Quer que o Adruzilo Lopes regresse com o Peugeot 306 Maxi?


Claro que quer! Quem não gostaria de ver novamente o excelente binómio que coloriu imenso as estradas nacionais nos ralis dos anos 90.

Não deve haver adeptos dos ralis que não gostasse de ver Adruzilo Lopes novamente aos comandos do Peugeot 306 Maxi, e de tantas vezes lhe dizerem isso, o piloto de Regilde decidiu criar no seu Facebook uma sondagem, para ver se havia mesmo ‘vontade’. Resultado: “Em apenas 16 horas a sondagem já teve um alcance superior a 80.000 pessoas, 760 partilhas e 9.300 votos. Acho que nem a petição pública contra as celebrações do 25 de Abril tiveram estes números em tão pouco tempo. Tenho tido para além de excelente feedback em Portugal e muito também de adeptos e páginas em Espanha, excelentes ideias. Considerando o valor necessário (mínimo de 200.000€) para adquirir um carro em excelentes condições, fazer todas as provas do Nacional em asfalto (menor manutenção), incluindo Madeira, garantindo pelo menos 2 anos de imediato, reforço a ideia que é essencial que esta sondagem, este desejo de todos nós, chegue às pessoas/empresas que acreditem neste projeto, não só no retorno exponencial que irão ter, mas também, será uma mais valia para os Ralis em Portugal. Várias pessoas me disseram que finalmente iriam voltar a ver ralis e os mais jovens esperam uma oportunidade de ver este carro que tanto ouviram falar…

por isso, ajudem encaminhando esta mensagem às pessoas/empresas que entendam ter potencial para viabilizar este projeto, mas que acima de tudo tenham noção das mais valias”.

Está lançado o desafio, vamos ver como se desenrola…

Para Adruzilo Lopes, é impossível estar parado, e não é de agora! O piloto de Regilde já ultrapassou imensos desafios, e ouvi-lo falar do Peugeot 306 Maxi diz tudo: “Um carro fabuloso”.

Como se recorda, entre 1996 e 1999, Adruzilo Lopes pilotou um Peugeot 306 Maxi, preparado e assistido pela Peugeot Portugal.

Com ele, venceu um total de 16 ralis à geral e foi o melhor piloto português na edição de 1997 do TAP/Rallye de Portugal. Além disso, conquistou um total de seis títulos de Campeão Nacional de Ralis – dois absolutos (1997 e 1998), três nas 2 Rodas Motrizes (1996, 1997 e 1998) e um de Turismos. Além disso, em 1998 e 1999, cumpriu um curto programa internacional, que incluiu o Rali de Monte Carlo, o Rali da Catalunya-Costa Brava e o Rally de Sanremo.

Para o piloto, que hoje, aos 57 anos, ainda está (bem) ativo, sempre que pode, e o Peugeot 306 Maxi foi um carro que, nas suas palavras, ‘fantástico’ e que ainda recorda com emoção: “O [Peugeot] 306 Maxi era um carro sem dúvida fabuloso no asfalto. Um dos melhores carros do Mundo de ralis, apesar de ter apenas duas rodas motrizes era muto competitivo. Fabuloso, dava um prazer de conduzir enorme.”

“O motor 2.0 atmosférico tinha um barulho que fazia encantar, inesquecível e que era irreconhecível quando, ao longe, se aproximava. Era logo identificado com sendo o 306 Maxi que lá vinha”

“O seu único ponto fraco, se assim se ode chamar, era em [pisos de] terra, onde não era tão competitivo, pois tinha apenas duas rodas motrizes. Mas fizemos um trabalho excelente e, mesmo em terra, nos troços mais rápidos, dava muito que fazer aos [carros] 4WD. Consegui lutar com eles muitas vezes, taco a taco.”

“O carro foi desenvolvido por nós [Peugeot Portugal], sempre com a colaboração da casa-mãe [Peugeot Sport]. O carro de 1996 deveria ter uns 270 cv, mas a última versão [1999] já teria uns 300 cv. O nosso 306 Maxi era menos evoluído que o [carro] francês, em especial em termos de eletrónica, pois não tínhamos orçamento que nos permitisse ter sempre a eletrónica mais recente. Mesmo assim, o [Carlos] Barros [diretor da equipa Peugeot ESSO Competição] fez um excelente trabalho, em especial no carro para terra.”

“O [Peugeot] 306 Maxi era de fato fabuloso, mas não me deixou saudades, apesar de ter sido com ele que conquistei a minha primeira vitória absoluta e ainda cinco ou seis títulos nacionais. Muito simplesmente, porque não foi o último carro da minha carreira e, ainda por cima, passei dele para um carro ainda melhor: o [Peugeot] 206 WRC.”

Basicamente, o carro é tão bom, que até o Sébastien Loeb gosta…

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