Memória: Para muitos, o ‘truque’ estava no nome: Sébastien!

Há dez anos, um piloto praticamente desconhecido participou na sua primeira prova do Mundial de Ralis…e ganhou o JWRC, no México! Quem? Alguém cujo o primeiro nome até era (e continua a ser) bastante familiar aos amantes dos ralis… Sébastien! Só que o seu último nome é Ogier e para os mais otimistas desde logo prometeu a médio prazo ser tão badalado como o de Loeb. E desta vez os ‘otimistas’ estavam mais do que certos…

Para o francês, participar numa prova do Mundial já foi um enorme desafio e por isso recordamos aqui e agora esse fim de semana: “Realmente não sabia o que podia esperar quando cheguei ao México. A Citroën PH Sport (quem prepara o seu C2 S1600) e todo o ambiente do WRC eram uma novidade para mim e não fazia a menor ideia em que nível me encontraria face aos outros pilotos. E por isso só poderia ficar muito satisfeito com a primeira vitória na JWRC logo na prova de estreia”. Mas apesar de ser na altura ainda um desconhecido no Mundial, em França, Ogier já tinha impressionado. Pelo menos os responsáveis da federação francesa que já há algum tempo praticavam uma política de apoio a jovens pilotos, tal como aconteceu, de resto, com Sébastien Loeb.

Para o presidente dessa instituição na altura, Nicolas Deschaux, “em 2008 o apoio será ainda maior já que pela primeira vez a FFSA decidiu dar a um jovem a oportunidade de ingressar numa competição internacional de peso, ao volante de um carro muito competitivo”. E se calhar não foi “mal pensado”! Mesmo nada mal pensado!

Aos 24 anos, Ogier ganhou a Copa Peugeot 206 francesa e como prémio recebeu a inscrição no Mundial Júnior com um Citroen C2 S1600. O resto da história já faz parte dos livros. O piloto francês liderou no primeiro rali internacional da primeira à última classificativa e evitou todas as armadilhas de uma prova difícil e dura onde teve como único percalço um furo no primeiro dia de prova. E se a vitória, por si só, já era um feito, Ogier conseguiu involuntariamente outro ao entrar diretamente para o livro dos recordes pois o seu nono lugar na prova mexicana igualou a melhor posição de sempre que um piloto da JWRC conseguiu a nível absoluto, em sete anos de história que esta competição contabilizava na altura. Para muitos, o ‘truque’ está no nome: Sébastien. E se calhar até é verdade ou o próprio Sébastien Loeb não tivesse referido em relação ao seu conterrâneo que “ele foi muito rápido no início e depois geriu o rali a partir da primeira posição. Esta vitória pode ser um bom presságio. Parabéns!”. Mais palavras para quê quando um campeão desde logo reconhecia outro. Entre os dois, o pior veio depois, mas isso não interessada nada agora…

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