TAP Rali de Portugal 1997: vitória de Tommi Makinen, grande exibição de Rui Madeira


No ano de estreia dos novos WRC, o Mitsubishi Lancer de Grupo A do piloto finlandês sobrepor-se a todos os outros, enquanto Rui Madeira voltou a dar nas vistas. Foi o ano do Adeus a Alfredo César Torres…

Rui Madeira voltaria a estar em destaque na edição de 97, que con­tou já com as ‘feras’ do Mundial. Com um Impreza do ‘All Star Team’, intrometeu-se nos lugares da frente, venceu quatro troços à geral, e apenas um despiste em Vieira-Cabeceiras o impediu de lutar pelo pódio.

Ao contrário das suas concorrentes, que haviam aderido à regulamentação WRC, a Mitsubishi manteve-se fiel à configuração Grupo A, mas nem por isso os Lancer, espe­cialmente nas mãos de Tommi Mäkinen, per­diam a competitividade que vinham demon­strando em anos anteriores. O abandono de Colin McRae e Carlos Sainz, quando a prova ia ainda no início, reduziu a dois os candidatos à vitória. Kenneth Eriksson era o líder no final do primeiro dia, mas quando o motor do Subaru Impreza se calou em Viseu, já Mäkinen se en­contrava no comando, celebrando posterior­mente, na Figueira da Foz, a primeira vitória de um carro com caixa sequencial no WRC. Rui Madeira realizou uma exibição portento­sa, e com os melhores pilotos ainda em prova, venceu diversos troços, em Fafe e Arganil, e só foi pena o seu acidente na Cabreira. Caso se tivesse mantido no mesmo nível em que es­tava até esse momento, poderia ter sido esse o empurrão necessário para uma carreira ao mais alto nível no WRC.

Assim sendo, entre os portugueses, a posição de melhor piloto nacional coube a Adruzilo Lopes, com o habitual Peugeot 306 Maxi.

No final desse ano, o mundo dos automóveis era abalado pela morte do Pai do Rali de Portugal.

César Torres era então uma das principais fig­uras da FIA e, ao partir, deixou o rali mais vul­nerável e a posição do país enfraquecida junto das altas instâncias internacionais. A edição de 1997 ficou igualmente marcada pelo troço de abertura da prova, na Serra da Boa Viagem. O público era tanto que os pilotos cumpriam o troço de um ponta à outra, balizados por pare­des de espetadores. Há muito que em Portugal não se via nada assim.

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