WEC, 8h de Portimão: O campeão mostrou a sua raça

Por a 15 Junho 2021 10:45

António Félix da Costa não se cansa de levar a nossa bandeira aos pódios por esse mundo fora… mas fazer isso em casa tem sabor especial.

O AutoSport foi falando com Félix da Costa durante o fim de semana e pudemos sentir a confiança do piloto luso. E quando assim é, prestações como a que vimos nas 8h de Portimão são mais fáceis. Félix da Costa esteve em grande durante todo o fim de semana, sempre com bom ritmo e foi por uma nesga que não conseguiu a pole. Mas quem entra na box da JOTA não pode deixar de ficar encantado com o lote e pilotos, pelo que nem sempre se pode ser o mais rápido. Mas Félix da Costa vinha de uma vitória nos Stock Car Brasil e uma brilhante vitória na Fórmula E, dois carros completamente diferentes. Faltava “apenas” a terceira vitória consecutiva numa terceira máquina diferente… em casa.

A execução do plano da equipa foi a melhor, mas salta à vista a garra com que atacou as últimas voltas. Com o primeiro lugar ali tão perto, Félix da Costa atacou com tudo, foi de faca nos dentes e passou pelo colega de equipa, a cinco minutos do fim, dando contornos épicos a este “regresso a casa” depois de tantos anos sem correr no seu país. No final a satisfação era clara:

“Que dia espetacular, vencer aqui em Portimão em casa é sem dúvida um grande resultado para a equipa, mas para mim em especial, por ser a minha corrida de casa. Ainda para mais vencer desta forma, com a ultrapassagem a poucos minutos do final. Estou muito feliz e emocionado com esta vitória, que nos coloca na liderança do campeonato do mundo. Infelizmente não pude festejar com os Portugueses aqui na pista, mas acreditem que senti o apoio e a energia de todos este fim-de-semana, esta vitória é de todos nós!”

Antes da corrida, o piloto da JOTA explicou o segredo para vencer em Portimão, uma das pistas mais exigentes do calendário:

“Apesar de nunca ter corrido em Portimão, já andei muito aqui. Fiz muitos testes de 36 horas com o BMW M8. Andei aqui de F1, Fórmula 3, de DTM. É preciso encontrar aquele flow. Fazer aqui uma curva má, comprometes duas ou três a seguir. Tens mesmo de entender, que as curvas não são isoladas. Tens de começar bem e mesmo que sintas que estás a ser lento numa fase, vais ser rápido mais à frente.”

Quanto às esperanças na luta pelo título a natural evolução permite a Félix da Costa encara o campeonato com otimismo:

“Estou um bocadinho mais confiante que no ano passado, simplesmente porque decidimos não mudar nada. Tivemos convites para mudar de equipa, os 3 pilotos, mas decidimos manter-nos aqui, com os mesmos engenheiros, mesmo mecânicos e acho que é aí que podemos crescer. Vejo o Roberto muito mais confiante, a andar no meio do tráfego, melhoramos muito. Foi a aposta certa. Vai haver dias em que vai haver equipas mais fortes que nós, mas não se podem ganhar todas.”

Surgiram recentemente rumores que Félix da Costa poderia rumar aos Estados Unidos para tentar a Indycar. O piloto não abriu o jogo, mas prometeu novidades para breve:

“Depende de vários fatores. É preciso muito para neste momento largar a Fórmula E. Tudo o que tenho em cima da mesa, não chega. Gostava de ir lá dar “uma perninha”, para espreitar o campeonato e acho que isso pode acontecer. Se fosse há 5 anos atrás eu ia sem pensar. Estou numa fase da minha vida em que, como atleta, estou no meu pico mas é um risco muito grande largar tudo aqui. Estabeleci-me finalmente como um piloto de ponta, tanto num campeonato como noutro e agora largar tudo para voltar a ser um rookie e ter que voltar a provar o que valho… Eu conheço este mundo e sei que existem muitos mini fatores que deitam tudo a perder. Não é medo, mas é um risco. Há várias coisas a acontecer e preciso de pelo menos, até final de Julho para tomar decisões. WEC, Indycar e Fórmula E estão em cima da mesa. O plano ainda não está finalizado.”

Félix da Costa está claramente no melhor momento da sua carreira e isso vê-se na forma como entra em pista:

“Estou numa fase ganhadora. Com duas equipas ganhadoras. Vou para todos os fins de semana saber que existe uma hipótese de vencer. Já estive durante algum tempo no oposto e é doloroso. Prometi a mim mesmo que não tomava mais nenhuma decisão por dinheiro e estar nessa situação. Sei que não vou ter sempre um carro ganhador, na Fórmula E não vou vencer sempre, mas sei que trabalhamos para ganhar. “

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