Como o Rali Alto Tâmega 1991 ‘explicou’ o que eram os Grupos B


Em Portugal, o único “monstro” que chegou a correr no campeonato foi o Ford RS 200 do Team Diabolique, guiado por Joaquim Santos. Apesar do carro não lhe ter deixado as melhores recordações, em virtude do seu dramático acidente no Rali de Portugal desse ano, Joaquim Santos não recusa traçar o perfil do carro da sua antiga equipa, que, apesar de tudo, era bastante menos evoluído que a versão guiada pelos pilotos oficiais da marca: «o nosso RS 200 era praticamente de série, nomeadamente ao nível da caixa de velocidades e caixa de direcção. Mas, mesmo assim, já devia chegar aos 500 cavalos, dependendo da pressão de turbo. Era um carro fantástico, mas muitíssimo violento e difícil de guiar. A sua aceleração era tão grande que não se conseguia fazer trajetórias limpas. Só dava tempo para acelerar e travar porque o carro, infelizmente, não curvava», recorda. E para provar a sua “bestialidade”, basta referir que, depois de deixar o RS 200, Joaquim Santos guiou um bem menos potente Toyota Celica GT-4 de Grupo A e, no Rali Alto Tâmega de 1991, bateu praticamente todos os recordes conseguidos ao volante do saudoso Grupo B!