Motor de combustão não está condenado: “hidrogénio, célula de combustível…”

Por a 12 Abril 2021 17:38

Se formos ouvir ou ler muito do que se tem escrito quanto ao futuro da indústria e por inerência do desporto automóvel, muitos acham que o motor de combustão está condenado, mas a verdade é que não é assim. E há muitos exemplos disso.

Uma coisa é certa: tem de se caminhar para a neutralidade carbónica, a F1 vai fazê-lo até 2030, mas a forma como se vai chegar lá é que pode variar.

Pat Symonds, numa recente conferência da Associação da Indústria do Desporto Automóvel (MIA) sobre desporto automóvel, citado pela Agência Reuters foi claro: “Embora muitas pessoas possam pensar que o motor de combustão interna está morto, eu diria que está longe de estar morto. Os combustíveis sustentáveis são o nosso grande impulso na F1 e é algo que penso que também teremos de fazer ‘descer’ para outras fórmulas”, disse.

A Fórmula 1 vai sofrer uma grande transformação: o mesmo motor, mas combustíveis sintéticos, o melhor que a tecnologia conseguir até 2025.

Isso já está pensado para o próximo ano com os regulamentos a preverem uma espécie de ‘arranque’ dessa medida com 5.75% biofuel e 10% de etanol.

A ideia passa por ter um protótipo de motor até junho do próximo ano, tendo os construtores cerca de dois anos para desenvolver os novos motores de modo a serem utilizados em 2025.

Não é nada provável que a Fórmula 1 se possa tornar elétrica, a Fórmula E tem exclusividade até 2039, e há correntes de opinião que se distanciam da tecnologia das baterias, alegando que não é a solução para todas as formas de desporto automóvel, mesmo a longo prazo.

Neste contexto, os motores de combustão, possivelmente a dois tempos, utilizando combustíveis não-fósseis, podem ser o caminho, até porque os motores de combustão existentes em circulação não desaparecem da noite para o dia: “Temos muita história e tradição baseada na combustão interna e essa não vai desaparecer da noite para o dia. Nem queremos que desapareça”, disse Iain Wight, diretor de desenvolvimento comercial da Williams Advanced Engineering.

Já o antigo chefe de motores da Audi Sport, Ulrich Baretzky, vê os motores de combustão de hidrogénio como um caminho para a Fórmula 1, bem como para Le Mans: “Em 2025 veremos (ainda) motores de combustão (em Le Mans), porque a densidade energética (do combustível) é imbatível neste momento com qualquer tecnologia que conhecemos hoje. Cinco anos depois, espero que vejamos uma mistura entre hidrogénio, combustão e célula de combustível”.

O CEO da Williams F1, Jost Capito, diz que será necessário um enorme esforço para melhorar o custo e o desempenho dos biocombustíveis, e desenvolver uma produção de hidrogénio mais eficiente, mas o desporto automóvel está à altura do desafio: “Existem tecnologias que vão em várias direções, mas todas visam o mesmo objetivo, ser neutras em termos de CO2. Para mim, este é um momento realmente emocionante”, disse Capito.

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3 Comentários
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sr-dr-hhister
sr-dr-hhister
3 anos atrás

Para mim hidrogénio é a solução para tudo, inclusive alopecia.

Não me chateies
Não me chateies
3 anos atrás

E combustão interna de Hidrogénio é tecnologicamente relevante? Para além de aumentar o risco, parece que as marcas (Toyota) estão interessados é na célula de combustível. Apostem na captura de CO2 e conversão em octano sintético por hidrogenação.

https://www.youtube.com/watch?v=XxjNhLZCae0

Não me chateies
Não me chateies
Reply to  Não me chateies
3 anos atrás

…interessadas…

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