Rali da Sardenha, ‘endurance’ volta aos ralis: vai ser bom ou nem por isso?

Por a 2 Fevereiro 2023 11:42

O Rali da Sardenha vai incluir este ano um troço de 50 km, algo que não surgia no WRC há já algum tempo. A prova que serve de ‘casa’ ao Rali de Itália desde que trocaram Sanremo e Toscana pela ‘Costa Esmeralda’, como o rali era conhecido nos anos 80.

O rali esteve sempre mais sedeado em Olbia, onde vai estar este ano, mas esteve alguns anos em Alghero, entre 2014 e 2020.

O maior destaque do percurso são os 49,92 km de Monte Lerno que tem o famoso salto.

Em 2014 Monte Lerno teve 59,13 km. É significativo quando o troço mais extenso de 2022 foi Monti di Ala’ e Budduso’ com 24.70 km. O Rali realiza-se de 1 a 4 de junho.

Recuando um pouco no tempo a outros troços extensos, isto para não referir a Power Stage do Rali de Portugal de 2013, Almodôvar, com 52.30 Km.

Seja como for, o troço de El Chocolate no Rali do México de 2017 produziu muitas alterações (a 1ª passagem tinha sido cancelada), porque se realizou numa fase inicial do rali, e os concorrentes estavam muito juntos na classificação geral, mas os 80,00km de Guanajuato em 2016 foram maus demais para ser verdade.

A perspetiva de os pilotos enfrentarem uma especial de 80 km logo a abrir o domingo tinha tudo para ser um enorme sucesso, até porque foi pensada como uma forma de manter ‘vivo’ o interesse no Rali do México até ao último dia da competição, mas a realidade foi bem diferente…

Infelizmente para os adeptos, as expetativas acabaram por ser goradas uma vez que as alterações previstas na classificação acabaram por nunca ver a ‘luz’ do dia. Ao acompanhar os tempos parciais pela internet rapidamente se percebeu que nada tinha mudado.

E que afinal Guanajuato era até “mais fácil”, na opinião dos pilotos, do que as duas passagens por El Chocolate que abriram a manhã e tarde de sexta-feira, o segundo dia de competição, ambas com 54,21 km e bem mais tecnicistas, e por isso, traiçoeiras.

Só para se ter uma noção da dificuldade do troço, Mika Antilla, o co-piloto de Jari-Matti Latvala, tinha apenas menos 17 páginas (61, no total) de notas para enfrentar a especial ‘achocolatada’ em comparação com o bloco que levou para Guanajuato.

O resultado, contudo, não é inédito. Sucedeu o mesmo nos 64 km de Matadero, no Rali da Argentina de 2012 (aquele em que Hirvonen bateu Loeb por 1,2s).

No final, a FIA satisfez-se com o facto de ter sido aplicado o tal fator de ‘endurance’ dos ralis do ‘antigamente’, e de nada ter de negativo, como um acidente grave, à conta do desgaste mental dos pilotos ou das mecânicas, ter tido lugar. Mas valeu a pena?

Os grandes vencedores desta experiência foram os engenheiros dos carros e os fabricantes dos pneus que estes utilizavam.

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christopher-shean
christopher-shean
1 ano atrás

Troços “endurance” em terra é sempre bom!

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