LEMBRA-SE DE LUÍS PÉREZ-SALA: O talento esquecido

Simpático e talentoso. É assim que se pode definir Luís Pérez-Sala Valls-Taberner, nascido na capital catalã há 58 anos. Sempre disponível, ainda hoje é um carácter popular, sorridente, conforme pude constatar sempre que o encontrei – quer no seu papel de comentador desportivo, quer enquanto piloto.

A sua derradeira empreitada foi em 2007, quando participou no campeonato de Espanha de GT, com um Ferrari 430 GT2 da equipa Automobil Club D‘Andorra.

Apesar do seu inegável talento, a sua carreira foi algo irregular. Em 1984, a equipa Campos levou-o para o europeu de F3 e, apesar dos seus resultados medianos, manteve- se na categoria no ano seguinte, classificando-se em quinto lugar no final. Porém, foi na F3000 que o seu verdadeiro talento explodiu. Com Luciano Pavesi como team manager, venceu duas corridas na sua temporada de estreia, terminando em quinto para, no ano seguinte, na equipa oficial da Lola, com mais duas vitórias (Donington e Le Mans), se sagrar vice-Campeão, atrás de Stefano Modena.

Estes resultados catapultaram-no para a F1, onde fez dupla totalmente espanhola na Minardi com o seu antigo rival Adrián Campos. Consistentemente mais rápido, Pérez-Sala disputou 32 Grandes Prémios, conseguindo um ponto graças ao sexto lugar no GP da Grã-Bretanha. Porém, a saída de Campos e a chegada de Pierluigi Martini à equipa alterou a “relação de forças” com a equipa italiana e, no final de 1989, foi despedido.

Durante alguns anos, esteve afastado das pistas, regressando em 1994, com um Nissan Primera GT oficial, no campeonato FIA de Carros de Turismo.

Em julho de 2011, foi recrutado como consultor da nova equipa  Hispania F1 team, fundada pelo seu antigo coelga de equipa na Minardi Adrian Campos. Em dezembro desse ano substituiu Colin Kolles na HRT, equipa que também já desapareceu da F1. O seu sobrinho é Daniel Juncadella, piloto de que depois de ter andado pelo DTM e GT, é agora piloto da Jackie Chan DCR JOTA na IMSA.

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