F1, Balanço da Época: Mercedes

Depois de oito títulos consecutivos, a Mercedes enfrentava um novo desafio. Manter-se competitiva numa mudança de era, em que todos começavam praticamente do zero. A equipa apresentou-se na segunda bateria de testes (Depois de uma primeira bem sucedida) com um carro inovador, sem os habituais flancos numa filosofia chamada “sidepod zero”, tudo em busca da melhor eficiência aerodinâmica. Mas as primeiras corridas deram-nos uma Mercedes longe do topo. Um motor não tão performante quanto os da concorrência e um monolugar muito afetado pelo efeito oscilatório que roubava muito desempenho. O resultado foi um primeiro terço de época confrangedor para os campeões em título, chegando ao GP da Espanha com 120 pontos, contra os 195 da Red Bull e 169 da Ferrari. No entanto, apesar do défice de performance, a Mercedes foi sempre pontuando a um ritmo regular o que permitiu consolidar o terceiro lugar. Mais que isso, demorou, mas encontrou soluções para o porpoising e depois disso conseguiu subir o seu ritmo em pista. Com 11 pódios conquistados, a Mercedes mostrou que sabe responder aos desafios e que não é uma equipa acomodada ao sucesso. À imagem da Red Bull, mas numa escala diferente, conseguiu encontrar soluções e provou que é uma estrutura de topo e capaz de regressar às vitórias em breve.

Do lado dos pilotos, Lewis Hamilton teve dificuldades em adaptar-se ao novo monolugar, mas desde o GP do Canadá que encontrou “o truque” e vai melhorando a cada corrida. Hamilton voltou ao nível que todos esperam dele e já aponta às vitórias. Já George Russell tem sido o destaque da época. Um dos melhores até agora, foi no primeiro terço de época o melhor piloto Mercedes e mantém uma regularidade impressionante. Russell é uma clara mais-valia para a Mercedes e a suas prestações têm roçado o brilhantismo. Conseguiu a única pole da Mercedes este ano e revelou estar preparado para as exigências das lutas por vitórias.

Para o resto da época espera-se uma trajetória ascendente, talvez até uma vitória, com a luta pelo segundo lugar com a Ferraria a poder ser o prato principal da segunda metade.

Mercedes – Nota 7

Lewis Hamilton – Nota 8

George Russell – Nota 9