F1, Lições do GP Singapura: Logan Sargeant com (muito) menos espaço de manobra

A pressão é sempre enorme em qualquer disciplina do automobilismo, no desporto de alto nível acontece isso. É possível que o ano de estreia na Fórmula 1 bate recordes a este respeito. É o sonho de qualquer piloto e até de quem nunca o foi.
Logan Sargeant cumpre esse sonho, mas o primeiro ano está a ser muito complicado para o piloto norte-americano, que ao contrário de outros pilotos que passaram pela Williams no passado recente, nem pode atribuir muita da responsabilidade à falta de performance do monolugar. Não é um carro para lutar por vitórias ou pódios e apresenta fragilidades em alguns circuitos, como aconteceu no Marina Bay, no entanto, tem mais potencial do que rodar no fundo do pelotão.
Regressado das férias de verão, Sargeant levou com uma dose dupla de confiança depois de James Vowles dizer que a Williams ia dar tempo ao seu piloto e que tinha mais razões para lhe agradecer do que para o substituir. Na prova em que essas declarações foram proferidas pelo chefe de equipa, o norte-americano teve uma saída de pista na corrida, justificada depois pela equipa como um problema no carro que o levou ao acidente, ficando de fora de um prova em que, por razões pouco claras para a equipa, o FW45 foi muito rápido na pista neerlandesa. Isto aconteceu depois de garantir a sua primeira presença na Q3 da época.
Em Monza, esteve envolvido com Valtteri Bottas e foi penalizado por um incidente com o finlandês e quando chegou à corrida de Singapura, um traçado muito mais difícil para o carro que conduziu, bateu nas proteções do Marina Bay obrigando à troca da asa dianteira e a rodar no fundo do pelotão, sem qualquer hipótese de fazer muito mais.
Normalmente, os estreantes aproveitam a segunda metade da temporada para se mostrarem um pouco mais, já que estão melhor ambientados, mas para já Logan Sargeant não mostrou isso e candidatos para o seu lugar, mesmo que não esteja (aparentemente) ameaçado, há muitos. Até Liam Lawson, que tem menos provas de F1 do que Sargeant e que só foi escolhido para substituir o lesionado Daniel Ricciardo, pontuou e consolidou-se como uma opção viável a um qualquer lugar na grelha do próximo ano.
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