LEMBRA-SE DE: PARKER JOHNSTONE, o artista completo


Parker Johnstone é um nome que dirá bem pouco a escassas pessoas. Talvez alguns se lembrem deste norte-americano como “Mister Acura” – ou, é pior, como um piloto que perdeu, a meio da década de 90, as 500 Milhas de Indianapolis a meia dúzia de voltas do final, por um insignificante problema mecânico. Mas Parker Johnstone, apesar de ter sido, acima de tudo, piloto por acaso, acabou por construir o seu lugar na galeria de pilotos com algum relevo na história do automobilismo norte-americano.

Hoje com 60 anos, Johnstone cresceu em Redmond, no Oregon, cidade onde em primeiro lugar extravasou a sua paixão pela música. Isso mesmo: Parker foi um excelente trompetista e, incluído na International Youth Orchestra, viajou pela Europa, tocando com Herbert von Karajan e a Berlin Philharmonic e fazendo dupla com outro famoso músico, o pianista Van Cliburn. Mas ele há coisas que nem o diabo consegue explicar e, na altura de escolher o que queria ser no futuro, Johnstone deixou para trás a vaga aberta na Juilliard School of Music e entrou para a escola de engenharia da Universidade da California, em Berkeley, graduando-se em 1982!

E foi precisamente nesta escola que ele descobriu uma música diferente: a dos motores. Começou a correr de forma amadora ainda nos seus tempos de estudante, ao mesmo tempo que trabalhava como programador de sistemas em Silicon Valley. A vitória em algumas provas do campeonato SCCA levou-o a trabalhar como instrutor na escola de pilotagem de Bob Bondurant, depois das aulas. Vitória atrás de vitória, Johnstone conseguiu ser piloto de fábrica da Renault, na Europa e da Honda, nos “States”. Com a marca japonesa, venceu diversos campeonatos SCCA e IMSA, um destes com o Acura, em 1988. Piloto de carros de “sport” na sua essência, nos monolugares também acabou por deixar a sua marca: na sua estreia em ovais, com a Honda, ofereceu-lhe a sua primeira “pole position” de sempre na IndyCar, em Michigan e só não venceu a prova por causa de problemas mecânicos. Retirou-se no final da década de 90.