Rali de Monte Carlo 1996: O ano da Fórmula 2, tal como em Portugal


O ano de 1996 foi um pouco estranho para os ralis, e essa estranheza começou logo em Monte Carlo, já que pela primeira vez na história do Mundial de Ralis a prova monegasca não contou para a competição principal, mas sim apenas para o Mundial de Fórmula 2, a categoria reservada às duas rodas motrizes, aliás precisamente o mesmo que sucedeu nesse ano com o Rali de Portugal, se bem que para os portugueses essa memória é bem mais interessante, já que ficou marcada por uma grande luta entre Rui Madeira e Freddy Loix, ganha pelo português. Já foi há vinte anos. Portanto, efetivamente o Mundial de Ralis para a ‘classe’ principal, só se iniciou nesse ano com o Rali da Suécia. A exemplo do Rali de Portugal, os Toyota ‘oficiais’ da Castrol, no ‘Monte’ pilotado por Armin Schwarz, não tiveram muita sorte já que antes de Freddy Loix em carro igual levar uma abada de Rui Madeira em Portugal, também Schwarz se viu batido no Monte Carlo por um piloto que nunca tinha realizado, sequer, a prova monegasca, Patrick Bernardini, num Ford Escort Cosworth, que foi navegado pela primeira vez por Bernard Ocelli, antigo navegador de Didier Auriol, que foi absolutamente preponderante neste triunfo. Nunca tendo pilotado na neve, Bernardini estava frustradíssimo porque estava a rodar muito lento, até que Ocelli lhe explicou que na neve e gelo todos pilotavam aquela velocidade. A sério? Bernardini achava que era igual ao asfalto? Sem experiência nenhuma no evento, o francês bateu Schwarz, que pilotou um Toyota que quebrou quatro vezes a transmissão. Mas o grande destaque deste rali foi a vitória do Peugeot 306 Maxi de François Delecour na F2, naquela que era a primeira presença da Peugeot a nível oficial em dez anos de Mundial de Ralis. Até aquele momento, o 2º lugar de Delecour foi a melhor performance de um kit Car no Mundial de Ralis.

FOTO Martin Holmes

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