Há 10 anos: O REGRESSO DAS FLECHAS PRATEADAS


Foi há precisamente 10 anos que a Mercedes arrancou para um percurso absolutamente incrível, ao regressar à F1 como equipa oficial, 55 anos depois de ter saído…em 1955. Hoje, dez anos depois, muitos recordes foram batidos, doze títulos em seis anos, todos desde 2014 para cá. Depois do primeiro GP em França 1954, já soma 210 Grandes Prémios e mais notável que isso, quase metade são vitórias: 102, 111 Pole Positions, 75 Voltas mais rápidas, 211 Pódios e um total de oito Títulos de Pilotos e seis Títulos de Construtores.

A Mercedes apresentou as suas novas cores no museu da marca em Estugarda, mas escondeu o carro novo no dia em que Michael Schumacher e Nico Rosberg se mostraram como companheiros de equipa na equipa liderada por Ross Brawn. Foi há 10 anos que se deu o regresso da Mercedes à Fórmula 1 como equipa oficial, depois de muitos anos como fornecedora de motores.

Sem que isso fosse uma surpresa, a Mercedes optou por apresentar um Brawn BGP001 redecorado na apresentação da sua primeira equipa de F1 dos últimos 55 anos, guardando o MGP W01 para a próxima semana (ler em separado). Ficou claro que a Petronas participa de forma importante no orçamento da equipa, mantendo-se o patrocínio da MIG e confirmando-se a entrada da Aabar no capital da equipa anglo-alemã.

Sem novidades técnicas, todas as atenções acabaram por centrar-se na nova decoração dos carros alemães e, claro, no regresso de Michael Schumacher às pistas, depois de três anos de ausência. Nico Rosberg também esteve em foco mas, naturalmente, foi um pouco relegado para segundo plano face ao enorme entusiasmo que o regresso de Schumacher ás pistas está a causar um pouco por toda a parte.

REVIRAVOLTA HISTÓRICA

O próprio Ross Brawn admitiu estar particularmente feliz por voltar a trabalhar com o piloto que ajudou a vencer sete Campeonatos do Mundo: “É fantástico voltar a trabalhar com o Michael, até porque já não esperava que isso voltasse a acontecer. Digamos que é a cereja no topo do bolo, porque temos um relacionamento muito especial e sinto-me privilegiado por voltar a trabalhar com um piloto com o qual ganhei sete Mundiais.”

Mas o inglês também teve palavras de apreço para Rosberg: “O Nico é um piloto com imenso potencial e vai ser excitante contribuir para o seu crescimento. É verdade que ele já está na F1 há alguns anos, mas ele vai gostar de trabalhar com o Michael e vai aprender da melhor forma como é que um multicampeão do Mundo trabalha no seu dia a dia.”

Para Brawn, “este dia é como a concretização de um sonho, pois há um ano esta equipa não tinha futuro e arriscava-se a fechar. Agora estamos aqui como campeões em título, ligados a um construtor de grande prestigio e com uma dupla de pilotos sensacional. É um sentimento incrível estar aqui numa situação tão diferente daquela que vivemos no ano passado.”

SCHUMACHER AGRADECIDO

Para Michael Schumacher este também foi um dia especial: “Ao correr com a Mercedes na F1 vou fechar um circulo, pois foi a Mercedes que me permitiu chegar à F1. Tenho muito orgulho em voltar a correr com a estrela prateada no capacete mas estou espantado com a reacção dos meus adeptos, que parecem mais excitados do que eu com este meu regresso. Já tinha percebido, no Verão, que havia muito gente a desejar o meu regresso às pistas, mas a reacção dos adeptos está a deixar-me verdadeiramente emocionado e só posso agradecer-lhes o seu apoio. Agora não vejo a hora de começar a testar e a correr, pois tenho uma vontade imensa de voltar a competir.”

Para Nico Rosberg, “esta é a melhor oportunidade da minha carreira e estou muito feliz por trabalhar com gente como o Ross Brawn, o Norbert Haug e o Nick Fry. Ter o Michael Schumacher como companheiro de equipa é fantástico e tenho a certeza que vamos ter uma belíssima temporada.”

Já Norbert Haug concentrou-se na herança histórica desta equipa, salientando que, “este é o capítulo mais importante na história com mais de cem anos da Mercedes no desporto automóvel. A temporada que se avizinha impõe desafios importantes e promete ser das mais excitantes dos 60 anos de história da F1.”

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