Lancia LC1 Martini Racing: Chegada tardia


O Lancia LC1 foi o primeiro sport-protótipo desenvolvido pela marca italiana para correr no renovado Campeonato do Mundo de Resistência, a partir de 1982. No entanto, e apesar do sucesso do carro no seu ano de estreia, a sua estreia aconteceu já demasiado tarde. O Lancia LC1 da equipa

Martini Racing foi preparado de acordo com os regulamentos para protótipos de Grupo 6, mas quando fez a sua estreia nos 1000 Km de Monza de 1982, já se encontrava obsoleto, pois este foi o ano de transição entre os antigos Grupo 5 e Grupo C, e os novos sport-protótipos de Grupo C.

O LC1 substituiu o Beta Montecarlo como arma da Lancia nas provas de resistência. Tal como o seu antecessor, o LC1 utilizava um pequeno motor turbo de 1,4 litros com 460 cv. Por seu lado, o adversário Porsche 956 tinha o dobro da cilindrada, também com turbo, e o Aston Martin Nimrod utilizava um V8 aspirado de 5,3 litros. Mesmo assim, aproveitando as vantagens do efeito de solo (os Grupo C tinham fundo plano) e uma equipa “all-star” de pilotos (que incluia os pilotos de F1 Riccardo Patrese, Michele Alboreto e Teo Fabi), quase ganhou o primeiro mundial para pilotos.

O Lancia LC1 ganhou a sua segunda prova, os 1000 Kmde Silverstone, a primeira de três vitórias à geral durante a época. Foi apenas em Brands Hatch, na derradeira prova, que Patrese perdeu, por escassos 4,7 segundos, o título de campeão para Jacky Ickx, em Porsche 956, naquela que foi uma das mais excitantes provas de resistência da história. O seu sucessor, o LC2 (um verdadeiro Grupo C), estreou-se em 1983, mas nunca constitui ameaça para a armada da Porsche.

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