TAP Rali de Portugal 1969: HECATOMBE fechou com polémica


Tal como na primeira edição da prova, a cidade basca de San Sebastian voltou a concentrar os pilotos oriundos de doze cidades diferentes, com o final do traçado marcado para o Estoril

Desta feita, estavam previstas três etapas e 10 provas de classificação. Curiosamente, a primeira tirada terminava com a clássica prova de perseguição na pista do Estádio José de Alvalade, PEC ganha por Fernando Batista, portanto, o primeiro líder da prova.

Tony Fall, com um Lancia Fulvia HF 1600 da equipa oficial da Lancia estava novamente entre os favoritos e tal como tinha acontecido nano anterior. A Citroën também se fez representar a nível oficial com três DS 21. Mas Tony Fall foi o grande dominador do evento em 1969.

Numa das edições mais duras que há memória no TAP, a chuva diluviana e o nevoeiro que marcaram toda a prova, aniquilaram grande parte da concorrência. A organização teve mesmo que anular alguns controlos horários, para assegurar sobreviventes. Chegaram apenas quatro ao final mas, já no Estoril, Fall foi desclassificado, uma vez que se apresentou no último controlo com dois “penduras” dentro do Fulvia. O terceiro elemento, era a sua namorada! Ainda hoje se defende que esta foi a forma encontrada pela equipa liderada por César Torres para poupar o piloto e a própria Lancia a uma humilhante desclassificação pelo facto de a equipa italiana ter substituído o carro ‘maltratado’ do britânico algures na Serra da Lousã. A vitória sorriu assim a Francisco Romãozinho e “Jocames”, guiando um Citroën DS 21. José Lampreia e Chavan, completaram o pódio. Apesar de polémico, o rigor de César Torres conquistou o respeito do mundo dos ralis e a organização viu o seu esforço premiado com a entrada, no ano seguinte, no Campeonato da Europa de Ralis.

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