GP Abu Dhabi F1: Honda despede-se, onde tudo começou

Por a 12 Dezembro 2021 11:34

É tempo da última dança! É assim que a Honda termina a sua publicação nas redes sociais, depois de agradecer a cada uma das equipas da atual grelha e a todos os adversários que encontrou desde 1964. A Honda despede-se hoje da F1, terminando um caminho duro, difícil, mas que pode acabar em grande.

Fecha-se um ciclo na Honda. No palco da sua primeira ida para a pista nesta era híbrida, a Honda despede-se da F1. Numa publicação feita no arranque do fim de semana a Honda relembrou os primeiros dias desta aventura, em 2014:

Abu Dhabi 2014. Voltar onde tudo começou. A nossa unidade motriz só conseguiu fazer 5 voltas ao longo de dois dias de testes. A nossa equipa não deixou a pista durante 72 horas, exausta e determinada a obter algo do teste. 7 anos depois, estamos de volta a Abu Dhabi a tentar ganhar o Campeonato na mesma pista. Nunca desistimos, mas também nunca esqueceremos o que foi preciso para chegar aqui e onde tudo começou.

Foi uma caminhada dura, muitas vezes inglória e que termina talvez cedo demais. A Honda regressou à F1, pela porta da McLaren que quis usar a força da nostalgia dos anos 80 e 90 para trazer de volta o sucesso a Woking, ressuscitando uma parceira que fez sonhar várias gerações e que dominou uma das melhores eras da F1. A Honda enfrentou um desafio difícil: Tentar ser competitiva começando já a meio da viagem. Tentar apanhar um comboio em andamento, com uma tecnologia nova, difícil de dominar. As expectativas foram demasiado elevadas e esperava-se que a Honda conseguisse ser competitiva rapidamente. Mas foram cometidos muitos erros, por parte da Honda e da própria McLaren. Esta nova incursão pela F1 parecia condenada ao insucesso, um pouco à imagem da aventura de 2000 a 2008, que apenas deu um vice-campeonato à marca, muito longe do sucesso conquistado na primeira parceria com a McLaren.

A Red Bull aproveitou o plano delineado pela McLaren e deu à Honda uma nova oportunidade, com o cuidado de gerir esta nova relação na ponta dos dedos. Foi feito um esforço tremendo para limpar a imagem da Honda, os sucessos foram enaltecidos e as falhas escondidas. Mas o resultado final está à vista: a Red Bull tem hoje a oportunidade de festejar um título de pilotos e ainda uma remota hipótese de conquistar o título de construtores.

Foi preciso esperar de 2015 a 2019 para festejar o primeiro pódio e a primeira vitória nesta era híbrida. Foi preciso suar muito e trabalhar incansavelmente para provar que a Honda era capaz de fazer um motor competitivo. A prova foi dada este ano. A Honda apresentou um motor fiável, competitivo e que foi capaz de colocar Verstappen na luta pelo título. Talvez não tenha os mesmos argumentos que a unidade Mercedes, mas a Honda foi capaz de chegar onde poucos esperavam. Mérito para a tenacidade da marca, dos seus responsáveis e engenheiros, assim como para a fé da Red Bull. Tal como em 2008 a Honda abandona numa altura em que o futuro começava a ser mais risonho, sem tempo para aproveitar os frutos do seu trabalho. Mas realça-se a coragem (ou ingenuidade) de entrar a meio da regulamentação técnica mais complexa de sempre e de conseguir chegar ao topo… com muitos tropeções à mistura.

“Obrigado a todos os nossos adversários ao longos dos anos, desde a primeira corrida em 1964. Obrigado às muitas equipas e pilotos com quem trabalhamos. Obrigado À Red Bull e à Alpha Tauri que passaram pelos altos e baixos connosco, partilhando o mesmo sonho. E por último mas não menos importante, a todos os fãs. É tempo para a última dança.”

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