GP Azerbaijão F1: Quem levará a melhor nas ruas de Baku?

Por a 25 Abril 2018 10:30

O tempo passa a voar e vamos já para a quarta ronda do campeonato do mundo de F1. Depois das 3 primeiras provas longe de casa, a F1 aproxima-se do seu “lar” e monta a sua tenda às portas da Europa, na Azerbaijão. Nos últimos anos as quatro primeiras provas do ano faziam parte da primeira ronda asiática, antes do tão ansiado regresso à Europa, onde as equipas colocam em prática todo o trabalho de desenvolvimento feito desde o inverno. A ronda azeri coloca o grande circo mais perto das bases das equipas mas não se esperam incrementos ou mudanças radicais os carros, pois essas estão agendadas para Barcelona. Assim deveremos ter um pouco das mesmas tendências que temos visto até agora.

Baku entrou na F1 pela mão de Bernie Ecclestone em 2016. Bernie quis antecipar a entrada do circuito no calendário para 2015, dada a quebra no contrato dos organizadores do GP da Coreia, mas sem sucesso e a estreia deu-se no ano inicialmente previsto com o nome de GP da Europa.  O traçado foi pensado por Hermann Tilke e apresenta as características típicas  de um citadino, sendo um traçado pouco fluindo e lento, com um asfalto pouco aderente e pouco abrasivo. Tem também especificidades próprias, com rectas longas e uma secção interior muito estreita, que se tornou no cartão de visita da pista e embora não proporcione ultrapassagens e a zona mais interessante do traçado. Na primeira edição surgiram alguns problemas com a Pirelli a verificar cortes nos pneus devido a parafusos mal colocados, algo resolvido. E ao contrário do que se poderia inicialmente pensar o traçado tem dado corridas interessantes de seguir, com surpresas e motivos de discussão .

 

Pontos de Interesse

Nos testes de inverno em Barcelona ficou-se com a impressão que os Mercedes estaria de novo muito fortes e que a concorrência estaria por esta altura a correr atrás do prejuízo. Afinal é a Mercedes que está sem conseguir vencer e mais que isso, algo preocupada com a situação actual. O problema que se coloca neste momento é de pneus e o chassis da marca germânica é de extremos… ou não permite aquecer os pneus ou aquece-os em demasia. Não é uma situação fácil de gerir e serão necessárias muitas horas extras para os engenheiros darem a volta à situação. Algo que já aconteceu no passado e por isso parece algo estranho a Mercedes estar a dramatizar tanto a situação. Se há equipa com recursos para enfrentar este tipo de problemas é esta. Bluff ou preocupação real? No papel, o andamento da Mercedes no último GP não foi o melhor mas ainda assim estiveram em posição para lutar pela vitória.

A Ferrari por seu lado goza um período positivo.  A última corrida não correu como quereriam mas duas vitórias, um pódio e o primeiro lugar nesta fase, com um carro que parece ser o mais versátil do grid e com capacidade para render nos mais diversos cenários, parece ser uma situação positiva para a Scuderia. Vão para o Azerbaijão com a moral em cima e com a noção de que estarão teoricamente na luta pela vitória. Já a Red Bull, que venceu no ano passado, estará à espera que os possíveis incidentes de corrida (nos traçados citadinos é mais comum acontecer) possam coloca-los de novo numa situação mais favorável. As grandes rectas de Baku não são muito amigas dos motores menos potentes mas a Red Bull já provou que consegue encontrar soluções engenhosas para chegar ao pódio.

As lutas para as restantes vagas do top 5 serão também animadas. A Renault mostrou mais argumentos na última corrida e Hulkenberg está em excelente forma. É talvez esta a hora para os homens de amarelo se mostrarem e assumirem definitivamente um lugar nos cinco primeiros. Para isso enfrentarão a concorrência da Haas, a única equipa que de momento parece estar ao nível dos franceses. A equipa americana continua bem e Magnussen está muito forte. Nesta duas equipas temos casos semelhantes. Um piloto em grande e outro à procura da melhor forma. Sainz e Grosjean estão  abaixo do que se esperava deles (mais o francês) e terão de recuperar depressa, correndo o risco de ver os colegas de equipa fugirem em demasia na tabela. Dos outros dois espera-se a continuação do bom momento e se possível que se encontrem em pista pois há assuntos inacabados entre ambos que seriam interessantes de serem “debatidos” em pista.

De seguida devermos ter a Force India e a McLaren. Este par também tem muitas similaridades, com problemas nos seus chassis. O rendimento de ambas está abaixo do desejável e não se esperam grandes melhorias nesta corrida, ficando a cargo do talento dos pilotos e dos estrategas retirar o máximo desta prova. A McLaren tem conseguido fazer isso na perfeição enquanto a Force India tem tido algum azar do seu lado. De realçar que tanto Ocon como Perez estão este ano interessados nas possíveis vagas de Ferrari e Mercedes e dado o nível de performance poderão começar a ficar frustrados com a situação actual. Na largada da China deu para entender que se voltar a haver um novo toque como em Baku no ano passado o ambiente vai azedar muito.

A Toro Rosso mantém-se um ponto de interrogação. Se no Bahrein estiveram muito fortes, em Xangai tiveram um fim de semana para esquecer e a performance piorou significativamente. Qual a verdadeira Toro Rosso? Como irá reagir Gasly ao erro? E Hartley, conseguirá finalmente mostrar mais?

A Sauber e a Williams deverão lutar entre si pelo pouco apetecível prémio do melhor dos últimos. Leclerc tem tido vários erros, que podem estar a afetar a sua confiança, o que num citadino como o de Baku não é bom e os homens da Williams continuam a enfrentar a desconfiança do público em geral. Stroll teve uma prestação melhor na China e regressa a uma pista onde já subiu ao pódio… este ano sem aspirações para tal.

 

Dados estatísticos da pista:

Comprimento da pista: 6.003Km

Nº de voltas: 51

Distância de corrida: 306.051km

Volta mais rápida: Sebastian Vettel, Ferrari, 1:43.441

Pneus escolhidos:

 

Tabela classificativa:

Pos. Piloto Pontos
1 Sebastian Vettel        54
2 Lewis Hamilton  45
3 Valtteri Bottas  40
4 Daniel Ricciardo  37
5 Kimi Raikkonen  30
6 Fernando Alonso  22
7 Nico Hulkenberg  22
8 Max Verstappen  18
9 Pierre Gasly  12
10  Kevin Magnussen 11
11  Stoffel Vandoorne 6
12  Carlos Sainz 3
13  Marcus Ericsso 2
14  Esteban Ocon 1
15  Sergio Perez 0
16  Charles Leclerc 0
17  Romain Grosjean 0
18  Lance Stroll 0
19 Sergey Sirotkin  0
20 Brendon Hartley  0

 

Pos. Equipas
1 Mercedes 85
2 Ferrari 84
3 Red Bull 55
4 McLaren 28
5 Renault 25
6 Toro Rosso 12
7 Haas 11
8 Sauber 2
9 Force India 1
10 Williams 0

 

Onboard da pista:

 

 

Resumo da corrida do ano passado:

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