F1: Os desafios dos pilotos para 2022

Por a 2 Dezembro 2021 14:45

Falta ainda terminar de escrever a história desta época, mas as atenções de todas as equipas já estão em 2022. Novos carros, novo conceito aerodinâmico, novos pneus. Um mundo novo por descobrir, o que trará desafios.

As equipas já começaram as simulações dos novos carros e se Lewis Hamilton não tem interesse em testar as novas máquinas no imediato, outros pilotos já sentiram algumas sensações do que os novos carros poderão trazer e aos poucos vão dando o feedback.

Charles Leclerc foi dos primeiros a falar do assunto e apenas referiu de forma muito vaga que as sensações ao volante eram “muito diferentes”. As declarações foram feitas a meio do ano e desde então, forçosamente que o projeto evoluiu e as sensações devem ser diferentes agora.

Lando Norris também teceu alguns comentários sobre o que sentiu no simulador com os novos carros e deu uma ideia um pouco mais clara do que os pilotos podem esperar:

“Definitivamente exigirá um estilo ligeiramente diferente”, disse Norris, quando questionado pelo Motorsport.com sobre as diferenças. “Acho que não será tão agradável pilotar de certa forma. Penso que será um pouco mais no limite em termos de forçar o andamento. Um pouco como um F2 de certa forma, penso eu. Mas posso estar enganado porque as coisas estão sempre a mudar. É como se o que pilotei há um mês atrás fosse muito diferente do que temos agora, e vai ser muito diferente provavelmente de novo quando chegarmos à primeira corrida”.

Pierre Gasly deu um pouco mais de pormenores:

“Temos um par de preocupações sobre certas coisas que podem ser bastante difíceis depois de entrarmos em pista, mas acreditamos que a maioria das equipas vão enfrentar dificuldades semelhantes”, disse Gasly à The Race. “Também, em termos de estilos de pilotagem, com base nas características da aerodinâmica, já temos uma ideia em termos do tipo de equilíbrio que devemos obter e, na verdade, estou bastante satisfeito com o que temos até agora. É por isso que estou entusiasmado, mas ao mesmo tempo realista, porque sabemos o que estamos a fazer. Não sabemos o que os outros estão a fazer, fala-se com alguns pilotos e tenta-se apanhar alguma informação e compreender o que estão a fazer e onde estão, mas até chegarmos à pista não temos realmente uma imagem clara”.

Questionado sobre as preocupações, Gasly respondeu: “Vai ser principalmente as curvas de baixa velocidade, vai ser bastante diferente. Ao mesmo tempo, o carro também é mais pesado e o facto de os pneus serem mais pesados significa que o equilíbrio geral é ligeiramente diferente. A baixa velocidade vai ser o maior desafio. Em alta velocidade vai ser ligeiramente diferente, mas não muito e também em termos de equilíbrio não vai ser muito distante. A baixa velocidade pode ser uma surpresa, mas também [será] uma luta para alcançar um bom compromisso entre as curvas de baixa e alta velocidade”.

O peso adicional dos carros, com uma aerodinâmica diferente e menos refinada, em especial na asa dianteira, pode significar que os monolugares terão uma tendência natural subviradora, o que pode beneficiar mais um pilotos que outros. A procura pela compensação poderá mudar radicalmente o equilíbrio do carro, mas para já são apenas suposições. Mas nas primeiras corridas do ano, além de vermos equipas a tentarem adaptar-se, veremos pilotos também a tentar encontrar a melhor solução e como já vimos, há pilotos que se adaptam mais facilmente que outros. Assim as primeiras jornadas do campeonato 2022 deverão ser mais imprevisíveis, o que pode beneficiar o espetáculo… a não ser que uma equipa encontre um truque e faça como a Mercedes em 2014.

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