CPTT, Baja TT Montes Alentejanos ESC Online: Triunfo de João Ramos

Por a 27 Fevereiro 2023 08:58

João Ramos/Pedro Ré (Toyota Hilux T1+) venceram a Baja TT Montes Alentejanos ESC Online, bateram Tiago Reis/Valter Cardoso (Toyota Hilux) por confortável margem com Armindo Araújo/Luís Ramalho (BRP-Can Am Maverick X3) a terminar no pódio à geral e a vencer entre os T3. O campeonato ‘promete’ em todas as classes…

Fotos Go Agency

Começou bem o CPTT 2023. Ainda sem o plantel equipado com todas as máquinas que estão para chegar, houve bastante luta, e muito espetáculo nas pistas dos Montes Alentejanos, curiosamente com um duelo pelo triunfo entre uma das novas T1+ e outra Toyota Hilux ‘convencional’.

É indesmentível a competitividade das novas T1+, mas também ficou claro que a Hilux mais antiga é ainda muito competitiva, especialmente se bem guiada, como foi o caso.

Na próxima prova, a meio de abril, já todos devem ter as suas novas máquinas, mas em Beja, João Ramos teve que correr com a Toyota Hilux T1+ de Benediktas Vanagas, Tiago Reis com uma Hilux ‘antiga’ alugada, Luis Santos não conseguiu trazer o ‘prometido’ Mini JCW T1+, e ainda pior, Alejandro Martins ficou apeado pelo facto da X-Raid não ter conseguido fazer a revisão do seu habitual Mini. E não lhe conseguiu uma alternativa para o piloto correr em Beja.

São casos a mais, que talvez levem a que faça sentido olhar para a data desta prova numa próxima ocasião. Se tal for possível.

De resto, a Baja TT Montes Alentejanos correu bem, o percurso estava fantástico, o tempo ajudou, não houve ‘crises’ para resolver, tudo decorreu de forma fluída para a organização. Na estrada um bom espetáculo, numa prova que era também uma boa ‘prova dos nove’ para a atual coexistência entre T1 e T3, com 40% do top 10 ocupado por estes carros. Alguns deles não ficaram mais perto da frente porque tiveram problemas e se os T3 ficam perto numa prova como Beja, imagine-se nas outras, que na sua grande maioria são bem mais sinuosas. Um T3 já ganhou no campeonato português à geral, muito provavelmente isso vai voltar a suceder este ano.

Em termos desportivos João Ramos e Pedro Ré (Toyota Hilux T1+) venceram com todo o merecimento a primeira prova do ano. Cautelosos no primeiro dia, atacaram um pouco mais no segundo e levaram de vencida adversários muito aguerridos que, quando tiverem a sua T1+, vão ser ossos muito duros de roer. Quanto a Ramos, não podia ‘estragar’ a T1+ de Vanagas, isso pesou-lhe um pouco, mas ainda assim fez o suficiente para vencer com bom avanço.

Tiago Reis e Valter Cardoso (Toyota Hilux) foram segundos a quase dois minutos e numa prova como esta fizeram o melhor resultado que em teoria seria possível. Provavelmente, lá mais para a frente vai ficar claro que este foi um bom resultado.

Grande estreia de Armindo Araújo e Luís Ramalho (BRP-Can Am Maverick X3) no TT.

Já tinham corrido em Portalegre, mas nesta prova era a ‘contar’ e terminaram em terceiro da geral. Têm, como é natural, muito para desbravar no TT, mas em nada nos admiramos que se mantenham nas lutas na frente do T3 e da geral, nas próximas provas.

Tal como Luís Portela Morais e Tomás Neves (Overdrive OT3) deixaram claro, vai haver muita luta no T3 este ano. Depois de se atrasarem inicialmente, tiveram uma excelente recuperação em pista, deixando claro que, nas provas que realizarem (não disputam todo o CPTT) vão lutar na frente.

Depois do que se viu no ano passado, João Dias/João Miranda (BRP Can Am Maverick X3) tiveram problemas que justificam o resultado menos bom, mas mesmo assim, quinto da geral, terceiro dos T3, mostra que para o piloto da Santag Racing, este ano é para dar sequência ao que fizeram em 2022.

Lino Carapeta/Rui António, com a nova Ford Ranger, foram sextos com o piloto a confessar que nunca andou tão depressa no TT como nesta prova. Face ao que se viu, os resultados este ano vão ser significativamente melhores.

Miguel Casaca/João Luz foram regulares e levaram a Volkswagen Amarok ao sétimo posto da geral, na frente de Edgar Reis/Tiago Neves (Toyota Hilux) também eles com uma prova consistente, nas posições em que costumam lutar. Pedro Carvalho/Romeu Martins (Can Am SSV Maverick XRC My21) e Filipe Cameirinha/Jérémy Dubois (BRP-Can Am-Herrador Maverick X3) fecharam o top 10, contribuindo para 40% de T3 nos dez mais rápidos da prova.

Alexandre Pinto/Fausto Mota (Bombardier Can-Am) terminaram o primeiro dia na frente do T3, mas tiveram problemas e caíram para fora do top 10 no segundo. Nuno Madeira/José Janela (Ford Ranger) tiveram problemas de transmissão no primeiro dia, recuperando de 23º para 12º.

Lourenço Rosa e Joaquim Dias (Toyota Hilux) foram uns dos azarados da prova. No primeiro dia, até ao Km 100 lideravam o SS, mas depois veio a falha na direção assistida e perderam muito tempo. No segundo dia, mais do mesmo, nova falha, e o abandono. Foi azar, pois o andamento está lá.

Já não competia desde 2019, depois do seu acidente no Rali de Lisboa, mas Rui Sousa voltou ao lado de Carlos Silva na Isuzu D-Max e venceram o T2.

Bruno Oliveira e Paulo Marques estrearam a Ford Ranger, mas quedaram-se pelo 17º lugar, Maria Luís teve um navegador de luxo, Ricardo Porém, no Mini All 4 Racing, foram 16º.

Petr Hozák/Marek Sykora (Mini Paceman Proto T1) eram terceiros no final do primeiro dia, mas no segundo tiveram problemas e abandonaram.

Filme da prova

No primeiro dia de prova o duo da frente dos T1 – e da classificação geral – ficou separado por 13.9s , os dois melhores do T3 separados por 13.1s. Havia seis T1 e quatro T3 no top 10. O melhor dos T3 era quarto classificado e existia uma Toyota Hilux T1+ na frente outra Hilux convencional na luta. João Ramos/Pedro Ré (Toyota Hilux) lideravam com 13.9s de avanço para Tiago Reis/Valter Cardoso (Toyota Hilux) tendo ficado claro que iria ser entre ambos a decisão do primeiro triunfo do ano no CPTT.

Foi fantástica a luta entre os dois pilotos nortenhos, com os polacos Petr Hozák/Marek Sykora (Mini Paceman Proto T1) no terceiro lugar da geral, mas já a 2m36.s do duo da frente. Na liderança do T3 estavam Alexandre Pinto/Fausto Mota (Bombardier Can-Am T3), que tinham no seu encalço, a 13.9s, Armindo Araújo/Luís Ramalho BRP-Can Am Maverick X3) da Santag Racing.

Apesar de guiar uma T1+, Lourenço Rosa/Joaquim Dias (Toyota Hilux T1+) tiveram um problema com a direção assistida e ficaram mais para trás, terminando o dia a 3m48s da frente que se tornou em 7m48s devido a uma penalização de 4m00s.

Lino Carapeta/Rui António, com a sua nova Ford Ranger eram sétimos, na frente dos Campeões de 2022 do T3, João Dias/João Miranda que tiveram problemas no seu BRP-Can am Maverick X3. A fechar o top 10, Luís Portela Morais/ Tomás Neves (Overdrive OT3) e Miguel Casaca/João Luz (Volkswagen Amarok) da PRK Sport Rally Team logo seguidos de outro T3, o de Francisco Guedes/Fernando Miguel (Can-Am X3 RS).

Nas restantes categorias a liderança era ocupada por Rui Sousa/ Carlos Silva (Isuzu D-Max) em T2, Rui Farinha/Rui Pita (Can-Am), nos T4, Nuno Tordo/Filipe Salgueiro (Nissan Navara) lideram até ser penalizados, passando Nuno Matos/Ricardo Claro (Opel Mokka Proto) para a frente. Cesário Santos/Alexandre Gomes (Nissan Navara), lideravam nos T9.

Ramos dilatou margem

Na SS2, João Ramos/Pedro Ré (Toyota Hilux) não deram hipóteses a Tiago Reis/Valter Cardoso (Toyota Hilux) e terminaram com um avanço de 1m56.3s. Armindo Araújo/Luís Ramalho (BRP-Can Am Maverick X3) andaram mais forte no segundo dia, e terminaram na frente dos T3. Grande recuperação de Luís Portela Morais/Tomás Neves (Overdrive OT3), que depois do atraso no prólogo e SS1, venceram a SS2 nos T3, recuperaram 50s a Armindo Araújo, mas isso não foi suficiente. Foram quartos da geral, numa boa prova.

João Dias/João Miranda tiveram problemas no seu BRP-Can Am Maverick X3, nos dois dias de prova mas ainda assim fecharam o top 5 da classificação geral, terminando no último lugar do pódio dos T3. Seguiram-se Lino Carapeta/Rui António (Ford Ranger), Miguel Casaca/João Luz (Volkswagen Amarok), Edgar Reis/Tiago Neves (Toyota Hilux), Pedro Carvalho/Romeu Martins (CAN Am SSV Maverick XRC MY21) e Filipe Cameirinha/Jérémy Dubois (BRP-Can am – Herrador Maverick X3), que fecharam o top 10.

A dupla Rui Oliveira/Bernardo Oliveira (BRP-Can am Maverick X3) triunfou entre os concorrentes da T4, enquanto Nuno Tordo/Filipe Salgueiro (Nissan Navara) fizeram o mesmo entre os T8. Cesário Santos e Alexandre Gomes (Nissan Navara) venceram a classe T9.

Lourenço Rosa e Joaquim Dias (Toyota Hilux), depois de na SS1 terem ficado sem direção assistida nos últimos 40 Km do SS1, terminando o dia a 3m48, na sexta posição, uma penalização posterior de quatro minutos atirou-os para a 11ª posição e na SS2 não passaram no primeiro controlo, abandonando com o mesmo problema.

No T2, triunfo para Rui Sousa/Carlos Silva (Isuzu D-Max), batendo Luís Caetano/David Monteiro (Nissan Pathfinder R51) por 2m09.4s, com Francisco Dias/Mário Feio (Nissan Pick Up 2.5) em terceiro a 9m10.2s.

No T4 o triunfo foi para Rui Farinha/Rui Pita (BRP-Can Am Maverick X3) com Rui Oliveira/Bernardo Oliveira (BRP-Can Am Maverick X3) em segundo a 6m27.0s.

Terceiro lugar para José Faria/Vitor Mendes (BRP-Can Am Maverick X3) a 15m27.9s.

Do T8, pode ver o pormenor numa caixa à parte (ler em separado).

O CPTT prossegue em Badajoz com a Baja Dehesa Extremadura, a meio de abril.

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