Ao volante do Renault Espace Full Hybrid de 200 cv

Apenas dois anos depois de chegar ao mercado, o Espace recebe uma renovação estética e tecnológica para se manter atualizado. A dianteira redesenhada, o sistema híbrido otimizado e a melhoria do equipamento são os pontos de destaque deste SUV familiar que mantém a sua configuração exclusiva de sete lugares para Portugal.
A rapidez de lançamentos e a chegada de propostas cada vez mais diversas está a forçar os construtores automóveis a acelerarem o ritmo de novidades. O caso da Renault é um dos mais evidentes, com o Espace a receber uma atualização estética e melhorias tecnológicas apenas dois anos depois de ser lançado nos mercados europeus.

Ocupando posição de destaque na gama de automóveis com motor térmico da marca francesa, o Espace dá continuidade a um legado já vasto de modelos de aptidões familiares, pensados para as viagens de férias em família. O modelo mais recente, comercializado desde 2023, obedece aos mesmos princípios, nomeadamente com a oferta de interior de sete lugares (a versão de cinco lugares não é comercializada em Portugal) para ir ao encontro de um conjunto de clientes muito particular.
Face nova
Com a introdução de modelos novos mais recentes e de uma linguagem de “design” mais aguerrida, o Espace viu-se “obrigado” a seguir os mesmos atributos, pelo que ganhou novos apontamentos na dianteira, sendo aqui que, efetivamente, se encontram as maiores novidades – faróis novos, grelha redesenhada e para-choques também reconfigurados, associando-se a nova assinatura luminosa para uniformizar a estética entre os seus modelos diferentes. Há ainda novidades na área lateral inferior da carroçaria (uma espécie de “lâmina”) e grupos óticos redesenhados na traseira, com conceito “ice cube”, ou seja, blocos de gelo flutuantes.

O interior revela também novidades importantes, como os bancos com maior suporte lateral ou a câmara de reconhecimento facial do condutor que, instalada no pilar A, permite ler as feições do condutor e adaptar vários parâmetros do veículo ao condutor, como a posição de condução, a climatização ou a reprodução multimédia. Este sistema será atualizado posteriormente para detetar também a distração ou sonolência do condutor numa fase posterior.
Algo que não muda é a componente digital proporcionada pelo conceito OpenR Link, visível nos dois ecrãs posicionados no painel de bordo, com uma dimensão combinada de 24 polegadas (com “head-up display” opcional de 9,3 polegadas também disponível). Ambos são bastante personalizáveis e refletem o lado bastante tecnológico da Renault, sobretudo com o infoentretenimento desenvolvido com base em sistema Android Automotive, assim acedendo a várias funcionalidades da Google, como o Maps ou o assistente virtual, além de ter ainda a possibilidade de descarregar entre mais de 100 aplicações a partir da loja virtual da gigante tecnológica americana.
O tejadilho panorâmico Solarbay é novidade absoluta no Espace, depois de ter feito a sua estreia no Symbioz. Este sistema dispensa a tradicional cortina de Sol em favor de um sistema de opacidade por segmentos do vidro, permitindo assim variar o interior entre luminosidade plena e o escurecimento, com a marca a assegurar o conforto térmico do habitáculo.

O Espace mantém as suas dimensões gerais, ou seja, 4,74 m de comprimento, 1,84 m de largura e 1,64 m de altura, com a Renault a destacar um outro número – o peso inferior a 1.600 kg na versão de entrada Techno (ligeiramente acima das Esprit Alpine e Iconic).
Em Portugal, mantém-se o interior para sete ocupantes, com configuração 2+3+2, com os dois bancos da última fila escamoteáveis no piso da bagageira e capazes de transportar, sobretudo, crianças. O acesso e a saída a esses dois lugares não se alterou, mantendo-se complicado, mesmo beneficiando do rebatimento dos encostos da segunda fila. Nota ainda para o deslizamento da segunda fila em sentido longitudinal em 220 mm e em proporção não linear, ou seja, em proporção 60:40. A bagageira também varia consoante a formulação do habitáculo, entre os 212 litros e os 2.054 litros (valores de acordo com o procedimento de medição VDA, utilizado pela marca francesa).
Otimização híbrida
Embora não disponha de novidades de monta em termos motrizes, continuando a ter sistema Full Hybrid E-Tech de 200 cv, os responsáveis da Renault dão conta de uma ligeira otimização do conjunto para incrementar a eficiência e a naturalidade das respostas, graças à melhoria do ‘software”.
Assim, o motor de combustão 1.2 a gasolina de 130 cv e 230 Nm continua a estar aliado a dois motores elétricos: o principal, de 68 cv (50 kW) permite movimentar o veículo em modo elétrico, mas também auxiliar o motor térmico no modo híbrido e ajudar nas funções de regeneração.

O motor elétrico secundário, de 34 cv (25 kW), repete algumas dessas funções, embora a sua atuação primordial seja atuar durante o funcionamento do sistema “start-stop”, substituir o sincronizador da caixa e ajudar o motor a gasolina a aumentar a sua eficiência, com uma caixa de velocidades multimodo a complementar este conjunto. Com três relações para o motor elétrico e cinco relações para o motor de combustão, permite até 15 modos de atuação, não tendo ligações mecânicas. A bateria tem 2 kWh de capacidade.
Quanto a consumos e emissões, a marca aponta 4,9 l/100 km e 110 g/km, respetivamente, dependendo de fatores como o tipo de condução e a utilização dos modos de condução “Multisense” selecionáveis entre “Eco”, “Sport”, “Comfort” e o “MySense”, que é personalizável ao gosto do condutor.
Na experiência de condução por França, pudemos comprovar a eficácia deste sistema híbrido em termos de respostas, mesmo no modo “Eco”, não apresentando grande atraso entre a maior pressão do acelerador e a resposta em termos de velocidade. Essa disponibilidade é uma das grandes vantagens deste sistema, a par da suavidade de funcionamento e de atuação efetivamente melhorada da caixa multimodo. O ruído de funcionamento está também menos presente, noutra competência a destacar para o Espace.

Em condução despreocupada e sem grandes pressas, o consumo médio registado foi de 5,5 l/100 km, enquanto outro trajeto, feito de forma mais agressiva na aplicação do acelerador, obteve-se consumo de 6,8 l/100 km.
Com sistema 4Control Advanced de quatro rodas direcionais (de série nos equipamentos Iconic e Esprit Alpine), o Espace consegue ainda ser modelo de trejeitos dinâmicos bem conseguidos, tanto em traçados de autoestrada ou em estradas nacionais com maior ou menor sinuosidade. Seja como for, além do controlo muito satisfatório da carroçaria em curva, o Espace tem ainda níveis de conforto e de solidez geral muito elevados, contribuindo dessa forma para postura muito refinada.
O Espace chega a Portugal muito em breve com preços desde 43.580€ no nível de equipamento Techno, passando pelos 46.380€ da versão Esprit Alpine e culminando nos 48.380€ da versão mais equipada Iconic.
Por Pedro Junceiro
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