Lembra-se de, Manuel Lopes Gião: O primeiro Campeão Nacional


Numa altura em que as competições nacionais estão paradas, é altura para recordar o primeiro, de seu nome Manuel Lopes Gião. O Campeonato foi criado em 1966 e, nesse ano, dividiu-se em dois, Absoluto e de Turismo – Gião conquistou ambos os títulos.

Natural da Guarda, cidade onde nasceu a 16 de Novembro de 1933, Manuel Gião estreou-se em 1958, ao volante de um MGA. Nesse ano, venceu a sua primeira prova, o Rali do ACP. No ano seguinte, com um Volvo, ganhou o Troféu Shell e a Rampa de Santarém. Mas foi a partir de 1960 que começou a celebrizar-se, quando se sentou aos comandos, primeiro de um BMC 850, depois de um Austin 850 e, a partir de 1962, do Austin Cooper S. Foi este pequeno carro que lhe deu as maiores alegrias, transformando-o num dos ícones do automobilismo português, ao longo de cerca de uma década. Quando foi criado o Campeonato Nacional de Ralis, em 1966, Gião tinha já um título no seu palmarés, o de Campeão Nacional de Condutores, em Turismo, conquistado em 1963. E, também, diversas taças relativas ao primeiro lugar em provas tão emblemáticas, como a Taça de Ouro do 100 à Hora (1961), os Mil Quilómetros do Benfica (1960), a Volta ao Minho (1960), o Rali das Camélias (1962), o Circuito de Cascais (1963 e 64), o GP de Madrid (1964), a Rampa da Pena (1964) ou o Circuito de Vila do Conde (1964).

Pontuando para o Nacional de Ralis, venceu sete provas, todas elas em 1966 – Camélias, Académico, Mil Quilómetros do Benfica, Rali da Montanha, Volta ao Minho, Rali Noturno e Rali de inverno. Abandonou a competição em 1971, não sem uma derradeira coroa de glória – a vitória na prova inaugural do Troféu Datsun, que teve lugar no Circuito de Montes Claros, em 1971. Manuel Lopes Gião faleceu, vitimado por doença, em 26 de junho de 1987, em Lisboa. Contava 53 anos, demasiado novo, mas com uma certeza: o seu percurso seria continuado pelo filho, também Manuel, que ainda hoje corre ao mais alto nível.

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