IMSA, Mid Ohio: Filipe Albuquerque e Ricky Taylor conquistam a segunda vitória consecutiva

Por a 15 Maio 2022 21:50

Mais um excelente fim de semana para Filipe Albuquerque e Ricky Taylor, no Acura #10 da Wayne Taylor Racing. Um grande arranque de Albuquerque e uma luta acesa entre Taylor e Renger Van der Zande (Cadillac # 01 da Cadillac Racing) decidiram os destinos desta corrida, numa pista que parecia favorecer a Acura, mas onde os Cadillac foram muito competitivos. No entanto, a sorte da corrida e o talento da dupla da WTR decidiu a favor do #10 que conseguiu a segunda vitória consecutiva (segunda vitória consecutiva em Mid Ohio) e a terceira vitória do ano (se contarmos a corrida de qualificação de Daytona). É também o terceiro pódio para os líderes do campeonato que viram a sua liderança reforçada.

Foi um fim de semana muito bom para os Acura. Apesar da pole ter ficado para o Cadillac #01 (R. van der Zande / S. Bourdais), esta pista costuma ser boa para os Acura e no ano passado Albuquerque e Taylor venceram também em Mid Ohio. Mas foi uma corrida suada, o primeiro stint de Albuquerque ficou comprometido com demasiada degradação nos pneus traseiros. O arranque foi espetacular, e Albuquerque saltou para a liderança, mas assim que apanhou trânsito ficou à mercê de Sébastien Bourdais que passou o português e começou a construir uma boa liderança. A corrida parecia encaminhar-se para os Cadillac mas um Full Course Caution a meio da corrida permitiu um reagrupamento e Taylor atacou Van der Zande. Um toque entre os dois carros motivou um pião do #01 e desde aí o “Caddy” ficou fora de combate. Taylor geriu muito bem a corrida, mesmo sob a pressão do #60 (O. Jarvis / T. Blomqvist) no final da prova, com uma estratégia alternativa a dar resultado. O Cadillac #30 terminou no top 3, depois de uma grande corrida de Pipo Derani. Tristan Nuñez começou com um stint algo cinzento, caindo para o sexto lugar nos DPi, mas quando Derani entrou a história foi outra e o #31 foi subindo, aproveitando os azares alheios. O #02 (E. Bamber / A. Lynn) da Cadillac Racing terminou em quarto, numa corrida com altos e baixos. Mas o fim do segundo stint de Lynn não correu bem e com isso perderam algum tempo. O #01 teve de se contentar com o quinto lugar, à frente do #05.

O filme da corrida

Filipe Albuquerque teve um arranque espetacular e passou para a liderança da corrida logo na primeira curva. O português roubou a liderança a Sébastien Bourdais, que ficava na segunda posição, à frente de Oliver Jarvis, Alex Lynn Tristan Vautier que conseguiu ganhar a posição a Tristan Nuñez. 

As primeiras voltas foram boas para Albuquerque mas quando apanhou trânsito começou a perder muito tempo e Bourdais tratou de passar o português, com Jarvis a manter a pressão no #10. 

A corrida foi decorrendo sem grandes problemas, mas com 30 minutos de corrida um LMP3 apareceu parado na pista, o que poderia indicar um Full Course Caution, o que acabou por não acontecer. Os Cadillac de Vautier e Nuñez entraram, mais cedo que o previsto e no caso do #31 vimos troca de pilotos com Pipo Derani a entrar para o lugar de Nuñez que não tinha andamento para passar pelo #5 de Vautier. A troca resultou com Derani a passar por Vautier passado algumas voltas.

Na frente, a luta entre Jarvis e Albuquerque aquecia cada vez mais no final do stint, numa altura que o Cadillac #02 entrava para a sua primeira paragem, isto com 35 minutos (27 voltas) de corrida cumpridos. Cinco minutos depois, entraram os dois Acuras, com troca de pilotos em ambas as máquinas, com Ricky Taylor a entrar no #10 e Tom Blomqvist a entrar no #60. Na frente o #01 mantinha-se em pista, mostrando um grande andamento e sendo o último a ir para as boxes para a primeira paragem (eficiência no combustível). 

No final das primeiras paragens a ordem manteve-se e Bourdais permaneceu na frente, seguido de Taylor e Blomqvist que perdeu seis segundos para o colega de Albuquerque. Taylor estava endiabrado e aproximava-se de Bourdais de forma ameaçadora. Mas Bourdais tratou de colocar o pé no acelerador e afastar-se, ganhando quase cinco segundos em pouco mais de três voltas. Taylor tinha começado muito bem mas passado algumas voltas, perdeu o contacto com Bourdais e começou a ser pressionado por Blomqvist (Albuquerque queixou-se da degradação dos pneus traseiros, o que podia estar a afetar o seu colega).

Quando o LMP3 #38 ficou parado em pista, todas as equipas se apressaram a ir para as boxes, ainda antes de ser estabelecido o FCC, quando faltava pouco menos de uma hora e meia de corrida.  Bourdais entregou o carro a Renger Van der Zande e Vautier entregou o carro a Richard Westbrook, tal como Lynn entregou o carro a Earl Bamber. 

No recomeço a luta entre Taylor e Van der Zande foi intensa e motivou uma saída de pista do Cadillac #01, com o #10 a ficar na frente da corrida. Poucas voltas depois, Blomqvist perdeu a posição para Bamber, com Derani em segundo lugar, não muito longe de Taylor. 

Com 44 minutos para o fim da corrida, Taylor parava para a última troca de pneus e reabastecimento. Taylor manteve a liderança, à frente de Derani. Não vimos mais mudanças na frente. Taylor manteve-se no comando das operações e mesmo quando Blomqvist se começou a aproximar, não perdeu a compostura e permaneceu na frente até ver a bandeira de xadrez. O #10 venceu, seguido do #60 e do #31. Foi uma grande operação para Albuquerque que vê assim a sua liderança no campeonato reforçada.

LMP2 – Montoya venceu aos empurrões.

Em LMP2 o #52 (J. Pierson / P. Kelly) largou bem e manteve-se na frente mas depois de alguma voltas, o #11 (S. Thomas / J. Bomarito) passou para a frente e Thomas tirou bilhete. Afastando-se da concorrência o #11 impôs uma distância considerável sobre a concorrência. Nas primeiras paragens, Thomas manteve-se ao volante do #11 e continuou a fazer o excelente trabalho que vinha a desenvolver à frente do #52 e do #20. Mas quem se destacou no meio da corrida foi Juan Pablo Montoya. O colombiano chegou no dia da corrida, depois de ter corrido no dia anterior noutra competição e apesar disso impôs um grande ritmo. Mesmo no fim,  Bomarito no #11 levou um toque do #81 (H. Hedman / J. Montoya), que passou para a frente da corrida, acabando por ser penalizado por um Drive Through pela manobra exagerada. Apesar da penalização, Montoya voltou a liderança algumas voltas depois, mas voltou a tocar no #11 na manobra pela liderança. Embora algo exagerada, a manobra não foi penalizada e o #81 venceu, seguido do #11 e do #20 (D. Andersen / A. Fjordbach), que andou sempre pelas primeiras posições.

LMP3 – João Barbosa longe dos primeiros lugares.

Nos LMP3 vitória para o carro #54 (J. Bennett / C. Braun) com uma boa segunda metade de corrida, ficando à frente do #30 (A. Balogh / G. Grist) e do #36 (J. Andretti / G. Chaves), que largou da pole mas não conseguiu manter o lugar no final da prova. O #33 (J. Barbosa / L. Willsey) de João Barbosa começou mal a corrida e o colega de equipa do português perdeu muito tempo, demasiado para Barbosa recuperar. Ainda assim, o sexto lugar é um mal menor.

GTD – McLaren #70 impôs-se no final

Em GTD o Mercedes #32 (M. Skeen / S. McAleer) passou para a frente da corrida no começo, seguido do BMW #96 (R. Foley / B. Auberlen) , e o pole sitter BMW #1 (B. Sellers / M. Snow) a cair para o terceiro lugar. Mas Snow no #1 tratou de passar Foley no #96 pouco depois e atirou-se ao ataque de McAleer no #32, afastando-se da concorrência, depois de ter regressado ao primeiro posto. O #1 parecia o mais forte, mas as paragens e o Full Course Caution atirou o #96 para a frente da corrida. A luta entre os dois BMW foi uma constante ao longo da prova, o #32 viu um pneu ceder o que comprometeu as hipóteses de vitória e no final destacou-se o McLaren #70 (B. Iribe / J. Pepper), que ultrapassou o BMW #96 perto do final para ficar com a vitória, com os dois BMW a terem de se contentar com o lugar no pódio. 

Resultados AQUI

Em atualização.

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1 Comentário
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Lisboa
1 ano atrás

Mais um vitória, mais um troféu e mais uma memorável exibição do nosso piloto e do seu experiente colega de equipa.

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