BYD Dolphin com 200 mil km não perdeu autonomia

Automóvel elétrico utilizado para serviços de transporte de passageiros surpreende com “bateria saudável” mesmo após utilização intensiva.

Já não é novidade para ninguém que, pelo menos em teoria, os automóveis elétricos são mais fiáveis do que os veículos equipados com motor de combustão. Uma teoria que é, aliás, defendida por vários estudos e análises e suportada pelo conceito mecânico mais simples, com um menor número de componentes móveis.

Os complexos softwares de gestão de energia, bem como a longevidade das próprias baterias elétricas, principalmente quando submetidas a utilizações intensivas em termos de carregamento, continuam também a deixar os condutores mais céticos algo desconfiados. Porém, o que não falta neste infindável mundo da Internet são histórias que comprovam o contrário, mostrando que é possível manter um veículo elétrico durante muito tempo.

Um dos mais recentes exemplos destas “histórias elétricas” diz respeito a um BYD Dolphin comprado em 2023 na cidade de Brasília, no Brasil, para ser utilizado em serviços de transporte de passageiros. Com praticamente dois anos de serviço e 200 mil quilómetros acumulados no odómetro, o seu proprietário, Gilson Teixeira, refere inclusivamente que não há outro Dolphin no Brasil com tantos quilómetros, destacando também a fiabilidade do seu elétrico, o qual nunca teve qualquer problema.

Uma das explicações para a fiabilidade demonstrada é, para além de uma correta utilização do seu automóvel, respeitar o programa de manutenção e realizar as revisões previstas atempadamente, algo que partilha, inclusivamente, no seu canal de Youtube. Na mais recente revisão foi substituído o óleo da transmissão e dos travões, bem como o líquido de refrigeração do motor e o filtro do habitáculo.

A suspensão e os travões estão também bem conservados. As pastilhas da frente mostram algum desgaste, mas as traseiras estão praticamente novas. Em dois anos, incluindo troca de pneus aos 120 mil km, gastou o equivalente a 600 euros em manutenção, ainda que o custo das primeiras revisões tenha sido suportado pela própria marca.

O estado de conservação da bateria é outra agradável surpresa. A Blade Battery de 45 kWh, de química LFP, continua a permitir percorrer os cerca de 400 quilómetros declarados com uma carga completa. Apesar dos muitos dados partilhados, não foi divulgada qualquer informação sobre os ciclos de carga realizados habitualmente, algo que promete fazer numa publicação futura. Outra promessa feita pelo proprietário: o BYD Dolphin em questão vai fazer 1 milhão de quilómetros!

Por João Isaac