GP da Arábia Saudita F1: O porquê de Verstappen poder trocar de unidade de potência

Por a 3 Dezembro 2021 09:51

Estamos a chegar à ponta final da temporada e às decisões dos títulos, momento em que tudo conta e tudo pode ser decisivo. A Red Bull tem Max Verstappen à frente do Campeonato de Pilotos, mas nada está ganho e todas as opções são consideradas, inclusivamente trocar a unidade de potência do holandês.

Com duas provas por realizar, com oito pontos a separar os dois candidatos ao título e cinquenta e dois por disputar, tudo está em jogo e a balança pode pender para qualquer um dos lados e Red Bull e Mercedes estudam todos os cenários possíveis e imagináveis para que possam levar vantagem sobre a sua opositora e, dessa forma, assegurar os Campeonatos em liça.

Do lado da formação de Milton Keynes uma das questões em cima da mesa é a unidade de potência de Max Verstappen – trocar ou não a trocar.

O holandês montou o seu actual V6 turbo híbrido, o quarto da temporada, em Sochi e, desde então, disputou já seis Grandes Prémios e poderá ter de realizar oito, o limite para o qual os presentes motores híbridos de Fórmula 1 estão concebidos.

A Honda tem evidenciado uma fiabilidade assinalável – melhor que a Mercedes – e os japoneses parecem estar confiantes de que nesse aspeto não haverá problemas para Verstappen, que poderá terminar a temporada sem trocar de unidade de potência e sem receio de um problema técnico, mas poderá haver vantagens de performance a ganhar, caso uma quinta unidade entrar no chassis do holandês.

Com apenas dois Grandes Prémios por realizar, 25% do número para o qual os V6 turbo híbridos são dimensionados, poderão ser usados modos de potência durante a qualificação e a corrida muito mais agressivos, com vantagens óbvias nas prestações.

A Mercedes, com problemas técnicos evidentes na sua unidade de potência, geriu muito bem a situação e no Grande Prémio de São Paulo introduziu o sexto motor de Hamilton, que realizará apenas três corridas, uma vez que em Losail foi usado um V6 mais antigo.

As unidades de potência da marca alemã são muito mais perecíveis que as da Honda, perdendo performance ao longo da sua utilização, mas ainda assim, com menos de metade da esperança de vida, a forma como é usada é muito mais agressiva e isso foi evidente em Interlagos, onde Hamilton tinha uma enorme facilidade em ultrapassar, o que foi determinante para que pudesse vencer uma penalização e uma desclassificação e triunfar na prova brasileira.

Mesmo com uma unidade de potência mais estável ao nível das prestações, se Verstappen tiver ao seu dispor de um V6 turbo híbrido que tenha apenas de realizar duas provas, a performance será superior.

Esta é uma opção que tem vindo a ser equacionada pela Red Bull e Honda e esteve para ser tomada no Grande Prémio do Qatar, dado que desde os treinos-livres que ficou claro que as ultrapassagens em Losail não eram um problema, sendo possível recuperar as cinco posições de penalização.

No entanto, a indiscrição de Verstappen durante a qualificação – não respeitou as bandeiras amarelas no final da Q3 – deixou-o nas mãos dos comissários desportivos e sem que a decisão destes fosse conhecida antes do final da manhã de domingo, a Red Bull e a Honda ficaram sem tempo útil para efectuar a troca e não arriscaram montar um novo V6 turbo híbrido e agravar a situação do holandês com mais uma penalização de cinco lugares na grelha de partida.

A derradeira janela de oportunidade para que esta possibilidade seja adoptada será o Grande Prémio da Arábia Saudita, que se realiza no próximo fim-de-semana, dado que ninguém quererá ir para a corrida de todas as decisões com penalizações na grelha de partida.

No entanto, o traçado de Jeddah representa uma grande incógnita, desconhecendo-se para já se as ultrapassagens serão fáceis de concretizar e se os Red Bull poderão ser competitivos no circuito saudita.

Seja como for, a opção está em cima da mesa, estando dependente das perspectivas que se vão construindo ao longo do fim-de-semana. Importante será que nenhuma equipa se consiga intrometer entre a Mercedes e a Red Bull, assim como haver uma forte possibilidade de Verstappen terminar em segundo, e assim manter o comando do campeonato, mesmo com uma penalização de cinco lugares na grelha de partida. Se estas condições se verificarem, então o holandês poderá partir para o Grande Prémio da Arábia Saudita com uma nova unidade de potência da Honda nas suas costas para poder ir para a prova de todas as decisões, uma semana depois, nas melhores condições possíveis.

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filano
filano
2 anos atrás

Tem de ver se o aumento da performance compensa a penalização… è muito arriscado não acredito que troquem a não ser que tenham dados seguros que a diferença irá ser grande… Mas na F1 é muito complexo tudo é possivel até posso ver o RB de asas a voar para ganhar… srsrsrsrsrsrsrs

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