Vídeo: Conheça a história dos UTV & Buggy no TT Nacional

Por a 27 Outubro 2016 17:37

Por via da presença de Stéphane Peterhansel, que, aos comandos de um Yamaha, vai enfrentar a fortíssima concorrência dos pilotos nacionais de uma modalidade que tem na Europa o seu expoente máximo no campeonato português, a competição UTV & Buggy da Baja Portalegre 500 será um dos principais focos de atenções desta 30.ª edição da mais importante competição nacional de todo-o-terreno. Vale a pena por isso recuperar a história desta disciplina, cujos primeiros passos em Portugal ocorreram na edição de 2008 da Baja Portalegre. Foram então 10 os pilotos participantes, mas apenas dois terminaram, acabando por ser coroado como vencedor o Dazon pilotado por António Val.

No ano seguinte, foram algumas as provas que abriram as suas pistas a esta nova disciplina. Em Portalegre, de 10 o número subiu para 24. Jorge Monteiro, num Polaris 800, foi o vencedor, à frente de máquina idêntica pilotada por Nuno Van Uden. O interesse generalizado neste tipo de veículos resultou na criação, em 2010, do primeiro Campeonato Nacional, tendo sido disputadas seis provas (Baja Terras d’el Rei; Raid TT Ferraria; Baja Cidade de Beja; Terródromo de Arraiolos; Rali TT Terras da Raia; Baja 500 Portalegre), que tiveram como vencedores Jorge Monteiro (Terras d’el Rei, Cidade de Beja e Arraiolos), Sérgio Silva (Ferraria), Carlos Miranda (Terras da Raia) e Carlos Esteves (Portalegre), todos a bordo de um Polaris RZR.

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No final da temporada esta nova modalidade sagrou como campeões nacionais Jorge Monteiro em Polaris RZR na classe UTV e a dupla Pedro Ramilo/Alcides Calçada em Semog nos Buggys. Com perto de 7 horas para percorrer os 370 km de Baja Portalegre 500, a vitória na derradeira jornada foi para Carlos Esteves em Polaris enquanto na estreia do Rage pilotado por Tiago Cunha – 2º classificado – essa máquina passou a ser o décimo modelo diferente a competir na temporada de 2010.

Com a responsabilidade da promoção desta nova disciplina, a A2 Comunicação juntou no final do ano os principais modelos e convidou um piloto de luxo para os testar: Ricardo Leal dos Santos que se preparava para competir no Dakar como piloto da equipa BMW X-Raid. A entrada do construtor inglês Rage que, em associação com Colin McRae tinha produzido uma evolução desta máquina para o Dakar, inverteu a tendência do ano anterior e deu a Rui Serpa o título absoluto de 2011. E tal como no ano anterior, a A2 Comunicação promoveu no final da uma ação que teve em vista fazer um balanço da temporada, promover a disciplina junto de pilotos de outras modalidades. Como pilotos convidados estiveram presentes, para além do anfitrião Frederico Fino, o ex-campeão nacional de todo-o-terreno Rui Sousa e Elisabete Jacinto.

No evento estiveram também presentes representantes dos construtores, Polaris, Rage, e Semog, enquanto a nível de pilotos João Lopes, Campeão Quad, também marcou presença como assumido candidato ao título nacional no próximo ano. E seria precisamente João Lopes a conquistar o título em 2012 trazendo de novo o domínio por parte dos UTV com destaque para o seu Polaris RZR 900 XP. Este ano marcou também a estreia de uma Categoria Promoção destinada a veículos com menor performance e custos mais reduzidos, que teve como vencedor Luis Caseiro num Polaris 800. Ainda em 2012, as 24 horas TT de Fronteira abriram as suas portas à disciplina e 17 máquinas evoluíram numa corrida de 2 horas que teve em Rui Serpa aos comandos deste Rage o vencedor.

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Para 2013, já o andamento dos UTV se começava a aproximar do dos automóveis e o campeão João Lopes resolve apostar no modelo longo do Polaris. Uma máquina que impressionou e de que maneira Miguel Barbosa num comparativo feito antes da prova algarvia que ambos viriam a vencer. Mas 2013 cumpriu mais uma das funções a que esta nova modalidade estava destina. Renovar e rejuvenescer a modalidade. Prova disso é que, com apenas 21 anos, Nuno Tavares sagrou-se o mais jovem campeão, numa temporada que teve também a particularidade de ver regressar à competição Valter Martins, uma das grandes promessas do motociclismo português, mas que vítima de um acidente ficou paraplégico. Em Fronteira, a corrida passou de 2 para 3 horas. Muita animação e vitória do Rage de Bruno Martins.

No ano seguinte, e com a supremacia dos Polaris a manter-se, a juventude de Nuno Tavares foi substituída pela experiência de Jorge Monteiro que foi assim o primeiro a bisar na conquista de um título nacional. Com o evoluir das máquinas a curiosidade dos pilotos auto foi aumentando e nada melhor do que experimentarem. Foi isso que aconteceu com Miguel Barbosa, Ricardo Porém, Filipe Campos e Pedro Grancha que ficaram entusiasmados a pilotarem o Rage de Bruno Martins. A Baja de Portalegre foi o culminar de um ano fantástico, com uma prova com quatro dezenas de concorrentes, pilotos de várias nacionalidades e a presença muito especial do espanhol Isidre Esteve. A temporada fechou em Fronteira, com a vitória apertadinha de Vitor Santos.

2015 foi de novo ano da Polaris e de João Lopes. O piloto de Torres Vedras dominou de forma clara a concorrência e bisou na conquista do título. As máquinas foram evoluindo e a meio do ano coube a Miguel Barbosa medir o pulso à disciplina num evento em que a presença feminina foi também avaliada pela conceituada Lígia Albuquerque. Se os UTV dominaram no campeonato, em Fronteira foi um buggy que fez a festa numa parceria entre António Ferreira e um regressado Rui Serpa.334_pedro-rocha-1

Já este ano de 2016 arrancou com mais força do que nunca. Ao Desafio Polaris ACE de Iniciação, que teve em 2015 como vencedor Ricardo Megre, juntaram-se agora os Troféus promovidos pela Polaris e pela CanAm. Mais pilotos, mais máquinas e… a estreia da Yamaha com um nome de peso: Ricardo Carvalho. A Miguel Barbosa juntou-se agora Pedro Lamy, e os dois mediram um pulso cada vez mais acelerado.

Com o titulo já definido – João Dias sucedeu a João Lopes e Torres Vedras manteve um campeão – estamos agora chegados a um Portalegre que vai ter Stéphane Peterhansel a animar um campeonato absolutamente espetacular.

Pedro Barreiros

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