A logística da Porsche nas 24 Horas de Le Mans

Por a 7 Dezembro 2016 14:39

Ao serviço do programa LMP1 da Porsche desde 2014, ano do regresso da casa alemã ao palco onde obteve os seus maiores triunfos, o madrileno Roberto Gomez foi o cicerone de serviço na visita que o AutoSport e os restantes  meios de comunicação portugueses (Autofoco e Autohoje) tiveram direito às boxes da equipa na edição de 2016 das 24 Horas de Le Mans.

Responsável em 2016 pela telemetria do carro nº 2 (o ano passado esteve ao serviço da tripla composta por Mark Webber, Brendon Hartley e Neel Jani), o engenheiro de dados espanhol começou por explicar que logo à entrada, do lado esquerdo, situam-se os pneus e os rádios dos membros da equipa, sendo que os fornos de cozedura estão na outra extremidade, do lado direito. Cada carro conta com oito fornos, num total de 16, com a missão de pré-aquecer os pneus que serão utilizados pelos pilotos a uma temperatura que pode variar entre os 80 e os 100 graus centígrados. Para garantir a máxima eficácia permanecem ‘fechados’ entre 30 a 60 minutos. Mais à frente encontramos outra sala, também do lado esquerdo, onde se podem ver quatro motores totalmente destapados, e outros tantos guardados. Estes não podem ser trocados durante a corrida à conta do regulamento, explicou Gomez, e sim após a qualificação. Ou seja, após a qualificação, os técnicos montam dois motores novos em cada carro.

TRABALHO DE CAMPO

Ao fundo do corredor concentra-se então todo o trabalho de pitlane, com duas garagens unidas com uma equipa de dez mecânicos dedicada a cada um dos carros. Neles incluem-se (por carro) um engenheiro para a eletrónica, um para a caixa de velocidades, outro que se responsabiliza por todos os elementos que se encontram na dianteira e traseira do veículo e ainda um chefe de mecânicos.

Sempre que o carro se encontra na boxe, a parte traseira que corresponde ao motor e a sistemas de regeneração e baterias está coberta para impedir que os segredos do fabricante sejam descobertos pelos rivais. Já no piso superior pode vislumbrar-se uma panóplia de material suplente e a sala da telemetria, onde 50 engenheiros (25 por carro) analisam todos os detalhes do 919 Hybrid e da corrida — um número semelhante ao do ano passado, apesar de a Porsche (e a Audi) terem desta feita menos uma viatura. Estes estão depois ligados em direto à fábrica da Porsche em Weissach, local onde outras cerca de 250 pessoas estudam ao pormenor todos os parâmetros do carro.

Ou seja, 100 pessoas no total em pista e outras 250 ‘em casa’ – uma ordem de grandeza incrível que diz tudo sobre a importância da prova e o compromisso da Porsche.

André Bettencourt Rodrigues

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