WTCR: A época de 2018 em números

Por a 29 Novembro 2018 15:55

É tempo de balanços para a maioria dos campeonatos, uma vez que chegamos a fase do ano em que os artistas descansam e os fãs desesperam pelo regresso das competições para poderem ver as novidades. O balanço do WTCR só pode ser positivo. Esperava-se que o campeonato fosse renhido e interessante, o que se verificou e no fundo, as melhores expectativas foram cumpridas. O entusiasmo no início da época, em março, por altura do primeiro teste coletivo, confirmou-se a 100% e o WTCR talvez tenha superado as expectativas de alguns.

É tempo de passar os olhos por alguns dos números que fizeram desta, uma das mais entusiasmantes competições do ano.

– Tivemos 7 marcas diferentes representadas no primeiro lugar do pódio, em 7 marcas presentes na competição. Todos os diferentes modelos tiveram o seu momento de glória em 2018, o que diz muito do equilíbrio que se viveu, muito graças ao BoP que não deixou de ser criticado, mas que no final das contas, fez o seu papel e evitou  (até certo ponto) um domínio excessivo de uma máquina em relação às outras

– 14 pilotos festejaram a vitória em 2018. Ter 14 vencedores diferentes é algo pouco comum nas competições atuais, o que reforça o equilíbrio que se viveu no WTCR

– Gabriele Tarquini foi o vencedor do primeiro título do WTCR e de forma justa. O italiano tem o maior número de vitórias (5), o maior número de voltas mais rápidas (5), o maior número de voltas na liderança (73) e foi por três vezes o melhor piloto do fim de semana (prémio Most Valuable Driver). Conseguiu 306 pontos no total e foi o piloto que mais tempo esteve na liderança do campeonato, graças a um arranque de época muito bom. O piloto mais velho do grid (56 anos) mostrou que a idade não tem de ser um fator limitador.

– Thed Bjork foi o piloto que mais poles conseguiu (6). O campeão do WTCC era uma das estrelas da companhia e não desiludiu, mostrando a sua velocidade em pista. Destacou-se especialmente nas rondas da Alemanha e Portugal e esteve na luta pelo título até perto do final (4 vitórias, 4 voltas mais rápidas, 48 voltas lideradas).

– Aurélien Comte foi o piloto com mais segundos lugares conquistados (5). O jovem piloto francês mostrou o seu grande potencial e conseguiu dar a primeira vitória à Peugeot na taça do mundo de turismo. Liderou 16 voltas, a par de Guerrieri, piloto que conseguiu ficar por três vezes no segundo lugar (2 vitórias).

– Yvan Muller foi o piloto que mais vezes conseguiu ficar no terceiro lugar (6). O piloto francês ficou a escassos 3 pontos de tirar o título a Tarquini, graças à sua regularidade. Com 3 vitórias em 2018, Muller mostrou que apesar de ter mostrado vontade de se reformar, ainda mantém o seu talento intacto, apesar de não ter conquistado uma pole, nem sequer nas grelhas invertidas, o que não o impediu de liderar 32 voltas.

– Jean-Karl Vernay foi outro dos destaques deste ano, com quatro vitórias, duas poles, e quatro voltas mais rápidas. O francês campeão do TCR International foi o melhor piloto ao volante de um Audi e provou o seu talento perante os melhores.

– Pepe Oriola fez da sua regularidade um trunfo e graças a isso conseguiu ir para Macau ainda com hipóteses de chegar ao título. O espanhol, que costuma dar-se bem em traçados citadinos, foi o único digno representante da Cupra, ele que foi o piloto que mais vezes largou do primeiro lugar da grelha na corrida 2.. O espanhol liderou a grelha invertida por três vezes e conseguiu uma vitória, tendo estado no segundo e terceiro lugar do pódio por três ocasiões, respetivamente.

– A Yvan Muller Racing venceu o título por equipas, tendo arrecadado sete vitórias, contra seis da BRC, cinco da Audi Sport Leopard Lukoil Team e quatro da ALL-INKL.COM Münnich Motorsport. A YMR também foi a equipa que mais poles conseguiu (6, com o patrocínio de Bjork), a Sébastien Loeb Racing conseguiu o maior número de poles na grelha invertida (3, a par da Campos) e a BRC conseguiu oito voltas mais rápidas nesta época.  Curiosamente foi a Audi Sport Leopard Lukoil Team que liderou mais voltas este ano (91), contra 87 da BRC e 78 da YMR.

– Vernay foi o piloto que mais vezes consecutivas esteve nos pontos (10), Mato Homola foi o piloto que mais corridas terminou (26) e Pepe Oriola foi o piloto que mais vezes terminou no top 10 (20 vezes)

-A corrida 1 de Vila Real foi a mais longa do ano com a duração de 2h36m58.962s, devido ao acidente que levou a mostragem de bandeiras vermelhas, num dos momentos mais marcantes do ano. A rápida e eficiente atuação dos organizadores portugueses permitiu que a prova recomeçasse, mesmo que muitos duvidassem que tal pudesse vir a acontecer.

– Tivemos este ano 16 Wildcards, sendo que o melhor deste ano foi Daniel Nagy, com o segundo lugar em Hungaroring, seguido de Petr Fulin (5º lugar na Eslováquia) e René Rast (6º lugar na Alemanha). Edgar Florindo foi, a par de Andrzej Studenič, o quarto melhor wildcard do ano (melhor resultado – 12º), e José Rodrigues o quinto melhor, a par de Attila Tassi (melhor resultado – 15º).

– Vimos 170 abandonos em 2018, num total de 366 voltas feitas (1764,834 km) em que foram distribuídos 3664 pontos.

Por fim um último número que interessa realçar…415. O número de dias que Tiago Monteiro ficou afastado da competição, desde o acidente grave em Barcelona até ao seu regresso em Suzuka. Pode parecer muito (e é de facto muito tempo) mas poderia ser muito mais, não fosse a força, determinação e coragem de Monteiro para fazer uma recuperação fantástica, ele que no seu regresso conseguiu um excelente 11º lugar na corrida 3 da ronda japonesa. Em 2019 teremos por certo o nosso Tiago de volta às pistas a tempo inteiro.

 

Valeu a pena seguir o WTCR, que confirmou o que já muitos diziam… A regulamentação TCR é um sucesso, e trouxe de volta o espírito dos turismos que se perdeu com os TC1. Não é portanto de estranhar que este modelo de competição esteja a ser adoptado com sucesso nos quatro cantos do mundo (apesar da realidade portuguesa indicar o contrário). Para o próximo ano esperam-se mais carros (32) apesar das equipas passaram a poder inscrever apenas dois carros, podendo haver limitações também no número de carros por marca (que poderá passar para quatro). Mas espera-se mais e melhor para 2019. Há motivos para isso.

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