GIOVANNA AMATI: Bella donna

Por a 6 Agosto 2023 11:30

Filha de um rico industrial, Giovanna Amati encarna na perfeição a imagem de menina rebelde. Na sua adolescência, chegou mesmo a ser raptada e solta em troca de resgate. Aos 15 anos, comprou uma motoreta com as suas economias e conseguiu escondê-la dos seus pais durante dois anos. Era já o ‘bichinho’ dos motores a morder, e aos 19 anos, começou a correr de forma profissional. Passou os quatro anos seguintes na Fórmula Abarth, vencendo aí diversas corridas – trajecto vencedor que continuou em 1985 e 1986, então na Fórmula 3 italiana.

Irreverente e talentosa, apenas a primeira faceta continuou intacta: em 1987 ascendeu à F3000, onde o seu melhor resultado, em seis temporadas passadas tanto na Europa como no Japão, foi um 7º lugar em 1992. E foi neste ano que Giovanna Amati entrou para a história: trazendo consigo um apetecível apoio monetário, conseguiu chamar as atenções da Brabham, que lhe entregou um carro – de 1991, pois os seus medíocres resultados na F3000 não pareciam ser merecedores de mais… – para tentar a qualificação no Mundial de F1. Ela bem o tentou mas, das três vezes que o fez, falhou sempre. Amenizando essa sua frustração, diga-se que o seu sucessor ao volante do Brabham não fez melhor – apesar de dar pelo ilustre nome de Damon Hill.

Mas, também, não se podia pedir mais à simpática Giovanna, pois a sua anterior e única experiência com um F1 tinha sido um breve teste com um Benetton, graças às suas relações “privilegiadas” com um tal de Flavio Briatore. Depois de ter sido apeada após o GP do Brasil, encetou uma carreira nos carros de Sport, sem grandes façanhas – o melhor que conseguiu foi um 3º lugar na Classe SR2 do SportsRacing World Cup, em 1999. Depois da sua curta experiência enquanto piloto na F1 (GP da África do Sul, México e Brasil), Giovanna Amati continuava a passear-se nos ‘paddocks’, nos anos seguintes, retirando o melhor partido da sua amizade muito especial com alguns intervenientes na cena automóvel mundial, o mais conhecido deles dando pelo nome de Niki Lauda.

Posteriormente, Amati passou também pelo jornalismo, escrevendo crónicas para algumas revistas de desporto automóvel, bem como fazendo serviço de comentadora em algumas estações de televisão.

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driver-on-track
driver-on-track
3 anos atrás

Para mulher nada mal…. acima da média… em simpatia arrasava….

can-am
can-am
3 anos atrás

Bem lenta.Por ser mulher foi beneficiada face a outros pilotos do sexo masculino com muito melhor qualidade.Se há desporto onde as mulheres nunca foram discriminadas, bem pelo contrario, é o automobilismo.

Petter27
Petter27
3 anos atrás

“Ela bem o tentou mas, das três vezes que o fez, falhou sempre. Amenizando essa sua frustração, diga-se que o seu sucessor ao volante do Brabham não fez melhor – apesar de dar pelo ilustre nome de Damon Hill.” Mais um exemplo de rigor do AS. O Hill fez muito melhor, qualificou-se 2 vezes, tantas quanto o fez o mais experiente companheiro de equipa, que começou rapidamente a bater (a Amati levava sempre vários segundos na qualificação). Na época de estreia na F1, e com um carro onde simplesmente não cabia.

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