WRC, Rali da Turquia: Terceira consecutiva de Ott Tanak

Por a 16 Setembro 2018 12:30

Ott Tanak venceu o Rali da Turquia, assegurando desta forma o seu terceiro triunfo consecutivo. Finlândia, Alemanha e agora Turquia, e o quarto do ano pois também venceu na Argentina. E conseguiu também sete dias de férias no super iate ‘Babe’, que é um dos prémios para o vencedor.

Num rali muito duro, a fazer lembrar o antigo Rali da Acrópole, nos primeiros cinco lugares terminaram cinco WRC, mas os quatro seguintes são todos R5 do WRC2, o que diz bem da razia que foi esta prova em termos de abandonos ou de equipas que se atrasaram bastante.

Com uma prestação cautelosa no primeiro dia, o estónio foi subindo paulatinamente na classificação, sem exageros, terminando o primeiro dia apenas na quinta posição, a 32.4s da frente. no início do segundo dia, chegou a estar a 54.6 do líder, Ogier na altura, mas quando os pilotos da frente começaram a baquear, foi-se aproximando da frente.

Na PE10 já só tinha Mikkelsen à sua frente, depois de passar Jari-Matti Latvala, o seu companheiro de equipa. O estónio distava nessa altura 36.3s da frente, nas no final da especial seguinte já era líder, devido aos problemas de transmissão de Mikkelsen. Tanak teve mérito, mas também teve sorte.

Desde aí, sabia-se que dificilmente Latvala o atacaria, como confessou no final, a diferença deste para o terceiro classificado, Hayden Paddon, era grande e os pontos importantes para a equipa.

E assim foi, com as posições a manterem-se até final. Quarta vitória do ano para Tanak, melhor resultado do ano para Latvala, melhor resultado do ano também para Hayden Paddon. Este trio provou que, nesta prova o melhor era mesmo esperar pelo evoluir dos acontecimentos, beneficiando disso. Quem mais se expôs, não se livrou de problemas e com oficou provado, era o mais fácil de acontecer…

Teemu Suninen foi quarto, e também ele utilizou a mesma tática dos homens à sua frente. Não fez grandes ondas, limitou-se a rodar com consistência e assegurou um bom quarto lugar, que é o seu segundo melhor resultado do ano, logo a seguir ao terceiro lugar no Rali de Portugal.

Entre os pilotos que tiveram azares neste prova, o mais bem classificado foi Andreas Mikkelsen, que venceu a especial de abertura da prova, regressou à liderança no final da primeira passagem pelos troços, na 6ª feira. Sem pneus adequados na PE7, caiu para terceiro, mas o melhor e o pior estava para vir.

Com os problemas alheios, passou a liderar na PE9, com 36.3s de avanço para Ott Tanak, mas no começo da tarde de sábado, Mikkelsen teve novamente um problema com a transmissão do seu Hyundai i20 Coupe WRC, o que já tinha sucedido no shakedown. Após a ligação, onde tentou remediar o problema, foi penalizado em 3m20s e com isso viu-se de repente em quinto a quase seis minutos do líder. Muito azar para o norueguês este ano. Ainda assim, o resultado não foi mau, mas podia ter sido bem melhor sem a falha na fiabilidade do i20.

Logo a seguir ficaram classificados os quatro melhores do WRC2, com Jan Kopecky à cabeça.

Filme do Rali

Depois da super especial, ganha por Andreas Mikkelsen, Craig Breen foi o primeiro líder, aproveitando bem a sua posição na estrada, mas no final do primeiro loop da primeira manhã de rali, era Andreas Mikkelsen que estava na frente do rali.

Os azares de Elfyn Evans começaram cedo, primeiro foi uma falha no intercomunicadores, depois, no meio de muito pó, falhou uma curva foi em frente para as barreiras e danificou o diferencial do seu Ford Fiesta WRC, caindo para a 14ª posição. Após os primeiros quatro troços, só Thierry Neuville, dos principais protagonistas do campeonato, estava nos cinco primeiros lugares da geral.

Andreas Mikkeslen liderava com 6.3s na frente de Craig Breen. Mads Ostberg era terceiro a 8.2s, na frente do belga da Hyundai, que distava 13.1s da frente. Hayden Paddon fechava o top 5.

Na sexta especial, uma enorme pedra no meio da estrada, danificou a suspensão do C3 WRC de Mads Ostberg. O norueguês consertou-a na ligação seguinte, mas o ‘estrago’ em tempo estava feito.

Depois de sobreviver ao problemas com os intercomunicadores e ter danificado o diferencial do seu Ford Fiesta WRC, Elfyn Evans já não ‘sobreviveu’ a uma enorme pedra no meio da estrada. Fez um pião e danificou a suspensão.

Na luta pelo campeonato, Ogier cedia tempo a Neuville, ao falhar uma curva e seguir em frente para as barreiras, sem bater. Mas perdeu algum tempo. Com isso, no final da PE 7, Neuville liderava com 0.3s face a Sébastien Ogier. Mikkelsen caiu para terceiro, e ficou a 2.6s da frente, com Jari-Matti Latvala em quarto, a 16.3s e Ott Tanak em quinto, a 31.9s.

Hyundai azarada

O segundo dia de rali começou com desastre para os lados da Hyundai, com Thierry Neuville a danificar a suspensão do seu Hyundai i20 Coupe WRC. O amortecedor saiu pelo capot, e a liderança ‘foi-se’. A equipa remediou a situação, mas o belga teve que atirar a toalha, desistindo do resto do dia.

Ogier ficou na frente, mas não por muito tempo, já que na especial seguinte, um braço da direção partiu-se, a dupla parou na ligação para reparações, e chegou seis minutos atrasada ao controlo seguinte, penalizando um minuto, caindo para o quarto lugar, a 46.1s de Mikkelsen, que passou a liderar o rali com 36.3s de avanço para Ott Tanak, que por sua vez tinha Latvala 2.1s mais atrás.

O começo da tarde de sábado foi aziago para Mikkelsen, que (como já refrerimos anteriormente) teve um novo problema com a transmissão do seu Hyundai i20 Coupe WRC. Foi penalizado em 3m20s e caiu para quinto a seis minutos do líder.

Já Ogier cometeu um erro que muito poucas vezes lhe é visto. Ouviu mal um nota e numa curva muito lenta saiu de estrada, com o carro encostado a uma árvore e sem tração para sair dali. Foi o fim do dia para o francês.

Pior sucedeu a Craig Breen, que parou para tentar perceber o que se passava com o seu C3 WRC, que de repente começou a arder sem que a equipa pudesse fazer alguma coisa. O carro ardeu por completo e cá fora a dupla olhava muito desalentada para o que estava a acontecer…

De repente, com os dois principais candidatos ao título a ficarem pelo caminho, quem surgiu na frente foi Ott Tanak, que entretanto se desenvencilhara de Latvala. A Toyota passava a ter dois carros na frente do rali desde a PE11, com Tanak a colocar-se bastante bem para vencer.

No último dia de prova, a única troca de posição no top 10 deu-se devido à penalização de Elfyn Evans, a pedido da M-Sport, para que Ogier chegasse à décima posição e com isso assegurasse pelo menos um ponto.

Na PowerStage, Thierry Neuville mostrou que quer continuar a dar tudo pelo título, e foi o mais rápido na frente de Sébastien Ogier. Ott Tanak preferiu não arriscar demasiado, foi terceiro na frente de Jari-Matti Latvala e Elfyn Evans.

Com estes resultados, Thierry Neuville permanece na liderança do campeonato com 177 pontos, mas Ott Tanak já está na segunda posição com 164. Sébastien Ogier caiu para terceiro, e soma 154. Com três ralis e 90 pontos para ganhar pela frente, está tudo, cada vez mais em aberto e qualquer um dos três pode ser campeão este ano.

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