo só a ver com o BOP penso eu, e isso parece-me fácil de resolver. Cabe agora á FIA fazer com que as marcas provem que produziram as unidades necessárias á homologação dos carros, caso contrário não poderão participar com os carros enquanto os requisitos não estiverem cumpridos, quanto à… Ler mais »

g-rod
g-rod
Reply to  ernie
7 anos atrás

O Ford GT já tem todas as unidades vendidas e ainda não começou a ser produzido, se não foi impedido de participar neste ano, não o será (com toda a certeza) em 2017.

De facto o BOP falseia completamente os resultados. Sem essas restrições, acredito que os Ferrari teriam andado a passear durante todo o campeonato, com os Ford GT entre eles e o resto do pelotão (com os Aston no final)

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