Memória: Nova Iorque – Paris, a Grande Corrida faz hoje 110 anos

Em Times Square estavam cerca de 250 mil pessoas, naquele dia 12 de Fevereiro de 1908, para assistir à partida dos seis automóveis que iriam tentar o impossível: ligar Nova Iorque a Paris, rodando sempre por terra! A façanha iria ficar conhecida como “The Great Race” (“A Grande Corrida”) e o carro que foi declarado vencedor demorou 169 dias a chegar a Paris, depois de percorrer cerca de 35 mil quilómetros. A bordo, transportava apenas o mecânico George N. Schuster, o único que resistiu a todos os contratempos.

Afinal, é preciso não esquecer que, nem sequer no momento da partida, nenhum dos pilotos envolvidos na aventura acreditava que a mesma fosse exequível! O principal piloto era Montague Roberts, então um dos melhores ases norte-americanos – resistiu só até ao Wyoming; os dois que o substituiram, fugiram em etapas diferentes. Só o mecânico aguentou, num carro sem capota, sem pára-brisas e incapaz de defender os ocupantes dos rigores do inverno e das dificuldades dos caminhos, que então mal existiam. Schuster chegou a Paris três dias depois do alemão Protos – mas os organizadores descobriram que o carro tinha viajado de comboio entre o Wyoming e San Francisco, sendo isso motivo de desclassificação. Por isso, o Thomas Flyer foi declarado o vencedor; Schuster, que era motorista de profissão, apenas recebeu o prémio 60 anos mais tarde!

 

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