LEMBRA-SE DE ALESSANDRO NANNINI: Maravilhoso piloto


O título pode parecer um exagero, mas na verdade é mais do que um paralelismo com aquela canção que a sua irmã Gianna teve nos “tops” – “Meravigliosa creatura”.

De facto, nunca me esqueço que, quando Alessandro Nannini estava no DTM, anos depois da horrível tragédia que quase terminou com a sua vida, nos jardins da sua casa, o Domingos Piedade dizia, com a frontalidade que o caracteriza, que o «Sandro conduz mais com um braço, do que os outros pilotos com dois.»

E era verdade: o acidente de helicóptero que decepou o seu braço direito, “apenas” encerrou um capítulo da sua carreira como piloto – o da F1, onde estava a tornar-se um fenómeno de popularidade. De personalidade aberta, simpático, amigo do seu amigo, a firmeza com que apertava a mão ao nos cumprimentar, enquanto com a direita fazia os exercícios perenemente necessários para manter alguma flexibilidade muscular, diz tudo do seu carácter.

Oriundo de boas famílias, começou na F1 com a Minardi em 1986. A sua carreira subiu um degrau em 1989, quando herdou o volante do Benetton de Thierry Boutsen, em trânsito para a Williams. A sua primeira vitória foi em Suzuka, naquela famoso GP do Japão em que Senna ganhou mas foi depois desclassificado… por ter atalhado na chicane após um “braço de ferro” com Prost. No ano seguinte, Sandro recusou uma proposta de quatro milhões de dólares para pilotar para a Ferrari, preferindo manter-se na esfera de influência de Flavio Briatore. Acreditava na sorte, mas esta tramou-o. Mas o homem nunca desistiu e, depois da F1, correu com sucesso no DTM, ITC e FIA GT. Hoje, é um empresário também de sucesso – quem nunca bebeu um ‘Caffe Nannini’?

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