Ao volante do Skoda Elroq RS

O Elroq não escapa ao conceito RS, com esta variante a prometer prestações desportivas e aptidões dinâmicas melhoradas, sem prejudicar o lado prático e funcional de um SUV pautado pela agradabilidade geral. Fomos até à Chéquia, “casa” da Skoda, para o primeiro contacto com este modelo de 340 cv, capaz de acelerar dos 0 aos 100 km/h em 5,4 segundos.
Ampliando a ofensiva elétrica da Skoda, o Elroq RS vem complementar a gama do recém-lançado SUV de segmento médio, cujo acolhimento tem sido bastante positivo por parte do mercado – desde o lançamento, há apenas dois meses, já se tornou num dos automóveis mais vendidos da Europa.
Para a versão RS, a Skoda ambicionou criar uma variante mais focada na condução desportiva, valendo-se de configuração que, não sendo inédita, volta a ser utilizada com resultados bastante positivos: plataforma MEB do Grupo Volkswagen, dois motores elétricos (logo, tração integral), suspensão desportiva adaptativa e vários detalhes estéticos e de equipamento que refletem essa postura mais dinâmica (outros modelos do grupo, como os Volkswagen ID.4 GTX e Cupra Tavascan usam a mesma “receita”).
Mantendo uma certa elegância e coerência estética, o Elroq RS não sobressai excessivamente no aspeto estético, embora conte com alguns elementos exclusivos: o para-choques dianteiro é específico e o traseiro apresenta faixa refletora contínua típica RS, a que se juntam emblemas indicativos “RS” na carroçaria, “lettering” e capas dos espelhos retrovisores em preto brilhante, jantes de 20 ou de 21 polegadas (em ambos os casos com efeito aerodinâmico) e “spoiler” traseiro mais destacado.
Este Elroq RS pode ser encomendado em onze cores exteriores: quatro sólidas, seis metalizadas e um novo acabamento mate cinzento exclusivo desta versão. Esse acabamento mate é combinado com detalhes em preto brilhante, como os puxadores das portas, espelhos laterais e spoiler traseiro.
Mais aguerrido por dentro
No interior, o Elroq RS complementa o visual desportivo com revestimentos como microfibra Suedia pefurada e pespontos contrastantes em verde lima, que elevam a sensação desportiva a bordo por via do “Design Selection RS Lounge”, dominado pela tonalidade preta. Essa combinação pode ser encontrada no painel de bordo e nos painéis das portas.
Outros destaques são os bancos dianteiros desportivos com os encostos de cabeça integrados (além de terem ajuste elétrico e massagem também de série (opcionalmente no banco do passageiro em “pack”), volante de três braços em pele perfurada com sigla “RS” e componentes em aço inoxidável, como as soleiras das portas ou os pedais.
A vertente tecnológica também foi mantida face aos demais modelos da gama, oferecendo ecrã digital de 5 polegadas para o painel de instrumentos (acompanhado opcionalmente de sistema “head-up display” com realidade aumentada projetada no para-brisas) e ecrã tátil central de 13 polegadas, com sistema de infoentretenimento mais evoluído e rápido na atuação. Este sistema é acompanhado por algumas teclas físicas de atalho sob o ecrã, que permitem melhorar a interação durante a condução. A partir do ecrã controlam-se vários menus, incluindo os da climatização.
De resto, a conectividade é assegurada por ligação à Internet, aplicação digital (“MySkoda”) e ainda ligação sem fios aos smartphones via Android Auto e Apple CarPlay. A aplicação da marca permite ainda controlar vários aspetos remotamente, como os processos de recarga ou de climatização do habitáculo. Ainda na lista de equipamento, realce para o sistema de som da Canton (composto por 12 altifalantes e com potência total de 675 W) e para os sistemas de câmara de 360º (“Area View Camera”) e de estacionamento remoto, dispondo de função de aprendizagem de manobras.
O nível de montagem de todos os componentes no interior não se altera, mantendo-se em nível muito elevado, com bom isolamento acústico. A habitabilidade volta a ser argumento de proa para a Skoda, com o Elroq RS a dispor de muito espaço a bordo, sobretudo atrás, oferecendo ainda muitos aspetos práticos por que a marca é conhecida.
Desempenho eficaz
A base do Elroq RS não se altera substancialmente em comparação com a dos outros modelos da gama, mas esta variante mais desportiva beneficia bastante com o Controlo Dinâmico do Chassis (DCC) de série, que permite alterar o amortecimento em vários níveis (15, no total) de forma a diferenciar mais eficazmente os modos de condução, sobretudo, entre os “Comfort” e “Sport”. Cada amortecedor possui uma válvula eletromagnética que abre e fecha em milissegundos, regulando o fluxo de óleo consoante a situação de condução e o modo selecionado.
Este é um aspeto que permite tirar maior partido de um SUV de reações ágeis e com controlo de movimentos muito eficaz, ao qual não são alheios o baixo centro de gravidade, as barras estabilizadoras de maior diâmetro e o conceito de dois motores elétricos (um por eixo, o dianteiro assíncrono e o traseiro síncrono), que além de ajudarem no desempenho em curva também lhe atribui muita rapidez em aceleração.
Esse nível de desempenho desportivo, habilitado pelos 340 cv de potência, permite que o Elroq RS reaja com muita decisão à maior pressão no acelerador, destacando-se sobretudo pela rapidez e eficácia com que passa a potência ao asfalto. A direção também tem acerto específico, o que permite leitura mais competente do que se passa na estrada, acabando por ser um desportivo que pode ser conduzido bastante depressa com segurança. O Elroq RS mantém a oferta de modos de condução diferentes, entre o “Eco” e o “Sport”, a que se juntam modo de tração especial.
Apesar de tudo, o lado mais desportivo não surge em detrimento do conforto, que se mantém a níveis muito aceitáveis graças à já mencionada suspensão adaptativa. A velocidade máxima não se altera face aos modelos Elroq 85 e 85x, continuando a ser de 180 km/h – talvez a sigla RS merecesse um pouco mais, quanto mais não fosse pela tal ideia de especialidade desportiva.
Quanto à bateria, esta variante recorre a componente de 84 kWh brutos (79 kWh úteis), que é uma estreia na gama e que permite até 549 km de autonomia combinada WLTP, embora o primeiro contacto por estradas da Chéquia tenha mostrado um valor de consumo médio em torno dos 23 kWh/100 km, algo elevado para o que seria de esperar. A recarga faz-se a 185 kW nos postos DC, levando 26 minutos a passar de 10% a 80% da bateria. O carregamento AC pode ser feito a 11 kW, demorando cerca de 8h00 a carregar totalmente.
Valor de topo
Enquanto modelo de topo na gama Elroq, o RS “confia” também na lista bastante recheada de equipamento para justificar o preço, que parte nos 52.085€, surgindo com a estética mais desportiva, as jantes de 20 polegadas, o interior com revestimentos específicos, os faróis LED Matrix, os bancos desportivos, airbags laterais traseiros ou os vários elementos de funcionalidade típica da Skoda, como o chapéu de chuva na porta do condutor ou os compartimentos de arrumação no habitáculo e bagageira (incluindo aqui uma rede muito prática para guardar o cabo sob a chapeleira).

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