Dakar, Carlos Sousa: Quando fiz o primeiro Dakar jurei que não iria a mais nenhum

Por a 4 Janeiro 2018 18:06

Está prestes a arrancar a 40ª Edição do Dakar, que este ano conta novamente com a presença de Carlos Sousa, que regressa às lides. antes de rumar ao Perú, o piloto português passou pelos estúdios do Eurosport para fazer a antevisão do Dakar, e para uma conversa descontraída antes de participar pela 17.ª vez na mítica prova de todo terreno. Recordamos que o Eurosport vai contar com resumos diários do Dakar, no Eurosport 1, de 6 a 20 de janeiro.

Esta é a tua 17.ª participação no Dakar. Quando surgiu o convite, quem te disse: Não vás!

CS – Quando recebi o convite, no meio mais próximo, família e amigos e as pessoas que estavam mais próximas, procurei alguém que dissesse “Não vás!”. Começou pelos meus filhos. Vou. Falava com as pessoas mais próximas e todos: vai, vai. Toda a gente me mandava para a frente. E foi talvez o que faltou. Alguém a dizer: Não te metas nisso, não vás. Está quieto. Foi exatamente o que faltou. Alguém que dissesse: Não vás!

A tua estreia foi em 1996 e muito mudou desde então, mas o que se mantém para ti como piloto apaixonado?

CS – O que se mantém para mim? As paisagens continuam a ser igualmente lindas. A América do Sul ganhou nalgumas partes relativamente a África. A África tem outros encantos. Eu penso que o que muda bastante é a dureza da prova. A prova continua a ser dura noutros moldes, pela quilometragem, pelo número de dias, por se descansar pouco… mas aquela dureza de África de não haver o conforto de “bivouacs”. E apanhávamos especiais da partida à chegada, enquanto agora há ligações grandes, mas não deixa de ser uma ligação. Em África começávamos do km 0 até ao km 600 a “partir pedra”. Essa dureza perdeu-se, mas ganhámos outra coisa que África não tem: o público. O público preenche talvez aquilo que não havia em África.

Qual a etapa que mais te marcou e fez pensar: quero fazê-la outra vez.

CS – Lembro-me de uma que gostaria de fazer outra vez… e não gostaria de fazer. Isto por dois motivos: foi uma das especiais da “Passagem dos Elefantes”, em que fazíamos umas dunas de areia. Pensávamos que estávamos a andar em areia, mas de vez em quando, dávamos uma pancada enorme em rochas que estavam escondidas na areia. Essa etapa gostava de voltar a fazer pela beleza, por ser uma etapa mítica, uma das mais longas do Dakar, das mais históricas. Foi também uma etapa que me lembro ter passado nessa zona pela meia-noite/duas da manhã. Uma etapa que me correu muito bem uma vez e na outra passei “as passas do Algarve”. Cheguei ao fim às seis, sete da manhã, com montes de problemas nessa especial. Adorava voltar a fazê-la.

Como se prepara um rali a cinco semanas do seu arranque?

CS – Mal! Temos um “handicap” enorme comparativamente com as equipas que vão lá para ganhar e disputar os primeiros lugares. Um Dakar quase que se prepara de um ano para o outro. Temos uma pausa de três, quatro, mesmo que seja seis meses, depois começa-se a trabalhar arduamente para o Dakar seguinte. Em novas soluções e na rodagem do piloto, que precisa de quilómetros para ter confiança, para poder travar mais tarde e ter outra abordagem e outra ligação com o carro. O positivo é que não perdi o gosto pela parte física. Sempre treinei, sou um apaixonado por BTT, faço o máximo que posso de ginásio e preparação física. Aí não estou muito mal. Portanto, a cinco semanas, nada vai ser perfeito, mas tudo depende do tempo que demorar a entrosar-me com a equipa e a aprender as novas tecnologias.

Vamos ter um Dakar com 50 por cento de areia. Agrada-te ou preferias um Dakar com pisos mais duros?

CS – Um piloto com muita experiencia em areia tanto pode fazer uma etapa em que tudo corre bem, como pode ter aqueles dois minutos “tramados” e numa duna não ter ângulo de saída. É sempre o pior momento, quando vamos a deslizar, olhamos para a frente e dizemos: “já está”. Não há nada a fazer, porque não tem ângulo de ataque na saída, e estamos numa inclinação tramada. Já sabemos que esse é o pior momento. Por vezes as dunas é uma questão de sorte. Claro que também de técnica e de leitura do terreno, mas por vezes de sorte. Estamos no topo da duna, temos 50 metros, e umas vezes conseguimos passar outras não. Tenho um navegador muito experiente e tenho muita experiencia na areia. Acho que está bem assim, porque se fosse mais uma prova de pisos rápidos, com a falta de ritmo e de velocidade, ia ter deceções dia após dia. Conto com a experiência do copiloto e espero redescobrir muito rapidamente a técnica, a memória, de como se fazem as dunas. Prefiro um Dakar assim.

Como é que um piloto e navegador gerem o esforço nas zonas de maior altitude?

Quando vamos em competição, não sei se é da adrenalina, ou não, mas não sentimos esse impacto da altitude dentro do carro. Quando vamos em ligação notamos mais do que quando estamos a competir. O carro sofre muito. Eu diria que 50 por cento da potência desaparece e como não há qualquer problema, já sabemos que é da altitude. Tens as grandes equipas que treinaram muito e têm alguns trunfos para a altitude. Depois tens equipas, como a nossa, que encaram a prova no momento, gerindo o que se vai passar. Equipas como a nossa não têm uma preparação especifica.

Ficaste em 4.º em 2003. Tens pena de nunca ter conseguido um pódio na classificação geral?

CS – Faltou pouco. Penso que o momento em que estive mais próximo foi quando entrei na Volkswagen. A minha carreira foi feita de altos e baixos. Estive em equipas de primeira e de segunda, com mais ou menos equipamento. Carlos Sainz ou Stéphane Peterhansel são pilotos que desde que começaram as suas carreiras estiveram sempre nas equipas número 1. E não ganharam sempre. Estiveram nas equipas número 1, foram treinando, foram-lhes proporcionados muitos quilómetros e o melhor que havia em termos de tecnologia. A mim só me foi permitido fazer isso uma vez e logo a seguir o Dakar foi anulado. Embora estivesse em estruturas muito boas, a única vez que tive material de topo foi nessa altura. Aí podia ter ganho o Dakar ou conseguido um pódio.

 Como se gere a relação com o navegador no carro durante tantas horas ao longo de 15 dias?

CS – Já não sei quantos navegadores diferentes tive no Dakar, mas em 16 devo ter tido 13 ou 14. Não estarei muito longe disso. Penso que se a pessoa tiver uma atitude profissional, não é problema. Falo muito pouco. O piloto não tem de falar. O piloto tem de conduzir e o navegador tem de dizer se é para a direita ou para a esquerda, se estás a fazer mal ou se estás a fazer bem. Nós vemos muitas imagens dentro dos carros em que eles estão a discutir, mas curiosamente isso passa-se muito pouco com os pilotos da frente. Lembro-me de um episódio, com um ex-copiloto do Jean-Louis Schlesser. Andámos perdidos para a direita e para a esquerda. Parei o carro e com muita calma disse-lhe, em francês: “Toma o teu tempo. Não tenhas problemas nenhuns. Ficamos aqui o tempo que seja necessário para termos a certeza, em vez de andarmos às voltas”. Falei num tom calmo. Parei o carro e fiquei à espera. No final da prova, ele disse-me: “Estava tão nervoso porque é a primeira vez que um piloto me fala pausada e calmamente para tomar o meu tempo. Normalmente é sempre aos gritos”. Disse-me que ficou ainda mais nervoso por lhe falar calmamente em vez de estar a pressioná-lo.

Achas que é possível terminar no Top-10?

CS – Quero pensar que é possível os 10 primeiros. Se fosse fácil teríamos que apontar para os sete ou cinco primeiros. Este ano vou com um carro a gasolina, nos últimos sete anos fui com carros a diesel. Este ano, o regulamento permite um maior curso de suspensão, ao contrário do curso de suspensão que nós usávamos no passado. Há muitas coisas novas. Há pilotos novos que não conheço, dos quais não tenho referências. Mas acredito que, olhando para os resultados que o Emiliano [Spataro] tem feito com o Duster, podemos ambicionar um lugar nos 10 primeiros.

10 – Com que idade tiraste a carta de condução?

CS – Logo aos 18. No primeiro mês que podia, embora tenha começado a conduzir muito cedo.

11 – Qual foi o teu primeiro carro?

CS – Um UMM, depois de ter a carta. E o primeiro carro que eu conduzi, o da minha mãe, era um Renault 12 TL.

12 – Quando é que percebeste que tinhas jeito para conduzir?

CS – Desde miúdo. Aos 13 anos, lembro-me que a minha mãe via, na altura, a telenovela Dona Xepa. Eu saía e ela perdia o controlo das chaves do carro. Quando a novela começava, via onde estavam as chaves do carro, ia dar as minhas voltinhas e tentava que o carro ficasse estacionado – a minha mãe não tinha muito boa memória – mais ou menos no mesmo sítio. Essa hora era nossa e era uma hora fantástica. Hoje em dia é condenável. É perigoso, tal como era na altura. Mas que posso dizer. Se me perguntarem se ando a 120 km/h, eu digo claro que não. Se me perguntarem se só se devia começar a conduzir aos 18 anos, eu digo talvez sim. Éramos outra geração. Éramos a geração da rua. Uma geração em que os carros começam a ser algo de muito valioso para a juventude. Uma coisa muito importante. Nós sonhávamos com o carro que passava na rua. Sonhávamos com o carro do vizinho. Era uma tentação muito grande conduzir o carro sem ter carta de condução.

Quem é que te despertou o interesse pelos ralis?

CS – Toda a gente pergunta se tive alguém de família que me influenciou. Zero! Não tive ninguém na família que corresse. Mas lembro-me que ia na minha XF 17, uma Zundapp, ia ver os troços de rali de Arganil, Sintra e Montijo. A passagem dos carros era algo com que vibrava bastante.

Se voltasses a estudar que curso gostarias de frequentar?

CS – Gosto muito de “design”, gosto de arquitetura, gosto de ver peças feitas. Tenho um problema. Gosto, mas nunca tive jeito com a caneta e a fazer desenhos.

Teres servido nos Comandos moldou o teu carácter? Foi útil para a tua carreira de piloto?

CS – Os Comandos, tal como o Dakar, mudaram a minha vida totalmente. Os Comandos têm a disciplina e a parte psicologia de aguentar ou não aguentar e saber onde é que quebras. Somos testados, postos em condições de muita adversidade, e a capacidade de aguentar psicologicamente faz a diferença. E aí mostrou-me como aguentar muita coisa.

Se não fosses piloto, o que gostarias de ser?

CS – Seria… é uma boa pergunta: não faço ideia!

Que carro conduzes diariamente?

CS – Tenho um BMW Serie 6.

Qual é o teu carro de sonho?

CS – Tenho tantos. Gosto do novo Porsche Panamera e do Ferrari. Curiosamente, não gosto de carros de dois lugares. Já tive um carro de dois lugares e acho que é uma escolha muito egoísta. Porque não podemos partilhar com as pessoas que mais gostamos. Gosto de um carro rápido, que ande muito, mas onde se possa falar, onde se possa ouvir boa música e ter uma boa conversa. Os carros de dois lugares, como tenho toda a adrenalina da competição, não preenchem a minha preferência.

Quando estás no trânsito não pensas em entrar em “modo Dakar” e subir passeios e rotundas para chegar mais rápido?

CS – Se fizesse isso aparecia nas notícias e tinha mais problemas. Isto de ser um pouco mais conhecido tem boas coisas e coisas más. Por exemplo, sou uma pessoa que tem (acho) um comportamento muito cívico ao volante.

Como é a tua condução no dia a dia?

CS – Acho que sou uma pessoa que se pode dizer exemplar. Raramente apito, não pressiono ninguém, não discuto com quase ninguém e compreendo as manobras das outras pessoas. Diria que na cidade sou uma pessoa muito calma. Na autoestrada já não tenho tanta paciência.

Como é que te caracterizas como piloto?

CS – Diria que sou um piloto simpático.

Como gostarias de ser recordado?

CS – Dediquei a minha vida, os meus fins de semanas às corridas. Enquanto os meus amigos iam às discotecas, para aquilo que a juventude faz, eu risquei isso por causa da minha paixão por 4×4, pelo todo terreno. Repare, o primeiro clube de todo terreno em Portugal, surgiu teria eu os meus 18/19 anos. E aí estava eu. Penso que gostava de ser recordado ou conhecido como uma marca no todo terreno.

O que significa para ti o Dakar?

CS – O Dakar no início significava aventura, tal como para todos os pilotos que vão pela primeira vez ou as equipas mais amadoras. É uma aventura. Para mim não será uma aventura hoje, mas já o foi. Agora é um desafio.

Qual o momento que mais te marcou no Dakar?

CS – O 4.º lugar foi o melhor resultado. Mas já tive Dakar onde fiquei em 5.º, 6.º, 7.º em que me senti igualmente realizado, porque não podia fazer melhor. Mas o que mais me marcou foi ter ganho a especial em Tróia.

Conta lá como foi…

CS – Nunca vou esquecer, jamais, a especial da Comporta pois correu-me maravilhosamente bem. Quando estava prestes a partir pensei, tenho que ganhar isto. E tudo me correu bem. Eu tinha, na altura a certeza, que para andar rápido, o mais importante era a pressão dos pneus e eu sabia que ia com a melhor pressão de pneus. Levámos o mínimo de gasóleo e até nos faltou o combustível na ligação. Fizemos 25 Km na ligação e ficámos sem combustível. Apostei tudo naquela especial, para já por ser em Portugal, aquele público fantástico, cada curva que fazia sentia mais energia para a curva seguinte e com aquele pessoal a vibrar claro que é muito mais fácil, sentia-me privilegiado dentro do carro, e eu acho que aquelas pessoas todas no percurso fizeram uns segundos de diferença. Só vi tanta gente assim junta quando tinha os meus 15/16 anos e ia de moto para Sintra ver o Rali de Portugal. O Sainz não gostou nada de perder e disse a brincar, deves conhecer isto. Não conhecia, de todo, não reconheci o percurso, mas passado três, quatro dias, voltámos a vencer em Marrocos e perguntei-lhe. Então, esta também reconheci?”

Que figuras recordas das diferentes edições do Dakar?

CS – Johnny Hallyday, pela forma como juntava as pessoas. O Luc Alphand também. É que cada pessoa tem uma característica em determinada área. O Luc Alphand pelo esqui, o Johnny Hallyday como cantor. O Markku Alén também, uma figura incontestada dos ralis. Acho que toda a gente sonhava ser um Markku Alén da vida.

Já alguma vez temeste pela vida em competição?

CS – Não, porque nós quando pomos o capacete pensamos que somos o piloto mais seguro do mundo. Só os outros é que erram; nós não erramos.

Quanto custou o Dakar que pagaste do teu bolso para poder participar?

CS – Uma fortuna!

 Dakar em África ou na América do Sul?

CS – Não queria alimentar discussões do qual gosto mais. Os dois são impactantes o suficiente para dizer que têm alguns prós e alguns contras. Por na balança e escolher seria muito difícil.

Navegador ou GPS?

CS – Os dois! Porque, coitados, eles mesmo com o GPS perdem-se, imagina lá sem o GPS.

Depois de tantos anos a competir no deserto, porquê um negócio de venda e aluguer de barcos?

CS – Quando abraço a parte náutica foi depois do meu acidente no ano 2000. Após aquele acidente estive em risco de não voltar à competição e não tinha “plano B”. E o meu “plano B” em 2001 foi encontrar uma área de negócio onde me sentisse bem. Eu sou um apaixonado por mar, tenho barco desde 1992. As pessoas perguntam: deserto e mar? Respondo que são as duas coisas que mais se aproximam. O mar e o deserto são tão iguais que as pessoas nem imaginam.

Qual é o teu piloto favorito?

CS – Não tenho um piloto favorito, que possa dizer que gosto mais de um do que de outro. Tenho uma amizade e uma admiração por Carlos Sainz e acho que o Stéphane Peterhansel, definitivamente, é o melhor piloto de todo terreno.

Viveste algum episódio caricato em que pensaste: só mesmo no Dakar!

CS – Lembro-me de uma especial, nos tempos da Mitsubishi L200, a primeira pick-up Strada que fizemos. Decidimos fazer uma L200, quatro portas, preparada para o Dakar. Pesava 2500 quilogramas. Era muito pesada. E no primeiro Dakar tivemos muitos problemas com a suspensão traseira, nomeadamente com as rótulas que se partiam. Fizemos 200 quilómetros e partiu-se uma rótula da suspensão. Nunca fui mecânico e quando chega a parte mecânica horrorizo-me. Mas no deserto, estamos lá no meio do nada e temos mesmo que ir até ao fim. Um mecânico faz aquilo em 20 minutos e nós estivemos uma hora e meia, duas horas para reparar. Fizemos mais 30 quilómetros e partiu-se a rótula do outro lado. Começamos a reparar do outro lado. Mais uma hora e tal. E partiu uma terceira vez. Comecei a ver que já não tínhamos material suplente. Estávamos no meio do deserto, exatamente na “Passagem dos Elefantes”. Começa a cair a noite e aparece um nómada. Tento falar em francês com ele. Eles falam muito pouco francês. Mas com um sorriso e com gestos, consigo criar alguma simpatia e amizade com esse senhor que podia ser o que nos tiraria dali. Fizemos uma coisa: quando acabámos de reparar o carro perguntámos para onde ia. Ele fez o sinal para onde ia. Como não tínhamos lugar no habitáculo, montámo-lo na caixa de carga. Começo a andar um pouco depressa e só via o sorriso do senhor atrás…(risos)! Só mesmo no Dakar!

 Participaste em 16 edições do Dakar. Alguma vez pensaste em desistir?

CS – Quando fiz o primeiro Dakar jurei que não iria a mais nenhum. Nunca tinha ido a África. Nunca tinha ido a Marrocos. Marrocos tem imensos hotéis e não sei se era por castigo ou não, nesse Dakar dormi do primeiro dia ao último uma tenda de campismo pequena. Quando cheguei ao fim disse: nunca mais me apanham numa prova destas!

O que te falta fazer na carreira? Pensas noutras competições?

CS – Gostaria de fazer uma travessia atlântica num trimarã. Gostaria de fazer uma Volvo Ocean Race. Qualquer uma dessas provas que ande rápido, não daquelas 10 e 12 nós [de velocidade]. Uma dessas provas no oceano onde se ande rápido.

 Que conselho darias a um jovem que está a começar a carreira de piloto?

CS – Com o meu filho tentei afastá-lo o máximo possível das corridas. Porque sei o que sente um jovem que tenha valor e jeito no mundo dos automóveis. Quantos jovens deixaram de estudar, investiram tanto na carreira de piloto e não conseguiram dar o passo em frente? Isso é uma frustração muito grande para os jovens. Diria que não invista todo o seu futuro em algo como o automóvel que nos próximos 20 anos, ou nos próximos anos, vai mudar muito.

O que diria o Carlos Sousa de hoje ao jovem Carlos Sousa?

CS – Lembro-me, na minha juventude, todos me dizerem: “Carlos, cuidado que isto não vai durar para sempre”. Todos os anos diziam para ter atenção que se calhar no próximo não vai haver nada. Vivi talvez mais de 10, 12 anos sempre a ouvir dizer: “cuidado, no próximo ano não vai haver nada”. Se soubesse o que sei hoje, ainda tinha feito mais força e tinha sido mais convicto naquilo que eu queria ser.

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