LEMBRA-SE DE: Michele Alboreto, O ídolo que sucedeu a Gilles


Michele Alboreto era um gentleman. Não dos que, no pós-Guerra, usavam as fortunas familiares para comprarem carros e depois fazerem as corridas da Costa Azul mediterrânica e italiana – porque era “chic”. Alboreto era um gentleman daqueles que são educados por carácter, socialmente saudáveis por convicção. Oriundo de uma família apaixonada por automóveis, depressa passou a cultivar a mesma paixão.

Tinha 12 anos, passou pela primeira vez os portões de Monza. Mas, além do automobilismo, Michele tinha outro amor: o futebol, que abandonou em favor de uma carreira de piloto. Introvertido e algo reservado, Alboreto iniciou-se em 1977, numa altura em que era estudante de design. E foi na construção de um protótipo, derivado de um monolugar de Fórmula Monza, que equipou com um motor Fiat 500 de dois cilindros, que Michele decidiu colocar em práticas as teorias universitárias. Colocou nisso a mesma paixão de sempre – estava lançada a primeira pedra de uma carreira que não mais parou, antes de um acidente fortuito, num teste do Audi R8 que devia pilotar nas 24 Horas de Le Mans desse ano, ter travado a sua vida.

Até lá, percorreu os degraus todos da escada – até chegar à F1, depois de um primeiro teste com um Tyrrell, em 1981, substituindo Ricardo Zunino no GP de San Marino desse ano. A sua personalidade e a sua forma apaixonada e correta de estar na vida seduziram Enzo Ferrari, que viu nele o piloto e o homem ideal para substituir o malogrado Gilles Villeneuve. Entre 1984 e 1988 conduziu para a mítica escuderia, onde lutou pelo título de Pilotos em 1985, com Alain Prost. Venceu 5 das 215 corridas de F1 em que participou, até 1994.

 

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